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Fiat Argo S Design 1.3 é versão intermediária com itens de topo de linha

Modelo intermediário com motor 1.3 de 109 cv recebe itens de conveniência como ar-condicionado automático e partida por botão, mas preço bate nos R$ 70.000

Por Igor Macario
Atualizado em 13 Maio 2021, 13h57 - Publicado em 12 abr 2021, 09h37
fiat argo
Visual ganha partes da carroceria escurecidas e rodas de 15 polegadas (Fernando Pires/Quatro Rodas)

A vida do Fiat Argo pode parecer confortável, mas não está fácil. Embora o modelo venha conseguindo um sólido sexto lugar nos emplacamentos de 2021, bem acima de rivais como VW Polo e Toyota Yaris, o hatch ainda tem à frente os líderes do segmento, Chevrolet Onix e Hyundai HB20, com vendas bem superiores.

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Para se manter interessante num meio tão concorrido, a Fiat faz ajustes aqui e ali na linha do modelo, como para a gama 2022 do Argo. A variante intermediária, Drive 1.3, perdeu de vez o famigerado câmbio automatizado e se firmou como a cereja do bolo do modelo.

Isso porque o Argo parte de competitivos R$ 65.582, território em que muitos 1.0 ainda estão, e, para ficar bonitão como a unidade das fotos, o pacote S-Design adiciona itens para lá de bem-vindos ao modelo. Por R$ 3.864 extras, o Argo ganha rodas de liga leve de 15 polegadas, faróis de neblina, interior escurecido e controles de estabilidade e tração (estes últimos, pelo menos, deveriam ser de série em todas as versões).

Hatch fica com visual mais agradável com kit opcional
Hatch fica com visual mais agradável com kit opcional (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Ainda há itens raros nessa faixa de preço, como ar-condicionado automático e partida por botão com chave presencial. Porém, um VW Polo acrescenta airbags laterais, e o Onix até mesmo de cortina em versões com preços parecidos, deixando o Argo para trás no quesito segurança.

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Dentro e fora, há alguns detalhes escurecidos, como emblemas, capas de retrovisor e rodas. O teto também é preto, bem como todos os arremates. Com o pacote S-Design, o Argo vai a R$ 69.446, próximo de um Onix LTZ turbo ou de um Polo MSI 1.6, ambos com pacotes de equipamentos semelhantes. Só que, por esse valor, o único Argo possível é na cor preta. Todas as outras são pagas à parte e custam pelo menos R$ 996 extras, como para um simples branco ou vermelho. Para o belo cinza das fotos, a conta sobe mais R$ 1.830.

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Ar-condicionado automático vem em pacote S Design (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O conjunto deixa o Argo agradável aos olhos, e com menos cara de carro de aplicativo, e o ar-condicionado automático dá um visual sofisticado à cabine do Argo. Aliás, a cabine é um dos pontos altos do modelo, que tem acabamento acima da média do segmento. Ainda há plásticos rígidos demais, mas eles têm qualidade bem superior à dos usados pela VW em Polo e Gol. E a montagem também é boa, com as peças bem encaixadas e ausência de rebarbas.

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Bancos têm bom apoio para o corpo dos ocupantes (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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O senão é que o espaço interno é um bocado limitado. O entre-eixos tem só 2,52 m, o que não livra muito espaço para os ocupantes do banco traseiro. Pessoas com mais de 1,70 m ficarão com as pernas encostadas nos bancos da frente, isso se quem viajar na dianteira também não for dos mais altos. Pelo menos, o porta-malas leva razoáveis 300 litros, na média para um hatch compacto. Os bancos também são confortáveis, embora pudessem ser mais firmes.

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Espaço traseiro é limitado no hatch (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Em movimento, o 1.3 pode não ter o mesmo brilho dos 1.0 turbo de alguns rivais, mas até que não faz tão feio sob o capô do Argo. Os 109 cv são valentes e levam o hatch de 0 a 100 km/h em 12,6 s. Não é rápido, mas o modelo deslancha com desenvoltura em cidade e estrada.

No trânsito urbano, o Argo é ágil, mas precisa de rotações mais elevadas, já que o torque máximo só aparece a 3.500 rpm, o que pede constantes trocas de marcha. O câmbio tem engates longos mas precisos, e a direção é bastante leve em baixas velocidades, o que ajuda muito em manobras em espaços apertados.

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Controle de estabilidade é parte do pacote opcional (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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Já na estrada, o 1.3 tem mais espaço para “esticar as pernas” e entrega mais força. No entanto, o Argo merecia uma sexta marcha no câmbio manual, já que a 120 km/h o quatro-cilindros vai a elevadas 3.900 rotações. Em altas velocidades, a suspensão com acerto mais macio do Argo não inspira uma condução das mais arrojadas, mas o hatch passa segurança em condições normais.

De série, o Argo também tem uma ótima central multimídia com tela de 7 polegadas. A tela reage rapidamente aos comandos por toques e há conexão com Android Auto e CarPlay, sendo que o sistema UConnect, independentemente da conexão com os smartphones, é bom de usar e um dos melhores do segmento.

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Central multimídia tem comandos simples (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Outro item interessante é o computador de bordo, com diversas funções como indicador de velocidade limite, medições A e B de consumo médio e quilometragem, e até monitor de pressão dos pneus e vida útil do óleo do motor. O senão é a ausência de uma câmera de ré. Há até sensor de obstáculos, mas uma câmera ajudaria nas manobras.

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Rodas de 15 polegadas são escurecidas (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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O Argo ainda traz duas entradas USB, uma no console central e outra direcionada aos ocupantes do banco de trás. O hatch da Fiat também deve melhores porta-objetos. Os únicos porta-copos estão à frente da alavanca de câmbio e são rasos demais. Não há nicho entre os bancos. E os bolsões nas portas são pequenos.

Não há dúvidas, porém, de que a versão com o pacote S-Design ficou melhor, mais bonita e completa.

Teste

  • Aceleração
    0 a 100 km/h: 12,6 s
    0 a 1.000 m: 34,33 s – 150,8 km/h
  • Velocidade Máxima: 184 km/h*
  • Retomada
    3ª 40 a 80 km/h: 8 s
    4ª 60 a 100 km/h: 12,2 s
    5ª 80 a 120 km/h: 21,9 s
  • Frenagens
    60/80/120 km/h – 0 m: 16,1/28,4/66,5 m
  • Consumo
    Urbano: 13 km/l
    Rodoviário: 16,6 km/l

Ficha técnica

Preço: R$ 69.446
Motor: flex., diant., trans., 4 cil. em linha, 8V, 1.332 cm3; 109 cv a 6.250 rpm, 14,2 kgfm a 3.500 rpm
Câmbio: manual, 5 marchas, tração dianteira
Suspensão: independente, McPherson/eixo de torção (diant./tras.)
Freios: disco ventilado (diant.)/ tambor (tras.)
Direção: elétrica, 10,4 m (diâm. giro)
Rodas e pneus: liga-leve, 185/60 R15 (diant./tras.)
Dimensões: comprimento, 399,8 cm; largura, 172,4 cm; altura, 150,1 cm; entre-eixos, 252,1 cm; peso, 1.104 kg;
Tanque: 48 l

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CAPA 743
(Arte/Quatro Rodas)

 

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