Os quatro integrantes da frota de Longa atingiram no último mês uma quilometragem de revisão: Cruze e Kicks, com 10.000 km; Mobi, com 20.000 km; e Audi A3, com 40.000 km. Veja, a seguir, como foi o atendimento dado a cada um.
Cruze: confusão em Brasília
Como o Chevrolet Cruze estava em viagem em Brasília (DF), elegemos a concessionária Pedragon para a primeira manutenção do nosso sedã. Foi uma confusão só. Primeiro, disseram que a revisão levaria cerca de 45 minutos no boxe de serviço rápido.
Mas… “Vai demorar, chefe. O carro ainda não aparece no nosso sistema e não fizeram os kits das peças necessárias. Na verdade, nem sei o que essa revisão inclui. É o primeiro Cruze dessa geração que aparece aqui”, desculpou-se o técnico. O nó só foi desatado quando o editor Péricles Malheiros sugeriu que seguissem o plano mostrado no site da GM e as especificações que estão no manual do proprietário.
Outro deslize foi notado durante a remontagem das rodas no carro, balanceadas enquanto óleo e filtros eram trocados. “Avisei ao técnico que o rodízio estava errado, mas ele só se convenceu a corrigir depois que eu mostrei o modo certo no manual”, diz Péricles.
Ao fechar a conta, a Pedragon tentou cobrar R$ 750 pela revisão. O editor discordou e, de novo, o site da GM foi consultado. No fim, deram até um descontinho sobre o preço sugerido de R$ 256: R$ 251.
Audi A3: filtro sujo
A Audi lançou o Airport Service, uma miniconcessionária na área VIP do estacionamento do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Deixamos o nosso A3 lá, para a revisão de 40.000 km.
Por telefone, o técnico disse: “Vou abater o valor do filtro de cabine, ainda em bom estado, e do fluido de freio, cuja troca é indicada somente a cada dois anos”, explicou. No fim, a conta caiu dos sugeridos R$ 1.700 para R$ 1.050. Como o Airport Service não tem alinhamento, partimos para a Audi Center de Jundiaí (SP), que cobrou R$ 280 pelo serviço.
Ao verificar os serviços, nosso consultor Fabio Fukuda, disse: “Uma das duas autorizadas trocou o filtro de cabine, pois a peça que está no carro não tem a nossa marcação, feita após a revisão anterior. Para piorar, colocaram um filtro bem sujo”.
O estagiário Guilherme Fontana, que levou o A3 até a Audi de Jundiaí, garante: “O erro foi da unidade do aeroporto. Em Jundiaí, estava ao lado do técnico quando ele tirou e recolocou o filtro. Ele ainda comentou que, naquele estado, deveria ter sido trocado”.
Kicks: sem rastro
Na Itavema, deixamos o Nissan Kicks para a primeira revisão (R$ 411) junto com um pedido de verificação da partida a frio, pois em dias com temperatura baixa o motor apagava logo após ser ligado – conforme já foi relatado aqui.
Dispensamos a lavagem, mas mesmo assim o SUV foi devolvido limpo. Sobre a partida a frio, a Itavema disse ter passado o scanner na central eletrônica, mas nada foi detectado. “Estava tudo certo, inclusive o rodízio de pneus”, disse Fabio Fukuda.
Mobi: empurroterapia
A segunda revisão do nosso Fiat Mobi foi feita na Destaque, de Mogi das Cruzes (SP). Primeiro, tentaram vender serviços que elevariam a conta para R$ 1.300 (219% mais que os R$ 408 sugeridos pela Fiat), como descarbonização do motor e limpeza de bicos.
Depois, devolveram o carro sem fazer o rodízio. Dispensamos ainda um kit de lubrificação de maçanetas e fechaduras, que, se fosse mesmo necessário, deveria estar incluso no valor da revisão.