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Teste: Mercedes-Benz C 180, caro mas sem vigor

Câmbio de nove marchas dá vigor aparente (mas não real) ao C 180

Por Rodrigo Ribeiro
29 out 2018, 10h24
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  • O sistema de estacionamento tem seis sensores por para-choque
    O sistema de estacionamento tem seis sensores por para-choque (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    O primeiro contato com o Mercedes C 180 é promissor. Mesmo no modo de condução Comfort, o sedã anda com um vigor que não condiz com o esforçado (e limitado) 1.6 turbo de 156 cv e 25,5 mkgf.

    A sensação é de que a adição do câmbio automático de nove marchas (duas a mais que o anterior) deu ao mais barato dos Classe C o desempenho que faltava para acompanhar o Audi A4 (190 cv) e BMW 320i (184 cv), dupla que é mais potente e custa menos que os R$ 178.900 sugeridos pelas versões Avantgarde e Exclusive.

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    A central multimídia não tem integração para celulares (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Ambas têm o mesmo pacote de equipamentos, se diferenciando apenas pela estrela: sobre o capô na Exclusive e na grade na Avantgarde. Mas, em nossos testes, todo esse fôlego aparente não se mostrou na prática.

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    Multimídia não é touchscreen (Christian Castanho/Quatro Rodas)
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    Controle da central multimídia é feito no console (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Em todas as provas, o C 180 com nove marchas teve números idênticos à versão anterior. No 0 a 100 km/h e na retomada de 60 a 100 km/h, a versão mais nova foi até mais lenta, apesar da diferença decimal – 0,36 s e 0,23 s, respectivamente.

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    O Mercedes vai de 0 a 100km/h em 0,36 s (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Mais notável foi a melhoria no consumo, em que as marchas extras fizeram a diferença. O C 180 2018 obteve 15,6 km/l no ciclo rodoviário e 11,2 km/l no urbano, enquanto a versão antiga registrou 14,4 km/l e 10,5 km/l.

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    Outro contraste é o pacote de equipamentos de série. Além do básico ESP e múltiplos airbags, há ar-condicionado digital de duas zonas, sistema multimídia controlado por touchpad e até assistente de estacionamento automático.

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    Os faróis, totalmente de led, não são adaptativos (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Só que os bancos dianteiros são parcialmente elétricos: um botão altera a distância do assento, mas a regulagem do encosto é feita manualmente por ajuste milimétrico. A chave é “meio” presencial. Você precisa tirá-la do bolso para abrir o carro, mas não para ligar o motor, que pode ser acionado por botão.

    Exotismos de lado, o Classe C segue como um legítimo Mercedes. Não há carência de equipamentos que ofusque o bom acabamento, que reúne uma boa quantidade de materiais emborrachados, apesar do excesso de plástico em preto brilhante.

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    Botão de partida pode ser removido para expor o miolo de ignição a quem preferir usar a chave (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    A suspensão macia não transpira desempenho em um primeiro momento, mas pode surpreender quem busca uma dinâmica mais afiada.

    O melhor, no entanto, é pegar a estrada com a família, aproveitando o isolamento acústico mais eficiente (por conta das últimas marchas longas) e o espaço interno para levar quatro adultos com conforto de sobra.

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    Espaço é amplo (Christian Castanho/Quatro Rodas)
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    Túnel incomoda quem for no meio (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    O Mercedes-Benz C 180 continua não sendo o sedã mais equipado ou rápido do segmento, apesar de ser mais caro. Mas o modelo entrega uma sensação real de solidez, além do status ainda consagrado da marca alemã.

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    A câmera de ré fica embutida atrás da régua cromada (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    A solução atual é tão bem resolvida que sua reestilização é quase tão discreta quanto a diferença de desempenho do novo câmbio automático.

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    Veredicto

    O novo câmbio não deixou o C 180 mais rápido, mas melhorou o consumo de combustível. A falta de itens básicos contrasta com o bom acabamento.

    Teste de pista

    *Dado de fáfrica

    Ficha técnica – Mercedes-Benz C 180 Avantgarde

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