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Trocando os pneus de Ka, HR-V, Renegade e S10

Nosso teste comprovou: leitura prévia do manual do carro é tão importante quanto o macaco na hora de trocar um pneu furado

Por Péricles Malheiros
Atualizado em 23 abr 2021, 00h43 - Publicado em 29 dez 2015, 14h09

Longa Duração - Mão na roda

O conhecimento pleno do veículo é obrigação de todo motorista, e para isso ainda não inventaram nada mais eficiente do que a leitura do manual do proprietário. Na prática, porém, é muito raro encontrar quem faça a lição de casa. Nesse sentido, a estagiária da QUATRO RODAS, Anaís Motta, 21 anos, é ré confessa: “Nunca li um manual. Tratava cada carro como se fosse um celular. Ia conhecendo seus detalhes aos poucos, conforme o uso”. Era o perfil de que precisávamos.

Submetemos Anaís à simulação de uma situação corriqueira para quem tem automóvel: a troca de um pneu furado. O exercício foi feito com quatro carros de nossa frota de Longa Duração: S10, Ka, HR-V e Renegade. O Leaf ficou de fora pelo simples fato de que não tem estepe, pois roda com pneus do tipo run-flat, que garantem a rodagem mesmo com baixa pressão de calibragem.

Acompanhe, a seguir, as impressões de uma motorista estreante na troca de um pneu furado.

HONDA HR-V

Longa Duração - Mão na roda

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O HR-V tem uma roda de emergência, que é bem mais estreita que a original e com velocidade máxima de rodagem de 80 km/h. Além de roubar menos espaço no porta-malas, ela é mais leve, o que facilita sua retirada e montagem. Anaís, porém, perdeu muito tempo para encontrar o local exato para encostar o macaco na lateral do SUV.  “Em uma situação real e sem ler o manual, acabaria apoiando no lugar errado”, reconheceu a motorista.

Tempo: 24 min

“O sistema de acionamento do macaco faz com que a mão passe muito rente ao chão. No mais, o HR-V é o que tem a roda mais fácil de trocar.”

FORD KA

Longa Duração - Mão na roda

Dona de um Fiesta, Anaís se sentiu à vontade com o Ka. Tanto que, aos 5 minutos, a roda de emergência estava fora do porta-malas. A dificuldade surgiu ao içar o veículo. Sem achar o ponto adequado da carroceria (indicado no manual), Anaís ia apoiar o macaco no assoalho, o que danificaria a região. Com a perda de tempo, o estepe só foi fixado aos 23 minutos. Depois de mais 4 minutos, a última porca estava apertada.

Tempo: 27 min

“Sem auxílio, teria apoiado  o macaco na parte errada do assoalho. Mais leve, o estepe fininho facilita sua retirada do porta-malas.”

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JEEP RENEGADE

Longa Duração - Mão na roda

O teste de troca de pneu revelou alguns pontos negativos do Renegade. O estepe (que é uma quinta roda) é grande e pesado. Para piorar, a fixação por parafuso (em vez de porcas) torna a substituição mais difícil, tanto na hora de alinhar os furos da roda aos do eixo quanto na de colocar os parafusos nas estreitas cavidades, tão pouco amigáveis às unhas femininas.

Tempo: 33 min

“Mulher já odeia trocar pneu furado, mas no Renegade é pior ainda: estraguei as unhas ao colocar os parafusos na roda.”

CHEVROLET S10

Longa Duração - Mão na roda

Só para localizar o estepe (abaixo da caçamba) na picape S10, Anaís demorou 1 minuto. Aos 5, desistiu de procurar as ferramentas e pediu ajuda ao editor Péricles Malheiros, que acompanhava o teste. Macaco e demais ferramentas ficam sob o assento do banco traseiro. Aos 25, após mais uma dose de ajuda, Anaís conseguiu baixar o estepe até o asfalto. Aos 30, desistiu da missão: “Não consigo tirar a roda da corrente que a prende. É pesada demais”, disse.

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Tempo: infinito

“Não sabia como operar o sistema que libera a descida do estepe. Depois, com a roda já no chão, não tinha força para movê-la.”

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