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Impressões: a independência da nova Toyota SW4

Com a mesma base da picape Hilux, a nova SW4 agora tem visual próprio para se destacar num segmento tã sofisticado

Por Marcello Oliveira
Atualizado em 23 nov 2016, 20h36 - Publicado em 18 fev 2016, 14h21
Toyota SW4 / Fortuner
Visual foi inspirado no design dos Lexus ()

Até hoje, a Toyota SW4 teve a mesma cara da Hilux: ela foi, basicamente, um utilitário esportivo montado sobre a picape, assim como acontece com Trailblazer e Chevrolet S10. Mas essa estratégia mudou na nova geração do SUV japonês, que acaba de ser apresentada no Brasil.

A Toyota decidiu que a SW4, que virá  da Argentina, deveria ter visual e design para ganhar personalidade mais moderna e sofisticada. Assim poderá brigar melhor num segmento que tem Hyundai Grand Santa Fe, Land Rover Discovery Sport e Jeep Grand Cherokee, todos com capacidade para sete pessoas. Por isso, as novas linhas foram inspiradas na luxuosa Lexus, a casta nobre da marca  nipônica.

Dirigimos uma unidade da nova SW4 na Austrália, onde ela já é vendido como Fortuner. As mudanças são bem visíveis, não apenas em relação à antiga geração do SW4, mas também da atual Hilux, que chegou às concessionárias brasileiras no fim de novembro e com quem a SW4 divide plataforma e conjunto mecânico.

Toyota SW4 / Fortuner
Vidros estreitos dão um ar esportivo, como no Evoque ()

Por fora, se não fosse pelo emblema, seria praticamente impossível saber que é uma Toyota SW4. As linhas sem sal da antiga versão deram lugar a formas elegantes e harmoniosas, quase esportivas. Na traseira, a lanterna cristal que parecia ter vindo de um carro tunado, foi substituída por um conjunto de dois filetes de leds que invadem a tampa do porta-malas. A régua cromada com o nome do modelo deu um toque de sofisticação – e aquele ar de Lexus. Na dianteira, os faróis foram afinados e receberam uma fileira de leds, que quase toca  a grade cromada.

A mecânica é a da picape, com um 2.8 turbodiesel que rende 177 cv e 45,8 mkgf, e um câmbio automático de seis marchas. A vantagem desse motor menor (o outro era 3.0) é entregar quase a mesma potência, com um consumo inferior. Também está bem mais silencioso e suave. No modo Sport do câmbio automático, é notável a resposta mais bruta. Ao contrário da picape, a Toyota investiu em borboletas atrás do volante para trocas manuais de marchas.

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Toyota SW4 / Fortuner

No Brasil, a SW4 chega em duas versões iniciais, com preços que acompanham (até demais) a evolução. A mais acessível é a SRX a gasolina de cinco lugares, com um motor V6 4.0 de 238 cv e 38,3 mkgf de torque, por R$ 205.000. Já o modelo a diesel, com motorização idêntica à que experimentamos na Austrália, sai por R$ 220.000 na configuração com cinco lugares e R$ 225.000 com bancos para sete pessoas. Para o segundo semestre, vem a versão flex, provavelmente mais simplificada, com motor menor e tração apenas no eixo traseiro. Como referência, a antiga SW4 com motor 2.7 flex e tração 4×2 até agora era tabelada em R$ 135.850, enquanto a diesel 3.0 4×4 começava em R$ 204.800.

Por dentro, o utilitário exibe agora caprichos no acabamento que fazem falta na picape, como painel revestido em couro e detalhes em madeira no volante e nas portas. Também têm peças que imitam aço escovado, o que deixou o interior mais requintado.

Toyota SW4 / Fortuner
Interior é da nova Hilux ()

O quadro de instrumentos conta com um visor digital de 4,2 polegadas com informações do computador de bordo. Um monitor central de 7 polegadas, de fácil manuseio e sensível ao toque, controla o sistema de áudio e navegação, além de mostrar as imagens captadas por uma câmera traseira. Parte das funcionalidades das duas telas também pode ser acessada por botões no volante, recurso herdado da nova picape.

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Toyota SW4 / Fortuner
Instrumentos com tela digital ()

Acima do porta-luvas há um compartimento refrigerado que acomoda até duas garrafas de 600 ml. A versão mais cara oferece ainda bancos forrados em couro e ajustes elétricos nos assentos dianteiros. Com chave presencial, a partida do motor é feita por botão e não há mais a antiga alavanca para acionar a tração 4×4 (de série na diesel), que foi substituída por um comando giratório.

Como o utilitário está 9,5 cm mais comprido e 1,5 cm mais largo, os ocupantes ganharam mais espaço e conforto. Conforto, aliás, que está próximo ao de um automóvel de passeio, devido à maciez da suspensão.

Turma do fundão

Toyota SW4 / Fortuner
Assentos para sete pessoas ()

A segunda fileira leva três adultos sem aperto, já a terceira fila continua sendo para duas crianças. Além do espaço limitado, o acesso aos bancos do fundão é complicado e requer esforço. Fora de uso, os assentos podem ser facilmente rebatidos ou içados e presos por uma alça, ampliando o porta-malas. Mas eles bem que poderiam ser embutidos no assoalho, como em vários de seus rivais. Do jeito que é, reduzem a visibilidade e o espaço para bagagem, além do risco de se tornar fonte de ruídos com o tempo. Para evitar o esforço de manusear a pesada tampa, o porta-malas é aberto e fechado eletricamente ao toque de um botão.

Toyota SW4 / Fortuner
Terceira fileira de assentos é rebatível para os lados ()
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Pelo menos as duas fileiras traseiras contam com saídas de ar independentes, sendo a do meio com ajuste digital próprio – o ar-condicionado principal é de duas zonas. Porta-copos e tomada de 220V (que no Brasil poderá ser 110/220V) completam os itens a bordo.

Toyota SW4 / Fortuner
Ar-condicionado digital bizona ()

Com nota máxima em teste de colisão na Austrália, ele é equipado com sete airbags, controle de estabilidade e um bem-vindo auxílio de partida em rampas, que segura o veículo por 2 segundos em ladeiras.

VEREDICTO:

A diferenciação da SW4 em relação à picape é bem-vinda. O SUV, agora, é muito mais que uma versão fechada da Hilux. E apesar do aumento substancial, ganhou qualidades para brigar com Land Rover Discovery Sport e Jeep Grand Cherokee, que ocupam a mesma faixa de preço.

>> Não perca o teste de pista completo da Toyota SW4 SRX TDI na edição de março da QUATRO RODAS!

Ficha Técnica – Toyota SW4 SRX TDI com sete lugares
Preço R$ 225.000
Motor: diesel, diant longitud., 4 cil. em linha, 16V, turbo, common rail; 92 x 103,6 mm; 15,6:1, 2.755 cm3; 177 cv a 3.400 rpm, 45,9 mkgf a 1.600 rpm
Câmbio: automático, 6 marchas, tração integral
Direção: hidráulica
Suspensão: duplo A (diant.) e eixo rígido com molas helicoidais (tras.)
Freios: discos ventilados (diat.) e tambores (tras.)
Pneus: 265/60 R18
Dimensões: comprimento, 479,5 cm; altura, 183,5 cm; largura, 185,5 cm; entre-eixos, 275 cm; peso, 2.135 kg
Tanque de combustível: 80 litros
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