Quais defeitos nosso Citroën C3 apresentou antes dos 10.000 km
Enquanto concessionários vivem crise com a Citroën e o C3 contabiliza campanhas de correções, nosso carro coleciona elogios – e defeitos
Enquanto continua sendo conhecido por nossa equipe, deixando boas primeiras impressões, o compacto Citroën C3 coleciona ações de reparos técnicos e lida com indisposição dos concessionários com a fabricante. Nossa equipe apurou que há pelo menos 15 campanhas de correções abertas para o Citroën C3, que envolvem componentes como suspensão, chicote elétrico, guarnições dos vidros e telecomando da chave.
Nosso carro pode estar sujeito a algumas, como atualização de software para a central multimídia (seria a solução para os travamentos que o aparelho do nosso carro vem enfrentando), ajuste dos faróis dianteiros e o travamento da tampa do bocal de combustível. Saberemos em breve, após a primeira revisão, quando também apontaremos rangidos nos bancos dianteiros – os quais não são relatados em campanhas às quais tivemos acesso.
As campanhas são para casos específicos. Mas chamou nossa atenção a suspensão temporária da entrega de unidades do C3, no início de maio, devido a uma possível má instalação dos chicotes dos sensores do freio ABS traseiro. Dias antes, as associações de concessionários da Peugeot (Abracop), que também se sentem prejudicados por problemas de atendimento ao cliente, e da Citroën (Abracit) notificaram formalmente a Stellantis sobre a falta de qualidade dos produtos, em especial o C3.
Na carta, as associações reclamam que “a falta recorrente de peças e problemas de qualidade dos veículos” estariam “maculando a imagem das marcas” e “afastando os tão desejados clientes das lojas”. Procurada, a Stellantis disse que “inconvenientes pontuais de abastecimento de peças são tratados e corrigidos com a maior velocidade possível”.
Por aqui, há quem comemore a estreia do Citroën C3 no teste de 100.000 km. “É gratificante poder dirigir um carro novo com pedal de embreagem”, disse o colaborador das seções Clássicos e Usado do Mês, Felipe Bitu, ao primeiro contato com o hatch 1.0 para uma viagem até Carmo da Mata (MG). E enfileirou comentários sobre o carro.
“Ao longo dos três dias, eu disse que o carro era maravilhoso várias vezes, enquanto meus companheiros de viagem diziam que eu estava exagerando. Mas a verdade é que a impressão deixada foi das melhores: acertando um detalhe ou outro ele fica quase perfeito. A falta de um conta-giros é inaceitável e inadmissível: o painel traz instrumentação básica e não pode sequer ser comparado ao de uma motocicleta, pois mesmo motocicletas baratas contam com… conta-giros! Os faróis iluminam mal, não passam segurança à noite”, relatou Bitu.
Ao longo da viagem, porém, vieram comentários que merecem nossa atenção, como o relato de a suspensão traseira chegar ao final do curso quando o carro está mais carregado. Não surpreende tanto, pois o C3 (assim como o C4 Cactus) usa bastante o curso da suspensão traseira para transmitir a sensação de rodar confortável típica dos Citroën.
Por fim, ficou a dúvida sobre a beleza do C3. “Gosto é sempre subjetivo, mas a combinação do azul com o teto branco é muito chamativa, ninguém ficou indiferente. O azul spring ficaria perfeito em um sedã grande dos anos 1970”, finalizou.
Citroën C3 – 7.554 km
Ficha técnica: | |
Versão: | First Edition 1.0 |
Motor: | 3 cil., diant., transv., 999 cm3, 6V, aspirado, 75/71 cv a 6.000 rpm, 10,7/10 kgfm a 3.250 rpm
|
Câmbio: | manual, 5 marchas, tração dianteira |
Seguro: | R$ 1.824 |
Revisões: | Até 100.000 km – R$ 8.010 |
Gasto no mês: | Combustível: R$ 3.034 |
Consumo: | No mês: 13,6 km/l com 23,2% de rodagem na cidade Desde abril/23: 13,3 km/l com 29,5% de rodagem na cidade |
Combustível: | Flex (gasolina) |