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Impressões: Mitsubishi Eclipse Cross chega ao Brasil em 2018

Plataforma do Eclipse Cross é a mesma do ASX, mas eles são tão diferentes quanto o Sol e a Lua

Por Joaquim Oliveira, de Barcelona (Espanha)
Atualizado em 31 jul 2018, 12h10 - Publicado em 26 dez 2017, 19h55
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  • Goste ou não do visual, é preciso reconhecer: haja personalidade!
    Goste ou não do visual, é preciso reconhecer: haja personalidade! (Divulgação/Mitsubishi)

    Ninguém duvida do poder dos SUVs. De acordo com a Mitsubishi, em 2016, na Europa, eles responderam por 77% das vendas. E metade desse gigantesco bolo era de versões 4×4. É com foco nessa realidade que a Mitsubishi está reformulando sua gama no mercado europeu.

    Na prática, essa história começa com o SUV deste post, o Eclipse Cross, e seguirá com a próxima geração do Outlander (antecipada pelo conceitual GT-PHEV, de 2016) e um modelo de menores dimensões – com silhueta de SUV, claro –, criado especialmente para colocar a marca em condições de briga num oceano de tubarões: o segmento de SUVs compactos. 

    Linha de cintura ascendente: traços de dinamismo
    Linha de cintura ascendente: traços de dinamismo (Divulgação/Mitsubishi)

    A essa altura, você deve estar se perguntando: “E o ASX, como fica?”. Vamos lá: esse futuro SUV compacto ficará acima do modelo feito em Catalão (GO). Contada a história, é chegada a hora da apresentação.

    Mais moderno nas linhas, com traseira com ares de cupê e melhor qualidade geral, o Eclipse Cross é, assim como o Outlander, montado sobre a mesma plataforma do ASX. Isso explica o fato de os três terem o mesmo entre-eixos de 2,67 metros.

    O bom motor 1.5 turbo é o grande destaque do Eclipse Cross frente ao ASX
    Entre-eixos de 2,67 metros (Divulgação/Quatro Rodas)
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    Em termos estilísticos, este SUV segue a lógica, combinando o ar familiar da seção dianteira com um perfil dinâmico, com amplas caixas de rodas e linha de cintura ascendente.

    A traseira, com uma espécie de janela inferior translúcida, amplia a área envidraçada. Modelos como Citroën C4 VTR e a versão hatch do Civic apostam em solução parecida. É estranho e leva um tempo, mas você se acostuma.

    O ASX era um dos modelos menos dotados de espaço para pernas atrás e de capacidade do porta-malas em sua categoria.

    Sendo assim, os japoneses optaram pela única solução possível para resolver o problema sem mexer na distância entre-eixos: um banco traseiro móvel, capaz de avançar e recuar sobre trilhos longitudinais de 20 cm, permitindo ampliar o espaço para bagagens ou ocupantes, conforme a necessidade.

    Além de bipartido, o banco traseiro é móvel, permitindo uma melhor acomodação de pessoas na cabine ou de bagagem no porta-malas
    Além de bipartido, o banco traseiro é móvel, permitindo uma melhor acomodação de pessoas na cabine ou de bagagem no porta-malas (Divulgação/Quatro Rodas)
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    Com os bancos traseiros recuados, o porta-malas vai de 341 litros para 488 litros
    Com os bancos traseiros recuados, o porta-malas vai de 341 litros para 488 litros (Divulgação/Quatro Rodas)

    O banco traseiro, bipartido, tem uma posição mais elevada do que os dianteiros. No acesso a ele, uma clara evolução face ao ASX: as portas abrem num ângulo muito mais generoso.

    O banco traseiro tem uma posição mais elevada do que os dianteiros
    O banco traseiro tem uma posição mais elevada do que os dianteiros (Divulgação/Quatro Rodas)

    A imitação de fibra de carbono (usada em alguns pontos, como na moldura dos botões dos vidros) e o plástico cromado (no console central) borram o quadro geral de qualidade razoável.

    Nas versões mais equipadas haverá uma central multimídia com monitor de 7 polegadas e head-up display (sistema que projeta as principais informações do carro em uma pequena tela acrílica à frente do volante).

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    Interior é discreto, mas muito mais atraente que o dos Mitsubishi atuais
    Interior é discreto, mas muito mais atraente que o dos Mitsubishi atuais (Divulgação/Quatro Rodas)
    Central multimídia com monitor de 7 pol. e head-up display
    Central multimídia com monitor de 7 pol. e head-up display (Divulgação/Mitsubishi)

    O Eclipse 1.5 turbo, a gasolina, com câmbio manual foi a versão escolhida no nosso test-drive realizado em Barcelona, na Espanha.

    Como a alavanca do câmbio fica bem perto do volante, é fácil tocar o SUV sem deixar as rotações caírem entre as trocas de marcha, o que permite curtir ainda mais o novo motor 1.5 turbo.

    Esse quatro cilindros tem potência máxima elevada (163 cv) e empolga pela forma como responde com contundência logo acima das 1.600 rpm.

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    Nas curvas, os benefícios de uma carroceria notadamente mais rígida em termos de torção. Com menor altura livre do solo em relação ao ASX (18,3 cm ante 19,5 cm), o Eclipse tem baixo nível de inclinação da carroceria, o que o torna agradável de dirigir.

    Versão tem tração 4x4 S-AWC e câmbio automático
    Versão tem tração 4×4 S-AWC e câmbio automático (Divulgação/Quatro Rodas)

    A quem optar pela versão mais completa, com direito a tração 4×4 – a que dirigimos em tração apenas dianteira –, lembro que o sistema S-AWC é reconhecidamente competente (tendo sido estreado em 1987, no Galant VR4, e sucessivamente melhorado ao longo de dez gerações do Lancer Evolution, um monstro nas provas de rali).

    O S-AWC distribui o torque, em condições normais de rodagem, em 80% para as rodas dianteiras e 20% às traseiras. Em casos críticos de aderência reduzida, a proporção pode se inverter, com maior carga para as rodas do eixo traseiro em até 40%/60%.

    Novo Mitsubishi tem porte de Jeep Compass
    Novo Mitsubishi tem porte de Jeep Compass (Divulgação/Quatro Rodas)
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    De acordo com a versão, mudam também as transmissões, que podem ser feitas por uma caixa de relações continuamente variáveis (CVT) ou ainda por um câmbio automático convencional, com conversor de torque e oito marchas.

    Com o início das vendas na Europa previsto apenas para a metade de 2018, a Mitsubishi ainda não fala em preço do Eclipse Cross por lá.

    Mas no Brasil, onde sua chegada já foi confirmada oficialmente, ele deverá ficar entre o ASX 4×4 (R$ 120.000) e o Outlander (R$ 145.000).

    Veredicto

    O bom motor 1.5 turbo é o grande destaque do Eclipse Cross frente ao ASX. Mas ele também vai além em materiais, acabamento, funcionalidade, visual e… preço.

    FICHA TÉCNICA – MITSUBISHI ECLIPSE CROSS

    *Dados de fábrica

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