Chery Cielo – A3 ou J3
Ainda novata no mercado mundial, a Chery não tem definido seu padrão de nomenclaturas, que misturam nomes por extenso com combinações de letras e números. Quando chegou ao Brasil, o primeiro modelo a ir para as lojas foi o A3. Porém, por questões de registro da Audi, o modelo não pôde continuar com seu nome de batismo chinês por aqui. Diante disso, uma pesquisa promovida pela marca definiu seu novo nome: Cielo. Na China, fica o A3. E na África do Sul, para aumentar a confusão, chamam ele de J3.
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Chevrolet S10 – Colorado
O motivo de S10 e Colorado não se fundirem em um só nome é puramente emocional. Ambas as picapes têm histórias de sucesso em suas respectivas localidades, embora tais histórias só tenham se fundido agora. Em gerações anteriores, elas foram concebidas como modelos diferentes. A Colorado possuía visual mais robusto, tipicamente americano, enquanto a S10 sempre se manteve menos rebuscada. A atual geração deixou os modelos idênticos.
Ford Ka – Figo
O caso do Ka, ou Figo, é semelhante ao da S10 com a Colorado. Eles foram criados, originalmente, como carros diferentes. O Ka foi concebido como um compacto para encarar as grandes cidades com agilidade e praticidade por seu tamanho diminuto. O Figo, por sua vez, não passava da variante indiana da geração anterior do Fiesta, que saiu de linha no Brasil com o nome Rocam. Agora, a história se fundiu: o novo Ka substitui o antigo Fiesta Rocam; o novo Figo substitui o modelo antigo, ou seja, o Fiesta Rocam indiano. Ou seja, o Figo é nada menos que o Ka indiano. Confuso?
Honda HR-V – Vezel
Engana-se quem pensa que o HR-V já chegou com esse nome ao mercado mundial. Quando foi apresentado oficialmente, em 2014, o modelo chegou como Vezel — que, felizmente, permaneceu apenas no Japão. Para o Brasil, a marca alegou que o nome geraria confusão na pronúncia. Afinal, é “Vêzel”, “Vézel” ou “Vezél”? Além disso, o nome possui significado cultural para os japoneses, que seria incompreendido no Brasil. A solução foi simples: letras que seguem o padrão do modelo mais caro, o CR-V. Deu tão certo que a Toyota resolveu imitar.
Kia Mohave – Borrego
Ele nunca fez muito sucesso no Brasil — e em muitos outros países — mas segue sendo vendido por altos R$ 226.490. Mesmo de pronúncia forte, totalmente adequada a um SUV do porte do Mohave, o nome soa estranho. Mas poderia ser pior. Nos Estados Unidos, onde deixou de ser comercializado em 2010, o modelo era chamado por Borrego. Renderia uma boa dose de piadas infames, não?
Mitsubishi Pajero – Montero
A sonoridade dos dois nomes é muito próxima. Mas é só. Em países de língua espanhola, os significados para o nome Pajero são os mais diversos — e nenhum deles é, digamos, agradável. Na Colômbia, Pajero se liga a pessoas mentirosas. Já no Chile e no Peru, a palavra se refere ao ato de masturbação (tanto masculina quanto feminina). Por isso, o nome Montero foi o mais adequado para tais mercados.
Nissan Frontier – Navara
Pergunte a um europeu sobre a Nissan Frontier. Ele, provavelmente, não saberá sobre o que você está falando. Pergunte a um brasileiro sobre a Nissan Navara. Ele, provavelmente, não saberá do que se trata, mas já pensará em piadas infames. Não precisamos de longas explicações, não é?
Nissan March – Micra
A história de que o brasileiro compra carro para o vizinho ver é reforçada pela mudança de nome do March para o nosso mercado. Na Europa e no Japão, o hatch de entrada da marca é chamado de Micra. Na época do lançamento do modelo no Brasil, executivos da Nissan apontaram para um possível fracasso do nome Micra por estar associado a “micro”, ou seja, denotando o tamanho diminuto do carro.
Toyota SW4 – Fortuner
A Toyota sempre quis atrelar os nomes da Hilux SW4 com sofisticação. Hilux, por si só, já aponta a tradução de “alto luxo”. Já a composição SW4 mostra que o modelo é um familiar com tração nas quatro rodas. Nos mercados asiáticos, o modelo é batizado por Fortuner — que dispensa apresentações por fazer clara referência à fortuna, riqueza.
Volkswagen Jetta – Bora – Sagitar
O Jetta é um caso singular. É difícil encontrar um modelo que sofre tantas “mutações” de batismo nos diversos mercados em que é comercializado. Por volta de 2008, o modelo era vendido como Jetta no México e como Bora no Brasil. Em contrapartida, o Bora mexicano era o Jetta brasileiro. O modelo se confunde ainda com a linha Golf. O Jetta Variant vendido no Brasil em 2010 era nada menos que um Golf Variant – nome adotado em 2015. Na china, o sedã é conhecido por Sagitar. Em gerações passadas já foi chamado por City, Vento, Golf Sedan e Atlantic.