Mitsubishi ASX é SUV com tração 4×4 a partir de R$ 50.000
Espaçoso, confortável e seguro, o Mitsubishi ASX vai bem no asfalto e em trilhas leves, mas poderia ser mais rápido e econômico
Por Henrique Rodriguez
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Atualizado em 5 Maio 2024, 10h51 - Publicado em 4 Maio 2024, 19h00
A Mitsubishi é conhecida pela valentia de seus utilitários. O Mitsubishi ASX, por sua vez, é um carro de passeio que roda confortavelmente por estradas de terra e até encara trilhas leves.
Belo e funcional, este SUV médio chegou ao Brasil em 2010, importado do Japão, e até conseguiu conquistar parte da clientela do Pajero TR4 (especificamente aqueles que rodam mais no asfalto) ao suprir suas principais carências – especialmente aquelas ligadas ao espaço.
O ASX tem dimensões de hatch médio (tem 4,36 m de comprimento e tem 2,67 m de entre-eixos), oferece espaço interno para cinco ocupantes, porta-malas de 409 litros, dirigibilidade dócil e confortável e bom pacote de segurança, que inclui sempre ABS e airbags frontais.
Uma semelhança com o TR4 é o alto consumo: seu 2.0 16V a gasolina com comandos variáveis e injeção direta rende 160 cv, mas é limitado pelo câmbio CVT, que compromete o desempenho com respostas lentas. Quem gosta de acelerar deve optar pelas versões com câmbio manual ou apelar para trocas nas borboletas do volante.
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Vale a pena investir no Mitsubishi ASX AWD: com preço inicial de R$ 55.000, ele traz sete airbags (frontais, laterais, de cortina e um de joelhos), controles de tração e estabilidade, tração 4×4 seletiva, assistente de partida em subidas, sensores de ré, de chuva e de faróis, chave inteligente com partida do motor por aproximação, retrovisores rebatíveis, bancos de couro elétricos e ar digital. Teto panorâmico e faróis de xenônio são opcionais bem-vindos.
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A versão 4×2 atrai pouco porque oferece menos itens de série por um valor próximo no mercado de usados, mas essa escolha pode garantir um carro mais novo.
Nacionalizado nos modelos 2012, o Mitsubishi ASX recebeu discretos retoques, roda aro 18 e revisão em motor e suspensão.
Em 2015, o ASX Outdoor aliou câmbio manual e o 4×4: além do visual (bagageiro no teto e apliques de plástico), ele agrada pela dirigibilidade mais suave devido às rodas menores (aro 16) e aos pneus de uso misto e perfil mais alto. Mas no ano seguinte o Outdoor passou a ter tração apenas dianteira e câmbio CVT.
Na linha 2017, a última reestilização garantiu a frente com novos frisos cromados na grade e que fazem uma espécie de ziguezague entre os faróis principais e os de neblina, junto com um novo para-choque com parte central preta.
Mas a única mudança na traseira surgiu apenas na linha 2018, quando ganhou um logotipo indicando que, tardiamente, o motor 2.0 passou a ser flex e com direito ao sistema de pré-aquecimento do etanol na partida a frio. Foi quando chegou aos 170 cv e 23 kgfm – com gasolina os valores são de 160 cv e 22 kgfm. O câmbio manual deixou de ser oferecido.
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O Mitsubishi ASX saiu de linha em 2021. Mas, na verdade, o que aconteceu foi sua substituição pelo Outlander Sport que, na verdade, foi a terceira reestilização do ASX. Era o mesmo carro, com o mesmo motor, mas com frente e traseira renovados. Não deu muito certo, pois foi lançado em julho de 2020 e saiu de linha em dezembro de 2021.
O ASX desfruta da boa reputação dos carros japoneses, embora seu pós-venda deixe a desejar quando comparado aos rivais de Honda e Toyota. Por outro lado, a nacionalização melhorou a disponibilidade e o valor das peças de reposição e muitas delas são compartilhadas com o Mitsubishi Lancer. Vale pesquisar o preço de peças e serviços nas concessionárias, que quase sempre têm peças para pronta entrega e oferecem serviços de manutenção preventiva com preços fixos.
Problemas e defeitos do Mitsubishi ASX
Teto panorâmico – Os modelos 2010 e 2011 do ASX AWD foram convocados para recall de eventual aplicação de adesivo de fixação no teto panorâmico, por risco de descolamento do vidro.
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Câmbio CVT – Assim como o Lancer, as primeiras unidades do ASX chegaram ao país sem o radiador do fluido da transmissão, provocando ruídos e falhas principalmente em altas rotações. Vale a pena certificar se o equipamento foi instalado no período de garantia.
Suspensão – A calibração firme e o curso curto da suspensão cobra seu preço na vida útil de peças como buchas e batentes. Batidas secas e vazamentos são indícios claros de amortecedores sem ação.
Cabeçote – O motor pode apresentar ruídos anormais, vindos da corrente dos comandos de válvulas: óleo de especificação incorreta ou trocas fora do prazo determinado provocam o desgaste precoce desse componente.
Sistema 4×4 – Exige atenção no alinhamento da direção e suspensão da versão AWD, sob risco de desgaste excessivo dos pneus e comportamento dinâmico irregular. Cheque também se o óleo da caixa de transferência e o do diferencial traseiro foram substituídos.
O que eu adoro:“É muito versátil e ignora as condições da via graças à elevada altura do solo: as suspensões independentes nas quatro rodas garantem conforto e estabilidade, no asfalto ou fora dele.”
O que eu odeio:“A transmissão CVT é o ponto fraco do carro: tem reações muito lentas, apresenta aquecimento no uso intenso em altas velocidades e ainda compromete acelerações, retomadas e até o consumo.”
Teste de desempenho e consumo (com gasolina) – Mitsubishi ASX 2.0 16V CVT AWD
Aceleração de 0 a 100 km/h: 12,2 s
Aceleração de 0 a 1.000 m: 33,7 s – 156,8 km/h
Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 5,5 s
Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 6,8 s
Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 9,1 s
Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 16,6 / 29,4 / 68,2 m
Consumo urbano: 6,9 km/l
Consumo rodoviário: 9,8 km/l
Ficha técnica – Mitsubishi ASX 2.0 16V CVT AWD
Preço: R$ 128.490
Motor: gas., diant., transv., 4 cil., 16V, 1.998 cm3, 160 cv a 6.000 rpm, 25,5 mkgf a 4.200 rpm
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