Honda HR-V: moeda forte, surpresa zero

Carros japoneses, em especial os da Honda e Toyota, têm o que os lojistas chamam de entrada franca. O dono é quem escolhe como seu carro ficará na loja: em consignação, como parte de pagamento de outro veículo (novo ou usado) ou mesmo uma venda simples. O segredo dos queridinhos do mercado de usados está na alta confiabilidade. O HR-V, ainda um estreante nesse mercado, manteve a boa fama.

Em nossa simulação, feita para medir o quanto de dinheiro se perdeu em relação ao pago no novo e também a receptividade do mercado, o HR-V foi muito bem. Visitamos duas autorizadas Honda (a H Point, onde foi adquirido, em maio de 2015, e uma outra aleatória, a Dealer) e outras três autorizadas de marcas concorrentes (Jeep Sinal, Toyota Grand Motors e Ford Navesa), além de outras duas lojas multimarcas independentes (Auto M e Via Morumbi).

Na H Point, o vendedor que nos atendeu fez a boa oferta de R$ 70.000, tanto para a compra simples como para a troca por um HR-V novo. Mais tarde, a Ford Navesa ofereceu o mesmo valor, mas não fazia a compra simples, apenas a troca por um EcoSport. Na Toyota Grand Motors, onde fingimos interesse em um RAV4, proposta de R$ 67.000. Na Jeep Sinal, onde dissemos ter a intenção de comprar um Renegade, oferta de R$ 65.000, mesmo valor declarado pelos vendedores das multimarcas Auto M e Via Morumbi.

A melhor proposta partiu da Honda Dealer, R$ 71.000. Ainda que atrelada à condição de troca por um carro zero-quilômetro, foi interessante ver que a rede faz ofertas justas pelos usados da marca, já contabilizando sua margem de lucro na operação. Em meados de maio, na tabela Fipe, nosso carro estava cotado em R$ 77.458. Para um proprietário de HR-V chegar mais perto desse valor, não tem jeito: só vendendo para particulares.