Automóveis do Brasil terão placas do Mercosul a partir de 2017
Carros zero km, transferidos de município ou de propriedade deverão adotar o novo padrão já no ano que vem
De acordo com a Resolução 590 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), todos os veículos em território nacional deverão ter placas de identificação no padrão Mercado Comum do Sul (Mercosul) até 2020. Antes previsto para o início desse ano, o novo padrão de placas agora será obrigatório a partir de 1º de janeiro de 2017 para os veículos zero quilômetro, assim como modelos em processo de transferência de município ou de propriedade (venda particular), ou quando houver a necessidade de substituição.
LEIA MAIS:
>> Uso do farol baixo durante o dia vira obrigatório em estradas
>> Mitos e verdades sobre legislação de trânsito
>> Multas terão valores reajustados em até 66% a partir de novembro
>> Em que situações é permitido usar os faróis auxiliares
Semelhante à placa utilizada na União Europeia, o modelo do padrão Mercosul terá fundo branco com a parte superior com uma faixa azul, com o lado esquerdo possuindo o logotipo do Mercosul, o lado direito a bandeira do Brasil e, na parte central, o nome do país. A cor das letras e dos números também muda: preta para veículos comuns, verde para os em teste, vermelha para os comerciais, azul para os oficiais e dourada para veículos diplomáticos.
Antes com três letras e quatro números, a placa inverterá essa ordem e possuirá quatro letras e três números, dispostos agora de forma aleatória (com o último caractere sendo sempre numérico para não interferir nos rodízios municipais). Isso, provavelmente, acabará com a possibilidade de personalização de chapas.
No padrão atual de placas, existem 175 milhões de combinações possíveis enquanto que, no novo, esse número subirá para mais de 450 milhões. Além do Brasil, o novo padrão de placas de identificação do Mercosul será adotado pelos países integrantes do bloco: Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela. A iniciativa vai facilitar a circulação e a segurança entre as nações do bloco, além de assegurar a existência de um banco de dados conjunto.
Além disso, não haverá mais um padrão de letras correspondente a um estado ou ao país. Hoje, é possível saber de onde vem um carro apenas pelo início da placa – São Paulo, por exemplo, costuma ter veículos emplacados de C a H – mas isso acabará com as novas placas.
Muitas medidas de segurança e novidades tecnológicas foram adicionadas a nova placa para inibir falsificações e facilitar a fiscalização nas fronteiras. Além da marca d’água com as palavras “Mercosur Brasil Mercosul”, haverá também uma faixa holográfica semelhante à das notas de R$ 20,00 e um QR code com dados do fabricante, data de produção e número de série da placa.