Mal gerida desde que se instalou em nosso país, em 2009, a Chery só começou a decolar no início de 2018, poucos meses após o Grupo Caoa assumir o comando da operação brasileira, dando origem à marca Caoa Chery.
O primeiro produto foi o Tiggo 2, mas quem de fato está pondo fim à invisibilidade da empresa é o Tiggo 5X. Não por acaso, é justamente ele o mais novo integrante da frota de Longa Duração.
A cada notícia sobre o 5X publicada na revista, site ou redes sociais, recebíamos uma enxurrada de pedidos de leitores.
“Carro perfeito para o Longa”, “Será que aguenta os 60.000 km?”, “O carro parece ser bom, mas será que a rede tem a mesma qualidade?, “Chinês com motor turbo, câmbio com dupla embreagem e suspensão multilink, sei não…”.
Pedido atendido: temos um Tiggo 5X no Longa Duração. Inicialmente, a pesquisa de preço foi um tanto frustrante. Nada de descontos, apenas cortesias baratas como despachante e película nos vidros.
Até que na paulistana Wei Motors, ouvimos do vendedor: “Posso dar R$ 1.000 de desconto”. Negociamos mais, chegamos a outros R$ 1.000 de abatimento e fechamos negócio. Foi a sorte.
Apenas alguns dias depois, o preço de tabela saltou de R$ 96.990 para R$ 98.990. O nosso – um exemplar da versão top de linha, TXS, ano-modelo 2020 – saiu por R$ 95.000.
Na retirada, pontos positivos e negativos. “Se eu não tivesse pedido uma explicação técnica, teria saído sem qualquer apresentação”, diz o editor Péricles Malheiros, responsável pelo Longa Duração e que faz questão de retirar cada carro que entra para a frota.
O vendedor, então, deu as noções básicas sobre os principais comandos e demonstrou bom conhecimento sobre a central: “É compatível com Apple CarPlay, mas não com Android Auto”, comentou.
“O ar-condicionado, apesar de digital, não tem ajuste automático de temperatura”, seguiu.
Por outro lado, deu uma derrapada feia ao dizer: “Abasteça os três primeiros tanques apenas com gasolina, para dar uma carbonizada inicial no motor.” Obviamente, tal recomendação é completamente sem sentido.
Por outro lado, há uma série de itens elogiável. Aquele cheiro de cola que vinha de brinde com qualquer Chery, por exemplo, não existe mais. O acabamento é de encher os olhos, com materiais e montagem de ótima qualidade.
Na mecânica, motor 1.5 turbo de 150/147 cv, câmbio automatizado com dupla embreagem, freio a disco nas quatro rodas e suspensão traseira multilink.
Está dada a largada. Serão 60.000 km colhendo e entregando respostas para tantas dúvidas que envolvem o chinês. Será mesmo que ele já está no nível de coreanos e japoneses?