Quem considera gastar pelo menos R$ 100.000 em um carro novo já pode cogitar um elétrico. Desde 2022 a oferta de carros elétricos mais acessíveis só aumenta e a recente ofensiva das marcas chinesas, que não tratam carros elétricos como nicho de mercado, forçou os fabricantes tradicionais a reduzir drasticamente o preço dos seus EVs.
Agora, é possível encontrar compactos urbanos, hatchs de entrada e SUVs por preços tão acessíveis quanto de modelos a combustão equivalentes. E com a promessa de produção nacional de carros elétricos, feita por marcas como BYD e GWM, isso aparenta ser um caminho sem volta.
Para te ajudar a conhecer as melhores opções do mercado atualmente, separamos aqui os 10 carros elétricos mais baratos do Brasil. A lista contempla carros com preços competitivos, que precisam ser considerados se você está pensando em mudar de carro e se converter à essa nova tecnologia que pode se tornar representativa no mercado daqui a alguns anos.
1 – Renault Kwid E-Tech: R$ 99.990
O Renault Kwid é um carro que, desde que foi lançad,o segue buscando seu espaço no mercado de elétricos no Brasil. Isso ficou mais evidente após a chegada dos carros elétricos chineses: a Renault correu para reduzir o preço do Kwid elétrico, que já custa 33% menos do que em seu lançamento, em 2022. Este é o carro elétrico mais barato do Brasil atualmente.
Por R$ 99.990, o Kwid E-Tech custa R$ 21.560 mais caro que o Kwid Outsider 1.0. O Kwid tem motor de 65 cv e 11,5 kgfm, cujo apetite modesto faz a bateria de 26,8 kWh que proporciona uma rodagem de até 185 km, conforme dados do Inmetro.
2 – BYD Dolphin Mini: R$ 115.800
O BYD Dolphin Mini poderia ter mudado tudo se chegasse com preço ao redor dos R$ 110.000, como a fabricante prometeu. É bem mais espaçoso, equipado, potente e tem mais autonomia que o Kwid, mas custa R$ 115.800. Pelo menos ainda é o segundo carro elétrico mais barato do Brasil.
Com ajuste elétrico do banco do motorista, base de carregamento sem fio para smartphone, ajuste de profundidade da coluna de direção, faróis e lanternas de LED, acendimento automático dos faróis, chave presencial, monitor de pressão e temperatura dos pneus e ar-condicionado digital, é mais equipado que os carros a combustão da mesma faixa de preço.
O motor elétrico do Dolphin Mini gera 75 cv, é equivalente ao motor 1.0 de um Fiat Argo. Embora essa potência não seja empolgante, o torque de 13,8 kgfm já se assemelha ao de um Argo 1.3. A bateria de 38,8 kWh proporciona uma autonomia de 280 km no Inmetro.
3 – Caoa Chery iCar: R$ 119.990
O iCar é o menor carro elétrico disponível para venda no Brasil, medindo apenas 3,20 m de comprimento, 40 centímetros a menos que um Fiat Mobi. Apesar de seu tamanho compacto, tem motor elétrico de 61 cv e 15,3 kgfm instalado na traseira e sua velocidade máxima é limitada a 100 km/h.
Com uma bateria de 30,4 kWh oferece uma autonomia de até 197 km (segundo o Inmetro). Em termos de equipamentos, o iCar tem central multimídia com tela de 10 polegadas, ar-condicionado eletrônico com opção de acionamento remoto, agendamento de recarga e partida por botão. Além disso, os bancos dianteiros são ajustáveis eletricamente.
4 – JAC e-JS1: R$ 126.900
A carroceria do e-JS1 é essencialmente a mesma do JAC J2, um compacto ágil vendido entre 2012 e 2016 com motor 1.4, assim como do iEV20, outro modelo elétrico, porém, com uma abordagem mais aventureira lançado em 2019. Esses três veículos são variações da mesma arquitetura.
O motor é capaz de oferecer 61 cv e 15,3 kgfm. Apesar de sua potência reduzida, o motor consome pouca energia, levando em consideração que o JS1 é limitado em apenas 115 km/h. Sua bateria, de 30,2 kWh, tem autonomia para meros 162 km, de acordo com o homologado junto ao Inmetro.
5 – GWM Ora 03 Skin: R$ 150.000
Sendo considerado um concorrente direto com o BYD Dolphin, o GWM Ora 03 chegou depois e vem escalando posições nos emplacamentos mês a mês. Também passou a ser vendido junto com o carregador wallbox, como a BYD costuma fazer.
