Impressões: com motor FireFly, Mobi parte de R$ 39.870
Versão intermediária com novo motor de três cilindros anda mais e bebe menos
Depois de estrear no Uno 2017, o novo motor 1.0 Firefly de três cilindros se transforma na grande atração do Fiat Mobi Drive, que parte dos R$ 39.870. Com este preço, a nova versão está posicionada entre a versão Like (R$ 38.470) e Like On (R$ 42.930).
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O motor 1.0 Firefly pertence à nova família GSE. Tem três cilindros, cada um com apenas duas válvulas, o que – segundo a Fiat – resulta em mais torque em baixas rotações. De fato, o novo 1.0 6V tem o maior torque entre os 1.0 aspirados: são 10,9 mkgf com álcool e 10,4 mkgf com gasolina, a 3.250 rpm. A potência fica em 77 cv com álcool e 72 cv com gasolina (6.000 rpm) .
O novo motor também é favorecido pela taxa de compressão alta, de 13,2:1, pelo variador de fase hidráulico continuamente variável, que permite recirculação de gases de escape (EGR) por fechamento tardio das válvulas, o que, momentaneamente, faz este motor trabalhar em ciclo Atkinson, que melhora a queima de combustível.
A versão Drive também se beneficia pela direção elétrica com função City, que deixa a direção mais leve para manobras. As outras versões continuam empregando a direção hidráulica, que depende de uma bomba que rouba potência do motor para funcionar.
Sim, as demais versões do Mobi, inclusive as Like On, Way e Way On, mais caras que a Drive, continuarão com o antigo motor 1.0 Fire Evo, que entrega 75 cv a 6.250 rpm e 9,9 mkgf a 3.850 rpm com álcool. Pelo menos por enquanto.
A Fiat diz ter feito pesquisas com os primeiros compradores do Mobi e estes se disseram satisfeitos com o consumo do motor Fire. A intenção agora é ver a recepção do mercado antes de colocar o motor Firefly em outras versões, principalmente a Way.
Outro fato é que trocar o motor do Mobi tão cedo (a versão Way só chegou às lojas em junho) prejudicaria a imagem do modelo, algo que não acontece ao lançar uma versão exclusiva para o novo motor.
Resultados práticos
O câmbio automatizado Dualogic se tornará opcional em 2017. Por enquanto, o Mobi usa sempre câmbio manual de cinco marchas (que teve a quinta marcha um pouco alongada frente ao Mobi com motor Fire).
É com ele que o Mobi Drive vai de 0 a 100 km/h em 12,8 s (gasolina)/12 s (etanol) nas medições da Fiat. Para efeito de comparação, com motor Fire o compacto precisa de 14,6 s (gasolina)/ 13,8 s (etanol) para cumprir o mesmo teste.
No que diz respeito ao consumo, a evolução é ainda mais notável:
Cidade | Estrada | |
Mobi Firefly | 13,7 km/litro (gasolina); 9,6 km/litro (etanol) | 16,1 km/litro (gasolina); 11,3 km/litro (etanol) |
Mobi Fire | 11,9 km/litro (gasolina); 8,4 km/litro (etanol) | 13,3 km/litro (gasolina); 9,2 km/litro (etanol) |
Primeiras impressões
Para quem está acostumado a fazer São Paulo – Rio de Janeiro – São Paulo com o Mobi do teste de Longa Duração da QUATRO RODAS, é notável a melhora no comportamento com o novo motor 1.0 de três cilindros. O peso é exatamente o mesmo de nosso Like On (945 kg) e a diferença nos números de potência e torque é pequena.
A vantagem do novo motor é entregar torque em rotações menores. Não é necessária tanta pressão no acelerador para que o Mobi embale. Na verdade, o motor até trabalha mais suave se o motorista for mais gentil com o pedal.
Também percebemos retomadas melhores e menos necessidade de reduções para encarar subidas, o que sempre é válido para um carro 1.0. Isso não quer dizer, porém, que o Mobi Drive se transformou em um carro rápido…
Outro ponto positivo do Mobi Drive é a direção elétrica, um pouco mais leve que a hidráulica quando o modo City não está ativado e mais direta. Nota-se que o volante sofre menos com as irregularidades pelas quais as rodas passam.
Outra diferença desta versão é que o quadro de instrumentos tem tela de LCD de alta resolução – a mesma do Uno – com funções mais completas e integrado ao sistema Live On, opcional. Consiste de um sistema de som que, por meio de um aplicativo exclusivo, transforma o smartphone em central multimídia.
Há um suporte para o celular no meio do painel com uma porta USB exclusiva para recarga e o aparelho ganha até mesmo função de visualização de consumo em tempo real. Ele ainda tem acesso mais fácil a aplicativos de mapas e música. Na falta do smartphone, o aparelho reproduz rádio FM. Você vê a estação no quadro de instrumentos e muda pelos botões no volante.
E fica a dica: você pode baixar o aplicativo e usar ele com qualquer aparelho ou carro com Bluetooth, como uma interface de acesso mais rápido para as funções mais utilizadas quando se está dirigindo.
No geral, a percepção é a de estar em um Mobi Like, até mesmo porque os conteúdos são praticamente os mesmos. Há de série ar-condicionado, chave canivete, vidros elétricos nas portas dianteiras, travas elétricas, volante com regulagem de altura e assistente de seta em mudança de faixa.
Há dois pacotes de opcionais que incluem os mesmos equipamentos da versão Like On, como retrovisores elétricos com Tilt Down e luz de seta integrada, sensor de estacionamento traseiro, volante multifuncional, faróis de neblina, alarme com telecomando, console de teto com espelho auxiliar e rodas de liga leve aro 14″.
A diferença é o som: com o sistema de som Live On o pacote opcional custa R$ 4.650. Já com o rádio Connect, também disponível para os outros Mobi, o preço é R$ 4.500.