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Honda CBR 600RR x Kawasaki ZX-6R Ninja x Triumph Daytona 675

Daytona e Ninja exibem seus dotes na tentativa de destronar a CBR. Veja qual delas é mais sedutora

Por Rafael Paschoalin
Atualizado em 9 nov 2016, 11h49 - Publicado em 27 jan 2011, 18h02
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    Honda CBR 600RR x Kawasaki ZX-6R Ninja x Triumph Daytona 675

    Aproveite o momento. Não é toda hora que você se encontra numa posição tão favorável. Que tal ser cortejado ao mesmo por três sensuais sedutoras? A Triumph Daytona 675 está mais oferecida, com seu preço em promoção. Tem boa reputação em comparativos pelo mundo e fica ainda mais atraente quando seu motor tricilíndrico sussurra em nosso ouvido. A Honda CBR 600RR, você sabe, é a conhecida gueixa. Se já não tem o frescor da juventude, sua docilidade esbanja conforto, facilidade de condução e ainda oferece a segurança do sistema ABS. Já a nova Kawasaki ZX-6R parece ter voltado a frequentar academia: recuperou a forma e tira partido da exuberância.

    Controle a inveja: saímos com as três. E vamos cometer a inconfidência de contar do que elas são capazes e quais os encantos de cada uma. E, rasgando o manual de cavalheirismo, vamos dizer qual é a melhor.

    3º LUGAR HONDA CBR 600RR Não é fácil deixar a representante da maior fabricante – e a líder do segmento – na última colocação. A CBR 600RR é ótima: alia o comportamento esportivo com o máximo de conforto que essa categoria oferece – e que é, você sabe, mínimo. É também a mais fácil de pilotar e, mesmo sendo mais lenta, registrou, com a ajuda da sua primeira marcha curta, a melhor marca na aceleração de 0 a 100 km/h, com velozes 3,6 segundos. Por que então ocupa a última posição deste comparativo? A 600RR está defasada, tem painel que “fala mandarim” e precisa urgentemente de atualizações estéticas.

    Na cotação de seguro, teve a apólice mais alta. Suas linhas previsíveis começam a perder o apelo emocional tão caro a esta categoria.

    Suba, ligue o contato e esqueça o visual datado. O painel é mesmo feio, mas é útil e mostra boas informações, como o nível de combustível. Rodando com a RR, você logo se sente bem e adquire intimidade suficiente para levar o ponteiro do conta-giros até a faixa vermelha, sem sobressaltos.

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    Seu motor tem 118 cv a 13500 rpm de potência máxima e torque de 6,7 mkgf a 11250 rpm: a Honda é a menos potente e a mais pesada das três.

    Na Honda CBR 600RR, suspensões e freios seguem o que manda a cartilha mundial. Bengalas invertidas e monoamortecedor reguláveis, além de pinças de freio dianteiras com encaixe radial. A CBR é a única a oferecer o ABS.

    O ABS da Honda é voltado predominantemente para a segurança e acrescenta 10 kg ao peso da moto. Apesar de ser uma categoria muito sensível a gordurinhas localizadas, o peso extra não afeta a maneabilidade. Um piloto profissional em uma pista limpa pode parar alguns metros antes sem a ajuda do pesado sistema antitravamento. Mas e se a condição for de chuva torrencial e um carro atravessar a sua frente? Pode ter certeza de que o ABS será crucial para esse tipo de frenagem. O opcional, que custa cerca de 3000 reais, tem tudo a ver com a filosofia da CBR, uma motocicleta confortável, segura e previsível.

    Peças e custo inicial de aquisição, além do seguro (ao lado da ZX-6R), são os mais altos. Mas, se você é fã da marca e procura uma esportiva que seduza pela facilidade de condução e pelo melhor valor de revenda, pague sem dor na consciência os 50000 reais desta versão com ABS e recheie a garagem com a Honda CBR 600RR.

    TOCADA Fácil de ser levada e confortável na medida do possível: duas características marcantes da CBR.

