Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Chevrolet Opala SS trouxe esportividade no motor 4.1 e no visual

O Chevrolet já agradava em traje de luxo quando ganhou versão esportiva, com duas ou quatro portas, que estreou o lendário motor seis cilindros 4.1

Por Hairton Ponciano Voz
Atualizado em 6 nov 2022, 15h57 - Publicado em 12 set 2020, 15h45
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Opala SS, modelo 1976 da Chevrolet, testado pela revista Quatro Rodas.
    (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Publicado originalmente na Coleção Grandes Brasileiros, 2014

    Ele já fazia relativo sucesso desde o fim dos anos 60. Mas foi a partir da virada da década que o Opala ganhou aceleração – literalmente. Na edição de dezembro de 1970, QUATRO RODAS trouxe o teste da versão esportiva, a tão aguardada SS. A sigla identificava uma das novidades do carro, os bancos dianteiros individuais (separated seats), característica normalmente reservada aos carros mais “bravos”.

    Por fora, o Opala SS se destacava pelas faixas pretas na carroceria, além da inscrição “4100” – que identificava o motor de seis cilindros mais potente. Enquanto o 3800 (também de seis cilindros) rendia 125 cv, o 4100 esbanjava 138 cv. Com câmbio de quatro marchas no assoalho, o modelo chegou a 170 km/h de máxima.

    E a reportagem dizia que ele parava tão bem quanto andava, graças a outra novidade do modelo: os discos de freio na dianteira. O Opala esportivo custava Cr$ 28.900, bem mais que o modelo básico, de quatro cilindros, que saía por Cr$ 18.990.

    Opala SS, modelo 1976 da Chevrolet, testado pela revista Quatro Rodas.
    (Marco de Bari/Quatro Rodas)
    Continua após a publicidade

    O motor 4100 era uma evolução do 3800. Na prática, tinha um novo virabrequim, e o curso dos pistões aumentou. Foi o suficiente para o carro ficar bem mais bravo. No teste, fez 0 a 100 km/h em 12,8 segundos. No geral, o modelo causou boa impressão, a não ser pela tendência a superaquecimento do motor, em situações prolongadas de alta velocidade. Uma das suspeitas da equipe recaiu sobre o radiador: “Achamos que para o 4100 seria necessário um radiador maior”.

    Embora o motor Chevrolet 4100 tenha marcado a estreia do SS, ele também podia equipar a versão luxuosa, Gran Luxo. Este trazia acabamento melhor, teto de vinil e ainda uma opção mais econômica, o 2500 de quatro cilindros. O câmbio de três marchas tinha alavanca na coluna. E os freios dianteiros também receberam discos.

    Na edição de março de 1971, QUATRO RODAS colocou seis carros nacionais à disposição do chefe da Lotus, Colin Chapman, e de seu melhor piloto, Emerson Fittipaldi. Pois o Opala SS 4100 foi a escolha de Chapman: “Se tivesse de comprar um carro no Brasil, escolheria esse, por seu estilo simpático e bom desempenho”. A lista tinha modelos como Ford Landau e Puma 1800.

    Interior do Opala SS, modelo 1976 da Chevrolet, testado pela revista Quatro Rodas.
    (Marco de Bari/Quatro Rodas)
    Continua após a publicidade

    Embora tenha sido seu escolhido, o Opala pregou uma peça no chefe de Emerson na Lotus: no fim da reta de Interlagos, com o velocímetro marcando 170 km/h, Chapman apertou o freio e o carro não respondeu, e só funcionou depois de algumas pisadas seguidas. Ele atribuiu a falha a algum problema na montagem do sistema e deu um puxão de orelha no fabricante: “Ele acelera muito bem, é macio, veloz e estável. Mas os fabricantes devem tomar mais cuidado na montagem do freio”.

    Ainda em 1971, algumas novidades que chegaram com o SS passaram a ser empregadas no Opala 2500 e no 3800, caso do câmbio de quatro marchas com alavanca no assoalho, bancos dianteiros individuais e freios a disco na frente. Porém, o fato mais importante foi a chegada do Opala cupê. O visual foi elogiado, mas o senão era a visibilidade prejudicada, por causa das colunas traseiras mais largas.

    Três anos depois, na linha 74, a Chevrolet apresentou o SS4, uma versão esportiva do Opala com motor 2.5 de quatro cilindros, conhecido como 151-S. O visual, com as faixas externas, era o mesmo do SS 4100, mas o desempenho, como era de esperar, ficou bem aquém do irmão mais forte.

    Continua após a publicidade
    Janela traseira do Opala SS, modelo 1976 da Chevrolet, testado pela revista Quatro Rodas.
    (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    O trunfo, no entanto, era o preço: o Opala SS4 chegava por Cr$ 32.770, preço muito próximo ao do Corcel GT (Cr$ 31.012), sendo que o modelo da Ford era bem menor que o Chevrolet. O Opala SS4 rendia 98 cv, 8 cv a mais que o 2500 normal, graças à adoção do carburador duplo. No teste, fez 0 a 100 km/h em 18,2 segundos e alcançou 155 km/h de máxima.

    Mais dois anos, e em 1976 foi a vez de a montadora apresentar o motor batizado de 250-S. No teste, ele chegou a 190 km/h e foi considerado pela QUATRO RODAS o mais veloz automóvel nacional. E a história continuou. O Opala ainda seria produzido durante toda a década de 80 e só sairia de linha em 1992, quando a Chevrolet lançou o Omega.

    Dezembro de 1970

    “É agradável dirigir o Opala, apesar de não haver posição ideal para o motorista, no banco inteiriço (…). Poderia ser mais baixo e ter rodas mais largas. Talvez isso melhorasse sua tendência a sair de frente, quando a gente entra muito quente nas curvas (…). Aquelas faixas pretas pintadas nos lados e no cofre do motor dão ao carro um jeito agressivo que não combina com as quatro portas (…). O acabamento é bom, mas (…) entrou água pelos quebra-ventos e pela parte superior dos vidros (…). Nos carros que testamos havia luzes queimadas.”

    Continua após a publicidade

    Chevrolet Opala SS  – Teste de dezembro de 1970

    Aceleração de 0 a 100 km/h – 12,8 s
    Velocidade máxima – 170 km/h
    Frenagem 80 km/h a 0 – 25,1 m
    Consumo – 5,2 a 6,8 km/l (médio)

    Preço

    Janeiro de 1971 – Cr$ 28.900
    Atualizado – R$ 189.471 (IGP-DI/FGV, agosto de 2020)

    Ficha técnica

    Motor: dianteiro, longitudinal, 6 cilindros em linha, 4.100 cm3; Diâmetro x curso: 98,4 x 92,2 mm; Taxa de compressão: 7,0:1
    Potência: 138 cv a 4 000 rpm
    Torque: 29 mkgf a 2 400 rpm
    Câmbio: manual de 4 marchas, tração traseira
    Dimensões: comprimento, 457 cm; largura, 176 cm; altura, 138 cm; entre-eixos, 267 cm; peso, 1 125 kg
    Suspensão: dianteira, independente; traseira, eixo rígido
    Freios: discos na frente; tambores atrás

    Publicidade

    Publicidade

    Consulte a Tabela KBB

    Selecione o carro que você quer vender ou comprar

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.