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Teste: Fiat Argo HGT 1.8, tudo o que a versão mais cara oferece

Sai Palio e Punto, entra Argo: substituição ousada é a aposta do time da Fiat para furar a retranca de GM e Hyundai

Por Vitor Matsubara Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 26 jan 2018, 14h52 - Publicado em 11 jul 2017, 15h35
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  • Projetado no Brasil, o Argo até se passa por italiano
    Projetado no Brasil, o Argo até se passa por italiano (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    O Fiat Argo chegou para substituir quase todas as versões do Palio (exceto Attractive 1.0) e o Punto. Até o fim do ano, será a vez de o Argo sedã (que será feito na Argentina) suceder o Grand Siena.

    Apesar de competir no segmento dos compactos (seara do Palio), o Argo tem porte de Punto. Ambos têm 4 m de comprimento e quase o mesmo entre-eixos (2,52 contra 2,51 m do Punto).

    Porém, o novato é 6 cm mais largo (1,75 ante 1,69). O porta-malas tem 300 litros, contra 290 do Palio e 280 do Punto.

    Teste: Fiat Argo HGT 1.8, tudo o que a versão mais cara oferece
    Dianteira tem clara inspiração no design do Fiat Mobi (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    O Argo não é um projeto totalmente novo. Segundo a Fiat, 20% da plataforma do hatch veio do Punto e os 80% restantes foram desenvolvidos do zero.

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    Mesmo assim, a marca afirma ter dado atenção a detalhes pouco valorizados antes, como o som discreto da batida das portas dianteiras.

    Liderada por Peter Fassbender, a equipe de design fez um bom trabalho. Olhando o Argo de frente, nota-se semelhanças com outros modelos da marca: os faróis lembram o Mobi e os traços da frente remetem ao Tipo europeu.

    Faróis lembram o Mobi
    Faróis espichados lembram o Mobi (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Atrás, a fonte de inspiração dos designers foi nobre: do desenho das lanternas ao vinco que marca o formato da tampa do porta-malas, a traseira parece um retrato falado da Alfa Romeo Giulietta.

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    Até o logotipo Fiat em letras grandes (característica dos projetos mais recentes da marca) combina com o estilo.

    Teste: Fiat Argo HGT 1.8, tudo o que a versão mais cara oferece
    Lanternas e toda a traseira remetem à Alfa Giulietta (Christian Castanho/Quatro Rodas)
    Lanternas e toda a traseira remetem à Alfa Giulietta. O nome Argo vem da mitologia: era a nau que levou Jasão e os argonautas em busca do velo de ouro
    O nome Argo vem da mitologia: era a nau que levou Jasão e os argonautas em busca do velo de ouro (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    O acabamento interno supera todos os compactos atuais da Fiat e quase se equipara à Toro e ao Jeep Renegade.

    Da picape também vieram itens como o quadro de instrumentos e botões do ar digital – porém, na utilitária, o sistema tem duas zonas de temperatura – no hatch só uma.

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    O acabamento é de qualidade e o visual lembra o Mercedes Classe A
    O acabamento é de qualidade e o visual lembra o Mercedes Classe A (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    O visual é diferente da Toro nos dois casos, mas as peças são as mesmas. Do Tipo, veio a central com touchscreen de 7 polegadas, compatível com Apple CarPlay e Android Auto, logo acima das três saídas de ar redondas.

    É impossível não lembrar do Mercedes Classe A, até na faixa horizontal do painel, que muda de cor conforme a versão (vermelha na HGT e cinza nas demais).

    A central multimídia saliente (como a dos Mercedes) veio do Tipo europeu
    Painel de instrumentos tem tela de TFT de 7 polegadas entre os mostradores (Christian Castanho/Quatro Rodas)
    Este monitor de 7 polegadas no painel é de série só na HGT
    A central multimídia saliente (como a dos Mercedes) veio do Tipo europeu (Christian Castanho/Quatro Rodas)
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    As peças são bem encaixadas desde a versão de entrada, e a primeira sensação é a de um carro de categoria superior.

    Olhando com mais atenção, porém, nota-se que mesmo na versão HGT não há revestimentos emborrachados – apenas plásticos rígidos.

    Painéis de porta são da mesma qualidade dos presentes na Fiat Toro
    Painéis de porta são da mesma qualidade dos presentes na Fiat Toro (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    A boa posição de dirigir não é baixa como no HB20, e nem alta como no Onix. Curiosamente, o Argo terá dois tipos de ajustes de altura para o banco do motorista.

    Enquanto a maioria dos carros virá com o ajuste convencional, as unidades com airbags laterais terão bancos importados, com regulagem milimétrica.

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    O acabamento interno supera todos os compactos atuais da Fiat. Sem plásticos duros e peças mal encaixadas
    O acabamento interno supera todos os compactos atuais da Fiat. Sem plásticos duros e peças mal encaixadas (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Há bom espaço para as pernas de dois adultos + uma criança atrás, embora seja difícil viajar com folga se os ocupantes tiverem até 1,75 metro. Não é grande como o Sandero, mas supera HB20, Onix e Punto. E oferece cinto de três pontos para todos.

    Espaço interno é bom, inclusive no banco de trás
    Espaço interno é bom, inclusive no banco de trás (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    São três versões de acabamento, três motores e três opções de câmbio. A básica é a Drive, com motores 1.0 Firefly (77/72 cv) (leia aqui a avaliação), apenas com câmbio manual de cinco velocidades, e 1.3 (109/101 cv) de três cilindros (já andamos), esta com câmbio manual ou caixa automatizada GSR de cinco marchas.

    A Precision tem o 1.8 E.torQ (139/135 cv), com câmbio manual de cinco marchas ou automático de seis. Essas combinações também equipam a HGT, que ressuscita a nomenclatura do antigo Brava. Foi justamente essa versão esportiva que dirigimos.

    Com até 139 cv se movido a etanol, motor 1.8 é o mesmo do Renegade
    Com até 139 cv se movido a etanol, motor 1.8 é o mesmo do Renegade (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Por fora, há detalhes exclusivos, como um aplique vermelho na dianteira (à la Mercedes A 250) e os arcos pretos nos para-lamas. Embora não decepcione, o HGT também não instiga o motorista a acelerar como em um hot hatch.

    Mesmo assim, dá para se divertir com a direção precisa e o câmbio de engates curtos. Já a caixa automática prioriza o conforto em vez da esportividade.

    Moldura na roda e detalhes em cinza são da versão esportiva HGT
    Moldura na roda e detalhes em cinza são da versão esportiva HGT (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Na pista de testes, o Argo HGT precisou de 10,7 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h, levando 7,7 segundos para retomar de 40 a 80 km/h. Abastecido com gasolina, o hatch fez 11 km/l na cidade e 13,4 km/l na estrada.

    Fãs da Fiat devem se surpreender é com a estabilidade do Argo. Isso porque ele tem uma suspensão mais dura do que o padrão da marca. Ela não foi rebaixada na HGT, mas ganhou uma calibragem especial.

    O Argo surge como forte candidato ao título, desde que a Fiat mantenha os preços competitivos anunciados em seu lançamento. A versão de entrada é a Drive 1.0, tabelada a R$ 46.800, e a configuração mais cara é a HGT 1.8 AT6, oferecida a R$ 70.600.

    Teste de pista (com gasolina)

    Ficha técnica – Fiat Argo HGT 1.8

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