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    ★★★★

    DIA A DIA Nenhuma superesportiva foi concebida para ir até a padaria. Mesmo assim, a CBR 600RR é a melhor nessa situação.

    ★★★

    ESTILO Linhas conservadoras e painel simples ao extremo. A Honda deve redesenhar o verdadeiro significado da sigla RR.

    ★★★

    MOTOR E TRANSMISSÃO Ambos são excelentes, embora o motor tenha menos potência e torque que os rivais. Mas a diferença é pequena e a CBR vai muito bem em médios regimes de rotação.

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    ★★★★

    SEGURANÇA Se você é um piloto experiente, o ABS pode até lhe custar alguns décimos a mais em uma pista seca. Se a situação estiver complicada, com chuva ou pouca aderência, ele pode lhe salvar a vida.

    ★★★★★

    MERCADO Tira partido do nome Honda, com rede de assistência em todo o Brasil e o melhor valor de revenda. Em compensação, o seguro é caro e algumas peças podem também ser bem salgadas.

    ★★★★

    2º LUGAR KAWASAKI ZX-6R

    A Ninja ZX-6R chegou a liderar o comparativo. Preço e valor de seguro da concorrente inglesa mudaram o fim desta história.

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    Ela tem mais potência que a Triumph – e é mais leve que a CBR… Eu já disse que é linda? O motor de quatro cilindros com 599 cc ganhou força em médios regimes. Novos dutos de admissão, oito injetores e comandos de válvulas revisados garantem 128 cv a 14000 rpm e 6,8 mkgf a 11800 rpm, números suficientes para garantir à verdinha a melhor velocidade máxima na nossa pista de testes: 252,7 km/h.

    A mudança de comportamento em altas rotações é impressionante. Se a Ninja já é brava até 10000 rpm, ela se torna demoníaca acima disso. Durante as frenagens, a embreagem antibloqueio regulável auxilia pilotos agressivos durante as severas reduções do uso esportivo, uma exclusividade da máquina entre as motos deste comparativo.

    Bengalas dianteiras invertidas com a tecnologia BPF (Big Piston Front Fork) oferecem regulagens de compressão e retorno na parte superior e da pré-carga da mola na parte inferior. Esse novo sistema de amortecimento garante um equilíbrio adequado em frenagens fortes, quando a transferência de peso transcorre de forma gradual, evitando que a traseira perca o contato com o solo e que a frente encontre o fim de curso. O monoamortecedor traseiro é regulável e tem a possibilidade de ser ajustado em alta e baixa velocidade durante o movimento de compressão.

    O chassi mantém o desenho da versão anterior, mas foi revisto em relação à rigidez. A nova Kawa perdeu quase 10 kg em relação a sua antecessora. Discos semiflutuantes em formato de pétala são abocanhados por pinças Nissin de encaixe radial. O ABS não existe nem como opcional.

    O novo painel traz indicador de marcha e contador de voltas. O escape também foi revisto e busca a centralização de massas, lei magna das esportivas.

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    Em marcha, a ZX-6R se aproxima da Honda em maneabilidade. Por ter assento mais baixo, é mais confortável que a Triumph. Estável como se estivesse sobre trilhos, a Kawa tem comportamento dinâmico excelente. Com seguro mais alto que o da Honda e a cesta de peças mais barata do comparativo, a verdinha está disponível por 48880 reais. Se dinheiro não é problema, pode anotar aí que a ZX-6R desponta como a melhor supersport da categoria. Mas espere: falta a Triumph Daytona 675.

    TOCADA Na média entre conforto e agressividade. A ZX-6R é mais abusada que a Honda CBR e menos esportiva que a Triumph 675.

    ★★★★★

    DIA A DIA Você trabalha em outra cidade e todos os dias é obrigado e enfrentar uma estradinha perfeita e cheia de curvas. Tem vestiário e armário para o macacão de couro no escritório. Se não for assim, deixe para lá…

    ★★★

    ESTILO A nova 6 é linda, pequena e esportiva como deve ser uma moto que vai de 0 a 100 km/h em menos de 4 segundos.

