Mobi e Renegade: primos distantes em (quase) tudo
Crias da FCA, Fiat Mobi e Jeep Renegade são carros para públicos diferentes. No uso, porém, alguns elogios e críticas se repetem
Ainda que se leve em consideração o abismo existente entre Mobi e Renegade, muitas vezes fica difícil de saber sobre qual dos dois carros os membros da equipe de QUATRO RODAS estão falando. “Não dá para levar nada no porta-malas”, “Na estrada, o desempenho é menos desanimador”, “O isolamento acústico da cabine é bom”, “É um carro com boa resposta de direção”. Essas frases cabem tanto ao Mobi quanto ao Renegade.
Dentro da proposta do subcompacto e do SUV, por exemplo, um dos itens mais criticados é o porta-malas. “Como a maioria dos casais com filhos pequenos, tenho dois carrinhos de bebê, um maior e um do tipo guarda-chuva, ultracompacto. No Renegade, nem o segundo cabe. Preciso remover o tampão para levá-lo no porta-malas. Em muitos hatches e sedãs compactos não tenho esse tipo de problema”, diz o editor Péricles Malheiros.
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O redator-chefe, Zeca Chaves, sofre com o compartimento de bagagem do Mobi: “A maioria aqui não vê sentido no Cargo Box, uma caixa organizadora original que mais rouba espaço do que ajuda a arrumar os objetos. Talvez isso não incomodasse em um porta-malas grande, mas no Mobi dificulta a acomodação de objetos volumosos”. Para alguns, sua retirada é uma saída, mas o Cargo Box é um tanto frágil: amassa fácil e é pouco resistente à água. E ainda há o problema de achar um espaço em casa para acomodar uma peça tão volumosa.
O piloto de testes, Eduardo Campilongo, fala da experiência ao volante na estrada: “Sem necessidade de trocas de marchas constantes, o Renegade é bem menos cansativo em trechos rodoviários do que em urbanos. E tanto ele quanto o Mobi passam a sensação de estarem bem conectados à pista, mesmo a 120 km/h”.
Na cidade, as coisas são bem diferentes. Enquanto o Renegade flex dá a impressão de que seu motor não é suficiente para movimentar os 1.440 kg de peso sem subir demais as rotações (e por tabela o consumo), o Mobi – mesmo com um motor antigo – esbanja agilidade e autonomia. No Jeep, o diâmetro de giro elevado dificulta as manobras em espaços apertados. Já o compacto da Fiat é fácil de estacionar em qualquer lugar, e tem uma direção bastante direta.
O designer Fabio Paiva também fez elogios comuns aos dois veículos da FCA (Fiat Chrysler Automobiles). “São, disparados, os modelos cujo sistema de som tem o pareamento com smartphones mais intuitivo e rápido de todos os carros de Longa Duração dos últimos anos. Entrei em ambos, dei os comandos que julguei fazer sentido e, em segundos, o celular estava conectado. Não precisei consultar sequer o guia rápido de utilização no porta-luvas”, disse.
CONSUMO | |
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No mês: | 9,7 km/l com 27,7% de rodagem na cidade |
Desde julho de 2016: | 9,7 km/l com 27,7% de rodagem na cidade |
Combustível: | etanol |
GASTOS NO MÊS | |
Combustível: | R$ 888 |
FICHA TÉCNICA | |
Versão: | Like On 1.0 Flex |
Motor: | 4 cilindros, dianteiro, transv., 999 cm3, 8V, flex, 75/73 cv a 6.250 rpm, 9,9/9,5 mkgf a 3.850 rpm |
Câmbio: | manual, 5 marchas |
CONSUMO | |
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No mês: | 7,3 km/l com 39,3% de rodagem na cidade |
Desde junho de 2015: | 7 km/l com 28% de rodagem na cidade |
Combustível: | etanol |
GASTOS NO MÊS | |
Combustível: | R$ 578 |
FICHA TÉCNICA | |
Versão: | Longitude 1.8 16V Flex |
Motor: | dianteiro, transversal, 4 cil., flex, 132/130 cv a 5. 250 rpm, 19,1/18,6 mkgf a 3.750 rpm |
Câmbio | automático, 6 marchas, tração dianteira |