Durante uma live, o CEO da Toyota, Akio Toyoda, anunciou que renunciará ao cargo no dia primeiro de abril. Akio, que é neto do fundador da montadora, Kiichiro Toyoda, escolheu a dedo Koji Sato para ser sucessor. Este, hoje, acumula as funções de presidente da Lexus e da Gazoo Racing.
Além de ser o homem de confiança de Toyoda, Sato também tem grande identificação com a montadora. Ele começou sua carreira na Toyota 1992, como engenheiro recém formado e foi subindo no escalão da empresa, trabalhando diretamente nos projetos do primeiro Prius e do Corolla. Na opinião do futuro ex-CEO, Sato, de 53 anos, estaria mais apto para comandar a empresa no período de transição dos motores a combustão para tecnologias mais limpas.
No cargo desde 2009, Akio Toyoda, vinha sendo criticado por parte da empresa em relação à lenta adoção aos carros elétricos. Toyoda acredita fazer parte de uma “maioria silenciosa”, como ele mesmo descreveu recentemente, pois sua visão para o futuro abrange pesquisar e desenvolver outros meios de se chegar a emissão zero de carbono, através de híbridos ou de combustíveis alternativos, como vimos no Toyota Mirai movido a hidrogênio.
Apesar da mudança, é provável que a política em relação aos elétricos se mantenha a mesma. “Não será uma substituição imediata para veículos elétricos, mas é bom que as pessoas saibam que existem outras opções disponíveis quando o aumento de EVs eventualmente se estabiliza.”, disse Koji Sato em um evento na Tailândia no ano passado.
Em dezembro do ano passado, o próprio Toyoda apresentou um protótipo elétrico da Hilux, desenvolvido pela divisão tailandesa da montadora. Paralelamente, a Toyota também está estudando usar a tecnologia do Mirai na picape, em projeto que está sendo tocado no Reino Unido.
Apesar de estar fora da chefia da Toyota, Akio Toyoda ainda ocupará o cargo de Presidente do Conselho de Administração, substituindo Takeshi Uchiyamada. Sobre a chefia de Sato, espera-se uma política ambiental mais firme e uma aceleração na oferta de veículos elétricos, para que a montadora não se distancie de outras como GM e Tesla.