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Para superar crise, Volkswagen pode vender fábrica na Alemanha para chineses

Com vários problemas financeiros e precisando cortar custos, VW cogita vender uma de suas fábricas na Alemanha para uma fabricante chinesa

Por Lucas Parente
Atualizado em 22 jan 2025, 11h38 - Publicado em 22 jan 2025, 11h00
Fábrica da Volkswagen em Wolfsburg
Fábrica da Volkswagen em Wolfsburg (Divulgação/Volkswagen)
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A Volkswagen está passando por uma grave crise na Europa. No ano passado, a marca estava pronta para anunciar o fechamento de três fábricas espalhadas pelo continente. Mas, após pressão dos sindicatos, a montadora alemã precisou recuar.

Ao invés disso, a marca concordou em parar a produção de duas fábricas na Alemanha (Dresden e Osnabrueck) apenas em 2027 e buscar um uso alternativo para ambas, já que cerca de 2.500 funcionários serão afetados neste movimento.

E é nessa crise econômica alemã que os chineses querem sair por cima. Em movimento totalmente contrário ao que está acontecendo na Alemanha, as montadoras chinesas estão em vasta expansão, nacional e internacional.

Novos Volkswagen ID.7 GTX elétricos
Modelos elétricos da Volkswagen não têm vingado na Europa (Divulgação/Volkswagen)

De acordo com a Reuters, essas duas fábricas são “bilhetes premiados” para a entrada de empresas chinesas no Velho Continente. Uma fonte interna da VW também informou ao portal que a montadora alemã está disposta a vender a sua fábrica em Osnabrueck para uma empresa chinesa após seu fechamento em 2027.

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Um representante sindical de Osnabrueck, Stephan Soldanski, disse que os trabalhadores hoje empregados na fábrica não teriam nada contra produzir um carro para uma das joint ventures da VW na China. A Volks tem parcerias com JAC (na fabricação de carros da NIO), FAW e SAIC. Porém, a condição do sindicato seria manter o logotipo da Volkswagen nos carros produzidos.

Volkswagen ID. Code
Volkswagen ID. Code, projeto em parceria da SAIC, antecipa família de carros elétricos que será desenvolvida na China (Divulgação/Volkswagen)
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Embora a China não tenha se pronunciado oficialmente sobre o interesse em nenhuma das fábricas, o Ministério das Relações Exteriores do país asiático se manifestou para defender qualquer possível interesse de empresas sob seu controle:

“A China introduziu uma série de medidas de abertura para criar novas oportunidades de negócios para empresas estrangeiras. Espera-se que o lado alemão também mantenha uma mente aberta, [e] forneça um ambiente de negócios justo, imparcial e não discriminatório para que as empresas chinesas invistam.”

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A aquisição de fábricas na Europa também facilitaria a vida das chinesas quando o assunto é taxação. Embora o continente europeu não taxe exacerbadamente como os EUA e o Canadá, uma produção local diminuiria ainda mais os custos.

Volkswagen ID. Code
(Divulgação/Volkswagen)

Esse é um movimento normal de mercado e que já foi muito utilizado pela própria Volkswagen – claro, em épocas financeiramente melhores.

O crescimento do mercado automotivo chinês demonstra que eles não vão parar enquanto não abocanharem parte do mercado mundial. A possível compra de uma fábrica da tradicionalíssima VW que está para fechar é um grande confirmação disso.

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