O Audi Q8 só chegará ao Brasil na metade de 2019, mas o SUV já dirigimos a novidade que deverá custar R$ 500.000 por aqui.
Ele não é pequeno como o perfil de cupê pode sugerir. Tem 4,99 m de comprimento, 2 m de largura, 1,71 m de altura e 3 m de entre-eixos.
Apesar de 6 cm menor que o grandalhão Q7, o modelo já tem missão definida: ser o utilitário mais caro e luxuoso da marca.
Como esse refinamento também significa tecnologia embarcada, não haverá nenhuma opção movida apenas a gasolina ou a diesel.
O Q8 recebeu um sistema híbrido parcial, no qual o propulsor elétrico auxilia o motor a combustão em algumas situações, mas não atua diretamente nas rodas.
O conjunto também recupera energia nas frenagens, enquanto o start-stop já é capaz de atuar abaixo dos 22 km/h.
De 55 a 160 km/h, além de desligar o propulsor a combustão, a transmissão é desacoplada para economizar combustível – nesse caso, o pedal do acelerador vibra para alertar o motorista.
É um princípio diferente de híbridos como o Toyota Prius, por exemplo, no qual o conjunto elétrico é capaz de atuar sozinho a baixas velocidades ou para manter uma velocidade constante.
No caso do SUV, a vantagem é que há apenas uma pequena bateria de íons de lítio com 48V sob o assoalho do porta-malas, ao lado do estepe.
No Brasil, teremos apenas a configuração mais parruda (batizada de 55 TFSI), com motor V6 3.0 turbo com injeção direta de gasolina.
São 340 cv de potência, mas, infelizmente, torque e números de desempenho ainda não foram divulgados pelo fabricante.
E, mesmo com peso acima das 2 toneladas, o Q8 corresponde às expectativas de quem espera uma tocada mais esportiva.
Boa parte da boa sensação ao volante se deve à suspensão a ar, que varia a altura em relação ao solo em três níveis. Em condição normal tem 22 cm, mas pode chegar a 25,4 cm no modo Off-road.
Para completar, há vetorização de torque, tração integral e eixo traseiro com esterçamento de até 5º para melhorar a dinâmica e facilitar balizas.
No visual, o Q8 marca uma nova fase para a marca, com carros de mais personalidade. E a inspiração veio do passado: o Audi Sport Quattro.
Na dianteira, o destaque fica por conta dos faróis integrados à grade, que pode ser preta, cinza ou pintada na cor da carroceria.
Enquanto as laterais com caixas de rodas alargadas dão um aspecto robusto, a traseira reduz a impressão de que o SUV tem quase 5 m.
Por dentro, há uma série de comodidades para quem não está tão preocupado em aproveitar as boas respostas da novidade ao volante.
Segundo a marca, há um conjunto de radares, câmeras de 360°, lasers e sensores ultrassônicos dedicados à condução semiautônoma.
Entretanto, se você prefere assumir o controle, há sete modos de condução, incluindo um dedicado apenas a trajetos fora de estrada.
Quanto à lista de equipamentos, há ar de quatro zonas, bancos dianteiros elétricos com memória e até visão noturna (opcional na Europa).
O quadro de instrumentos digital dá um ar futurista à cabine, assim como os comandos de ventilação na tela sensível ao toque de 8,6 polegadas.
Pela fatura de meio milhão, não é surpresa dizer que o acabamento é impecável e que sobra espaço interno para todos os ocupantes.
Sem dúvidas, o modelo tem um valor elevado. Entretanto, o Q8 corresponde à expectativa de ser o melhor SUV da marca na atualidade.