Que atire a primeira pedra quem nunca fez a famosa chupeta quando a bateria do carro arriou sem dar aviso. A situação é comum, principalmente em veículos que permanecem parados por muito tempo ou quando a bateria já chegou ao fim da sua vida últil.
Porém, cuidado: apesar de funcionar na grande maioria dos casos, forçar a bateria pode causar danos no sistema elétrico do carro.
Esse risco é ainda maior em carros mais modernos. A demora pode indicar algo mais grave, especialmente se não houver uma queda de temperatura que justifique a demora na ignição.
O primeiro risco está em usar um cabo que não tem a espessura certa ou ser um cabo que não esta em boas condições, com emendas. Ou mesmo usar ferramentas para fazer a chupeta. Estas situações só aumentam o risco de curto-circuito no carro.
O segundo está no procedimento, como erro na posição dos polos, modo de operar os veículos ou na corrente das duas baterias.
Como fazer a ‘chupeta’ do jeito certo em uma emergência?
- O carro com bateria boa deve estar próximo, de forma que os cabos não precisem ficar esticados e que não haja risco de alguém esbarrar neles.]
- Ambos os carros e todos os equipamentos elétricos devem estar desligados.
- Conecte os plugues do tipo jacaré nos dois carros, primeiro os polos negativos (-) dos dois carros. Depois os polos positivos (+) também nos dois carros.
- Feito isso, deve-se dar partida no carro com bateria boa e aguardar pelo menos três minutos antes de tentar ligar o carro com a bateria fraca.
- Para a retirada dos cabos, também deve-se começar pelo cabo negativo e depois remover o cabo positivo.
- Após o procedimento, o ideal é andar com o carro que estava sem bateria ou deixá-lo ligado por pelo menos meia hora.
O ideal seria fazer a carga com a bateria fora do veículo, apoiada por uma bateria auxiliar externa – os serviços de guincho das seguradoras costumam ter uma. Além disso, os socorristas de seguradora têm uma bateria para preservar as memórias do veículo, que nem sempre podem ser perdidas.
Se o arriamento está se repetindo ou se a ligação direta não funcionar em duas ou três tentativas, é sinal de que não tem jeito: a bateria precisa ser trocada.
Mas sempre é bom confirmar, especialmente se a bateria tem menos de dois anos. Pode haver fuga de corrente no carro ou mesmo um defeito no alternador do veículo.
Carregando a bateria do carro em casa
Na falta de um carro para fazer uma carga auxiliar, ou se é comum o carro ficar sem bateria por falta de uso, o ideal é ter um carregador de bateria automotiva.
Este equipamento, que pode custar a partir de R$ 80, é capaz de fazer uma carga lenta e completa da bateria de 12V do carro. o que pode levar de 15 a 20 horas. Assim, não será necessário manter o motor ligado até que acumule carga para dar partida novamente.
Quantos quilômetros deve-se rodar para carregar uma bateria arriada?
Depende do nível de carga, mas se ela chegar a ficar descarregada o ideal é rodar pelo menos uma hora em estrada com o mínimo de equipamentos elétricos (como faróis e rádio) ligados.
“O alternador, que gera energia elétrica, supre primordialmente as necessidades dos componentes essenciais (como injeção eletrônica e direção eletroassistida) e o que sobra vai para a recarga da bateria. Ou seja, quanto mais dispositivos elétricos ativos, menos corrente sobra para a bateria”, observa o engenheiro Marcos Randazzo.
Na prática, dirigir com o ar-condicionado, rádio e faróis ligados faz com que o processo de recarga seja mais lento. E a recíproca é verdadeira: se seu carro está com alguma pane elétrica, como falha no alternador, o ideal é desligar tudo o que for possível para poupar o máximo de energia.
Como saber se a bateria 12V do carro está ficando ruim?
As baterias costumam dar sinais quando algo não vai bem. Oscilações nos faróis ou na iluminação do painel e dificuldade em dar a partida são alguns exemplos. Em caso de dúvidas, procure um especialista, que pode ser um profissional de autoelétrico ou até mesmo um revendedor de baterias.
Existem testes que podem ser realizados para se antecipar aos problemas. Consultamos a Baterias Moura e, segundo a empresa, “o ideal é dar uma alta descarga na bateria e avaliar a tensão em seus terminais. Se a tensão cair demais, é sinal de que ela está descarregada ou está no fim da vida útil”