Após cinco anos e meio, o Linea recebe sua primeira reestilização. As intervenções são só estéticas e envolvem exterior, interior e o documento – ele chega já como modelo 2015. Além de arejar o visual, a Fiat investiu numa nova estratégia: se não dá para brigar de igual para igual com oponentes do porte de Civic, Corolla e Cruze, o jeito é mirar nos sedãs compactos mais caros, como City, Polo e Prisma. Em outras palavras, oferecer espaço e conforto de médio por preço de compacto. Por isso, a tabela não deve mudar.
Por fora, a mudança foi discreta. Atrás, a placa subiu do para-choque para a tampa e o logotipo ficou mais alto, para acomodar o friso cromado, que traz o nome do carro. A área no para-choque onde estava a placa recebeu pintura escura. Na frente, a grade traz aletas com curvatura no centro, que, segundo o chefe de design Peter Fassbender, dá efeito tridimensional à peça. Faróis, lanternas, capô e lateral não mudaram. As maiores alterações estão por dentro. Painel e laterais são novos, e os bancos ganharam outra padronagem. O painel ficou semelhante ao do Punto, com linhas mais onduladas, divisão em dois tons e texturas mais trabalhadas. O quadro de instrumentos recebeu novo grafismo e iluminação branca.
Outras novidades são o acendimento automático dos piscas em frenagens fortes acima de 50 km/h, sensor de estacionamento com gráfico (opcional no Essence), ajuste de altura de faróis e som redimensionado. A mecânica não muda, com o 1.8 E.TorQ de 132/130 cv nas duas versões – o 1.4 turbo do T-Jet saiu de linha em 2014. Segundo a Fiat, a versão top Absolute deve responder por só 20% das vendas, o que comprova sua vocação de brigar na faixa de preços dos sedãs menores. Outra prova: 60% da produção (7 531 carros em 2013) tem câmbio manual e 40% automatizado, quase o inverso do que ocorre entre os sedãs médios. Além disso, o Dualogic da Fiat não é um substituto à altura, porque não faz trocas tão suaves como os automáticos convencionais.
VEREDICTO
O Linea continua confortável e bem-equipado. o problema dele é que os rivais diretos são melhores e têm mais prestígio.