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Longa Duração: bate e volta de 2.500 km com o Nissan Kicks

Kicks faz sua viagem mais longa, 2.500 km, e retorna cheio de história pra contar

Por Péricles Malheiros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 1 dez 2016, 17h33 - Publicado em 1 dez 2016, 16h40
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  • Nissan Kicks: pit-stop em Cristalina (GO)
    Nissan Kicks: pit-stop em Cristalina (GO) (Péricles Malheiros/Quatro Rodas)

    O preparo é intenso. “Viro a madrugada de quarta para quinta-feira acordado. Cansado, consigo dormir às 16 horas e só acordo entre meia-noite e 1 hora da manhã da sexta-feira. Depois, arrumo a bagagem, tomo um banho e caio na estrada já bem acordado e disposto”, diz o editor Péricles Malheiros sobre o seu ritual de viagem entre São Paulo e Brasília (DF), onde tem família.

    “Evito dirigir na tarde e na noite de sexta e do domingo, que é quando as estradas ficam mais cheias e perigosas”, completa. Dessa vez, Péricles foi com o Nissan Kicks.

    O trecho paulista – quase metade da viagem, com 451 km – é composto pelas excelentes rodovias Bandeirantes e Anhanguera (SP-330), duas das melhores do Brasil, segundo a CNT (Confederação Nacional dos Transportes). Bem sinalizado mesmo à noite, permite rodagem constante no limite de velocidade, que chega a 120 km/h.

    “Em trechos mais abertos, o vento lateral balança o Kicks. O peso reduzido da carroceria, a direção com pouca ação progressiva e a posição elevada do banco (mesmo com o ajuste na regulagem mais baixa) acentuam a percepção do efeito do vento”, explica.

    O maior incômodo enfrentado pelo editor foi imposto pelo tanque de apenas 41 litros, mesmo volume de um March 1.0. Para comparação, outros SUVs já testados aqui no Longa, como Duster, HR-V, EcoSport e Renegade, têm, respectivamente, 50, 51, 52 e 60 litros.

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    “Em uma viagem longa como essa, a autonomia reduzida leva à necessidade de mais paradas para abastecimento. Normalmente, paro duas vezes. Fazer o mesmo com o Kicks é correr um alto risco de sofrer uma pane seca”, diz Péricles.

    Apesar das críticas, o motor 1.6 16V do Kicks é suficiente para manter um bom ritmo na estrada, permitindo ultrapassagens com segurança, a despeito do ruído excessivo do giro alto ocasionado pelo câmbio CVT. Há inclusive uma tecla Sport escondida na parte posterior da alavanca de câmbio. O peso do pé no acelerador, porém, realça ainda mais a questão da baixa autonomia – principalmente com etanol, o combustível padrão utilizado pelos carros de Longa Duração.

    Impressionado com a quantidade de máquinas e operários nos trechos em obras para duplicação da estrada em Goiás e Minas Gerais, o editor elogia o trajeto: “Nunca vi tanta máquina pesada operando simultaneamente e com tantos trabalhadores. Cinco anos atrás, era quase tudo pista simples, com sinalização deficiente. Tinha muito acidente. Após a concessão à iniciativa privada, a melhora é evidente, ainda que os pedágios tenham vindo juntos”.

    Por fim, ele elogiou o banco do motorista, que a Nissan afirma ter sido desenvolvido com tecnologia da NASA: “Nem o Mercedes A200 e o Golf 1.4 TSI de Longa tinham um banco tão anatômico. Me encaixei tão bem nele que mal tinha vontade ou necessidade de me espreguiçar”.

    Nissan Kicks – 5.552 km

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    CONSUMO
    No mês: 8,2 km/l com 14,4% de rodagem na cidade
    Desde setembro de 2016: 8,5 km/l com 19,7% de rodagem na cidade
    Combustível: etanol
    GASTOS NO MÊS
    Combustível: R$ 1.149
    FICHA TÉCNICA
    Versão: SL 1.6 16V
    Motor: dianteiro, transversal, 4 cil., 1.598 cm³, flex, 114 cv a 5.600 rpm, 15,5 mkgf a 4.000 rpm
    Câmbio: automático, CVT, tração dianteira
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