Aventureiros urbanos: ascensão e queda no mercado
Febre até 2014, os carros com roupagem off-road vêm sendo deixados de lado graças a nova onda de SUV compactos
Automóveis comuns com roupagem off-road, os aventureiros urbanos tiveram seu ápice em 2014. Na época, o nicho era um dos mais disputados do mercado, com essas versões atingindo até 62% do mix de vendas do modelo base.
De 2015 para cá, porém, eles vêm sendo deixados de lado — e o culpado tem nome: a onda de SUV compactos.
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Com o aumento de lançamentos desses utilitários esportivos, o público foi desistindo de levar o genérico. Um exemplo: o CrossFox representava 14% das vendas do Fox no primeiro semestre de 2014, segundo a Jato. Em 2016, caiu a 9% – em números absolutos, foram 6.854 contra 2.398 carros emplacados.
No caso do Stepway, foi de 26% para 23% do mix do Sandero e, nas vendas, passou de 12.104 para 6.002 unidades. Mesmo considerando a crise atual do mercado brasileiro (cuja queda média é de 20%), a redução no Stepway é bem maior: 41% a menos, entre 2014 e 2016. A Idea Adventure caiu ainda mais: 81% – de 3.673 para 713.
Mas teve um modelo que nadou contra a corrente: a Weekend Adventure. Apesar da queda de 45% nas vendas no período (5.059 contra 2.293), a versão aventureira mostrou um bom aumento de participação: de 56% para 63% no mix de vendas da perua Weekend como um todo.
Com preços semelhantes ao de alguns SUVs, a concorrência ficou difícil para os off-roads de butique. Um CrossFox ou Idea Adventure, por exemplo, podem sair por R$ 80.000, suficiente para comprar um Jeep Renegade, Honda HR-V, Ford EcoSport ou Renault Duster.