Descobrimos onde nosso Fiat Pulse Hybrid é melhor e pior que o da fábrica

Antes mesmo da atualização anunciada pela Fiat para os Pulse e Fastback Hybrid, conseguimos fazer o impulso elétrico do nosso Pulse Impetus Hybrid funcionar por dias a fio a ponto de coincidir com nossa agenda de testes, dando segurança para que realizássemos o primeiro teste de desempenho e consumo em pista.

Por isso, o teste só foi feito com 2.749 km rodados, sendo que o período de amaciamento havia acabado aos 1.600 km.

Usaremos como referência os resultados do Pulse Impetus antigo, sem o sistema híbrido leve 12 V, e o Pulse Hybrid que testamos no lançamento do modelo, ambos unidades pertencentes à Fiat. O nosso carro se mostrou mais lento e, na estrada, o mais ruidoso dos três. Também teve consumo maior que o híbrido da fábrica.

Os dois carros da Fiat precisaram de 9,9 s para chegar aos 100 km/h, enquanto o nosso Pulse eletrificado precisou de 10,5 s para cumprir a mesma prova. Resultados nos ensaios de 0 a 1.000 m e de retomadas também foram piores no carro novo. É uma piora relativa, pois ainda é um veículo bem ágil sendo 1.0 turbo de 130 cv.  É um motor que não fica apático em velocidades mais altas.

A melhora no consumo urbano é inegável, cerca de 21% ao passar dos 10,4 km/l para 12,6 km/l – nosso híbrido repetiu o consumo do carro da fábrica. É efeito do  BSG (Belt Starter Generator), que só pode atuar como motor na faixa até 80 km/h, onde enquadram-se no máximo as vias expressas das grandes cidades brasileiras.

O mesmo não aconteceu com o  consumo rodoviário: nosso carro fez 14,9 km/l, uma melhora de 5% na comparação com o Pulse convencional, enquanto o Pulse Hybrid da fábrica teve uma melhora de 11,3% na comparação com o Pulse convencional – que também teve as melhores frenagens. Nem sempre, então, o sistema híbrido leve 12 V consegue melhorar o consumo em 10%, como era esperado.

O que chama a atenção é o tanto que nosso carro foi mais ruidoso a 120 km/h, com 74 dB contra 68,5 dB. Mas isso não nos surpreendeu: há um forte barulho de vento na traseira do SUV acima dos 110 km/h. É um barulho que sugere que algum vidro está aberto e parece vir da tampa do porta-malas, mas ainda não identificamos exatamente a origem desse barulho, que é compatível com essa diferença de 5,5 dB na aferição. O bagagito é outra fonte de barulho na região, mas ao passar por pisos irregulares.

HÍBRIDO QUANDO QUER

A inconstância do impulso elétrico do sistema de 12 V permanece e com novas situações a serem compartilhadas. Se até então o sistema híbrido só havia parado de funcionar após o carro ter ficado pelo menos algumas horas parado, notamos que o impulso e a regeneração da bateria de lítio pararam de funcionar andando na cidade à noite, com trânsito livre. Teve um pequeno deslocamento de 7 km nos dias seguintes e só voltou a funcionar cerca de 140 km depois, indo e voltando de Jundiaí (SP).

Vale lembrar que o sistema híbrido deixa de funcionar quando a bateria convencional do carro, de chumbo e localizada sob o capô, fica com carga abaixo dos 80%. Monitoramos a tensão da bateria por nossa conta, com um multímetro, e observamos uma tensão de 12,8 V após parar o carro com o impulso elétrico funcionando e 12,5 V em uma ocasião em que o sistema não estava em funcionamento.

Testes do FIAT PULSE:

Fiat Pulse – 3.384 km

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• Longa Duração - Fiat Pulse