Embora ambos se destaquem pela qualidade do acabamento e nível de equipamentos, cada um tem seu foco específico. O Ora, por exemplo, é um pouco mais compacto, mas não tem seu espaço interno tão prejudicado. E ainda é mais equipado que o BYD, por ter airbag central entre os passageiros da frente e assistentes autônomos, como frenagem de emergência e piloto automático adaptativo, que o Dolphin não tem.
O Ora 03 é mais potente. Seu motor oferece 171 cv e 25,5 kgfm de torque, permitindo uma aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 8,2 segundos, sendo mais ágil em comparação ao Dolphin. De acordo com o Inmetro, sua bateria de 48 kWh oferece até 228 km de alcance.
6 – BYD Dolphin: R$ 159.800
O BYD Dolphin conseguiu se tornar o elétrico mais vendido do Brasil em 2023, fazendo seus rivais reduzirem de preço ainda mais, buscando a competitividade contra o modelo chinês.
A versão de entrada do Dolphin que é a de maior sucesso e custa R$ 149.800. É equipada com motor dianteiro de 95 cv e 18,4 kgfm, alimentado por uma bateria de LFP de 44,5 kWh. A autonomia fica em 291 km, de acordo com o Inmetro.
A recarga máxima em corrente alternada é limitada a 6,6 kW. Mas é em corrente contínua (DC) que aceita até 60 kW, potência que garante uma recarga de 20% a 80% em cerca de 30 minutos.
7 – BYD Yuan Pro: R$ 182.800
O último lançamento da BYD no Brasil, o Yuan Pro chegou para ser o SUV elétrico mais barato não só da empresa, como de todo o mercado nacional, o que conseguiu até o momento.
Vendido em versão única, conta com um motor de 177 cv e 29,7 kgfm, movendo somente as rodas dianteiras. Seu ponto fraco é a bateria pequena para um carro do seu porte, de somente 45,1 kWh, pouco mais do que no Dolphin. Este é o motivo pelo qual tem uma autonomia de apenas 250 km pelo padrão do Inmetro.
Segundo a fabricante, com uma recarga de 20 minutos usando um carregador de 65 kW é o suficiente para recuperar 180 km de autonomia, o que seria o tempo de carga de 20% a 80%. Já a carga em corrente alternada é de 6,6 kW, como os outros carros da BYD.
8 – BYD Dolphin Plus: R$ 184.800
Maior modelo da linha Dolphin, o BYD Dolphin Plus pode ser reconhecido pela frente mais pronunciada e pelo capô pintado de cinza. É exatamente a mesma configuração vendida na Europa e ainda tem suspensão traseira independente multilink (os outros Dolphin têm eixo de torção) e assistentes de segurança autônomos, além do piloto automático adaptativo.
A mecânica é completamente diferente. Seu motor elétrico dianteiro é mais potente, com 204 cv e 31,6 kgfm de torque. A bateria é bateria maior, de 60,5 kWh, o que eleva sua autonomia a 330 km.
9 – Renault Megane E-Tech: R$ 199.990
Lançado por R$ 279.900, o Renault Megane E-Tech foi reposicionado há alguns meses, passando a custar R$ 199.990, uma redução de R$ 80 mil e que deixa o crossover elétrico bem mais interessante.
É o mais potente do ranking, com 220 cv e 30,6 kgfm. E mesmo assim é o que tem a maior autonomia também, de 337 km como declarado pelo Inmetro. A bateria de 60 kWh só perde para o Dolphin Plus e por 0,5 kWh.
Com uma plataforma mais moderna, a CMF-EV, é compatível com estações de recargas mais potentes, aceitando até 150 kW, o que fornece energia o suficiente para ir de 15% a 80% em 36 minutos. Em um wallbox de corrente alternada de 22 kW, precisaria de somente 1h50 para chegar aos 80%.
10 – Fiat 500e: R$ 214.990
O Fiat 500e não teve qualquer redução nos preços para tentar se tornar mais interessante frente aos novos rivais. É pequeno como qualquer Fiat 500, mas tenta se valer de uma boa mecânica e acabamentos de qualidade para tentar convencer alguém a pagar pelos seus R$ 214.990.
O 500e está equipado com um motor elétrico de 118 cv e 24,4 kgfm de torque, que é alimentado pela bateria de 42 kWh. Se proporciona uma autonomia de até 227 km, de acordo com o Inmetro, essa bateria aceita potência de recarga acima da média para um elétrico pequeno: 85 kW, o que permite sair de 0 a 80% em apenas 35 minutos. Ao contrário de muitos elétricos pequenos, tem piloto automático adaptativo.