    ★★★★★

    MOTOR E TRANSMISSÃO A Kawa é a única que traz embreagem antibloqueio. O motor continua bipolar. Acima de 10000 rpm, é bestial. O torque máximo aparece em boa faixa, bem abaixo da potência máxima.

    ★★★★

    SEGURANÇA Não tem ABS, mas, se você é experiente e arrojado, irá se divertir com as frenagens atravessadas ao estilo supermoto.

    ★★★★

    MERCADO A Kawasaki está crescendo. Por enquanto, a revenda de uma usada é dúvida, mas o cenário deve mudar. Esse tipo de moto não pede muita razão, mas sim emoção.

    ★★★

    1º LUGAR TRIUMPH DAYTONA 675

    O conservadorismo britânico da Triumph Daytona 675, que pouco mudou desde o seu lançamento, em 2006, quase levou a coroa para a casa dos ninjas. É, quase…

    Além dos adesivos, alguns enfeites e o novo conjunto óptico frontal, destaque apenas para as suspensões, que ficaram melhores, se você souber ajustá-las. A nova possibilidade para mudar a passagem do óleo em baixa ou alta velocidade é útil em pista de corrida. Uma marcante mudança estética seria muito interessante.

    A Daytona continua oferecendo o melhor desempenho, além de esbanjar quase 7,5 mkgf de torque para apenas 185 kg de massa em ordem de marcha. Anda muito, assovia como um supersônico e tem atitude totalmente esportiva, com pedaleiras e assentos distantes do solo.

    Os freios com assinatura Nissin empregam discos flutuantes de 308 mm na roda dianteira e pinças de encaixe radial. Nada de ABS, mas pelo menos o sistema é totalmente previsível, potente e modulável.

    O painel de instrumentos é completíssimo: você pode escolher a forma como o shift-light acende e ser informado, além do tempo transcorrido, sobre a velocidade média e máxima de cada volta na pista. Está mais fácil retirar piscas, espelhos retrovisores e porta-placa para prepará-la para a pista. Mas é nas estradas que a Triumph Daytona 675 tem mais dificuldade para abrir vantagem sobre as concorrentes, por ser ainda menos confortável e mais agressiva que as demais. Suas maiores qualidades para o uso comum são a boa maneabilidade e o torque abundante desde rotações mais baixas.

    O baixo índice de roubo da Daytona já foi um trunfo no passado. Hoje um bom seguro é mais que obrigatório para se ter uma máquina como qualquer uma dessas, e a 675 teve o mais baixo prêmio entre as três. Na cesta de peças, composta por manete e pedal de freio e pisca dianteiro, a Honda teve o orçamento mais caro: 1008,46 reais, contra 999,77 reais da Triumph e 821,22 da Kawasaki.

    O preço define o resultado final deste comparativo. A Daytona 675 estava saindo por 38200 reais. A diferença – 10600 reais para a Kawa e 11800 para a Honda -, paga dois anos de seguro. Além de encantadora, ela cuida das suas finanças. Existe melhor companheira com quem dividir o teto da garagem?

    TOCADA A Triumph é mais alta, esportiva, forte e ágil. Tem todos os requisitos de uma moto feita para competir na pista.

    ★★★★★

    DIA A DIA Menos conforto e mais torque. Mesmo assim é dura, e você não vai gostar de ficar preso com ela em um engarrafamento.

    ★★★

    ESTILO A Daytona 675 mudou pouco desde que foi lançada. Um novo design seria bem-vindo, mais até que grandes mudanças mecânicas.

    ★★★★

    MOTOR E TRANSMISSÃO Ela não tem a embreagem antibloqueio da Kawa. Mas é a moto com mais torque e potência em baixos regimes.

    ★★★★★

    SEGURANÇA A 675 não é tão fácil de pilotar como a CBR, mas levá-la ao limite não é nenhum mistério. Os freios são potentes e dóceis graças às pinças Nissin de encaixe radial.

    ★★★★

    MERCADO A Daytona 675 é de longe a mais barata das três superesportivas médias. A ser mantido o preço oferecido ao fechamento desta edição, ela é o melhor negócio.

    ★★★

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