A nova geração da SW4 foi lançada em fevereiro apenas na versão top de linha SRX, com tração 4×4 e opção de motor V6 a gasolina e 2.8 a diesel. Mesmo com preços sempre acima dos R$ 200.000, trata-se do 8° SUV mais vendido no acumulado de 2016, à frente de modelos muito mais baratos como Chevrolet Tracker, Mitsubishi ASX e a sua principal rival no papel, a Chevrolet Trailblazer.
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Agora chegou a vez da versão SR com motor Dual VVT-i Flex 2.7L 16V DOHC, combinada com câmbio automático de seis velocidades e tração 4×2. A diferença de preço é sensível: enquanto a versão SRX V6 a gasolina 4×4 com sete lugares custa R$ 220.200, a SR flex sai por R$ 159.600 (cinco lugares) e R$ 164.900 (sete lugares). A Trailblazer a gasolina, também com sete lugares (mas com um motor V6 3.6 mais potente e torcudo, além de tração 4×4) começa em R$ 159.990.
SR 4×2 flex 2.7 AT (5 lugares) | R$ 159.600 |
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SR 4×2 flex 2.7 AT (7 lugares) | R$ 164.900 |
SRX 4×4 gasolina V6 AT (5 lugares) | R$ 220.200 |
SRX 4×4 diesel 2.8 AT (5 lugares) | R$ 236.150 |
SRX 4×4 diesel 2.8 AT (7 lugares) | R$ 241.550 |
O motor 2.7 flex recebeu algumas atualizações, como variação nos comandos de válvulas de admissão e escape, peças mais leves e de menor atrito e o fim do tanquinho de gasolina para partidas a frio. A potência (163 cv) e o torque (25 mkgf a 4.000 rpm) permaneceram inalterados. Segundo a Toyota, houve uma melhora na economia de até 7% em relação à geração anterior.
Em nosso teste, ela acelerou de 0 a 100 km/h em 13,5 s, com retomada de 80 a 120 km/h em 11,8 s. Graças ao motor mais forte e potente, a Trailblazer V6 cravou respectivamente 9,4 s no 0 a 100 km/h e apenas 6,8 s na retomada de 80 a 120 km/h. No consumo elas se equivalem: 7,6 e 9,5 km/l nos ciclos urbano e rodoviário para a SW4, e 7,3 e 9,6 km/l nos ciclos urbano e rodoviário para a Chevrolet, sempre com gasolina em ambos os casos.
A convivência com o SUV da Toyota mostra que a cidade definitivamente não é seu habitat. Além da natural falta de agilidade (que na versão a diesel é atenuada pelo torque abundante), o motor flex precisa se esforçar bastante em aclives e saídas de semáforos. Em manobras, faz falta um sensor de estacionamento dianteiro para monitorar a frente bastante alongada em relação à geração anterior.
Na estrada, porém, a SW4 mostra-se à vontade. A 120 km/h, é possível manter as rotações abaixo dos 2.500 giros, com silêncio e conforto a bordo. Nas retomadas, a solução para não deixar o ruído do giro alto acordar todos a bordo é selecionar o modo manual – com trocas na alavanca – do câmbio automático de seis velocidades.
Com um tanque de 80 litros, ela oferece bastante autonomia em viagens: acima de 760 km com gasolina, de acordo com nossas medições. Macia em irregularidades, a suspensão (duplo A na dianteira e four-link na traseira) passou a oferecer mais estabilidade e segurança em velocidades mais altas, com um comportamento mais próximo à dos SUVs menores, com construção monobloco.
Em relação à versão SRX, a SR flex teve sua aparência e lista de equipamentos simplificadas. As rodas são aro 17, e os faróis perdem os leds e xenônio em favor de lâmpadas halógenas convencionais. O ar-condicionado deixa de ser automático e o interior abre mão dos apliques imitando madeira e do revestimento de couro.
O carro, porém, continua oferecendo itens de série interessantes, como a central multimídia touchscreen com GPS, DVD e TV digital (que só funciona com o carro parado), saídas de ar-condicionado para as fileiras traseiras, controles de tração e estabilidade, três tomadas de 12V, sensor crepuscular, nivelamento automático dos faróis, câmera de ré, assistentes de subida e reboque, cruise control, fixações Isofix para cadeirinhas e cintos de três pontos para todos os passageiros. O número de airbags, porém, destoa: apenas três – os dois obrigatórios e mais um para os joelhos do motorista.
A versão testada foi a de sete lugares. Como na maioria dos veículos com configuração desse tipo, o espaço na última fileira é suficiente apenas para crianças e adolescentes. O acesso é fácil, e o sistema de rebatimento muito simples – apesar de ocupar bastante espaço no porta-malas.
VEREDICTO
Para quem precisa de um veículo de grandes dimensões e bom desempenho na estrada, a SW4 tem características equilibradas. A imagem de robustez, qualidade no pós-venda e liquidez no mercado de usados também pesam a favor. E ao contrário das versões a diesel e V6 a gasolina, o preço não soa tão absurdo frente à concorrência.
Aceleração de 0 a 100 km/h | 13,5 s |
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Aceleração de 0 a 1.000 m | 35,4 s – 147 km/h |
Retomada de 40 a 80 km/h (em D) | 6,1 s |
Retomada de 60 a 100 km/h (em D) | 7,9 s |
Retomada de 80 a 120 km/h (em D) | 11,8 s |
Frenagem de 60 / 80 / 120 km/h a 0 | 16,5 / 28,6 / 66,4 m |
Consumo urbano | 7,6 km/l |
Consumo rodoviário | 9,5 km/l |
Motor | diant., long., 4 cil., 2.694 cm3, 16V, 163/159 cv a 5.000 rpm, 25 mkgf a 4.000 rpm |
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Câmbio | automático, 6 marchas, tração dianteira |
Suspensão | duplo A (diant.) / four-link (tras.) |
Freios | discos ventilados |
Direção | hidráulica |
Rodas e pneus | liga leve, 265/65 R17 |
Dimensões | comprimento, 479,5 cm; altura, 183,5 cm; largura, 185,5 cm; entre-eixos, 274,5 cm; peso, 1.880 kg; porta-malas, n/d; tanque, 80 l |
Equipamentos de série | três airbags, câmera de ré, central multimídia com tela de 7 polegadas, direção hidráulica, ESP, controle de tração, GPS, TV digital, assistente de partida em rampas, rodas aro 17, Isofix, piloto automático |
Preço | R$ 164.900 |