Ranking de testes: retomadas de SUVs compactos

As medições de retomada da QUATRO RODAS seguem uma metodologia específica. O objetivo é fazer com que todos os carros sejam submetidos aos mesmos esforços, independentemente do piloto ao volante. Com o método adotado, o motorista não tem como influenciar o resultado. Com isso, é possível criar um parâmetro a partir do qual diferentes carros, testados em ocasiões distintas, possam ser comparados em igualdade de condições.

Para a coleta de informações sobre velocidade e tempo, é utilizado um sistema de aquisição de dados Racelogic V-Box. Em carros flex, o combustível utilizado é sempre a gasolina, para que modelos flex possam ser comparados com versões movidas apenas a gasolina.

Os testes são feitos na pista da TRW em Limeira (SP), a uma altitude de 660 metros, com os pneus calibrados, o tanque cheio, o ar-condicionad desligado e as janelas fechadas.

Nos modelos automáticos, as medições são feitas sempre com o câmbio em D (ou S de Sport, se disponível) e o acelerador pressionado até o final do curso. São feitas quatro passagens em cada sentido da pista, para anular os efeitos do vento. O resultado divulgado é a média de todas as passagens. 

Para compor o ranking abaixo, foi utilizado como parâmetro a retomada de 80 a 120 km/h.

É interessante notar que mesmo os melhores números de retomadas entre os SUVs compactos são bem inferiores ao dos obtidos em sedãs e hatches médios de preço equivalente.

Isso demonstra que, em termos de motorização, os SUVs compactos estão um passo atrás. São raríssimos os modelos com tecnologias modernas como injeção direta e turbo – o Peugeot 2008 1.6 que aparece na 7ª colocação no ranking acima é o aspirado; o THP só está disponível com câmbio manual, listado mais abaixo.

No caso dos modelos com câmbio manual, a medição é feita sempre em uma única marcha, para neutralizar os efeitos das trocas (cuja rapidez pode variar de acordo com o piloto). Isso gera números consideravelmente mais altos que os obtidos em automáticos.

Deve-se levar em conta, portanto, as diferenças de tempo entre os modelos e não os tempos absolutos, que sempre serão mais altos que os obtidos na vida real, com reduções e mudanças de marcha.