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Como anda o novo Mitsubishi Outlander, agora um 4×4 híbrido plug-in

O Outlander está voltando ao Brasil, após um hiato de quatro anos, híbrido plug-in, em colaboração com o “primo” Nissan X-Trail , fruto da aliança com a Renault

Por Joaquim Oliveira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
1 Maio 2025, 16h50
Outlander PHEV White Diamond_005HR
Quarta geração do SUV será apresentada este mês no Brasil (Divulgação/Mitsubishi)
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Após um hiato de quatro anos, o Mitsubishi Outlander está retornando ao Brasil. De acordo com a marca, o SUV – agora na quarta geração – será lançado em maio, pouco tempo depois de chegar à Europa, onde dirigimos o modelo.

O lado negativo da notícia é que estamos falando de um modelo que estreou na Ásia e nos Estados Unidos em 2021, como linha 2022. Enfim, antes tarde do que nunca.

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Versão híbrida plug-in traz motor 2.4 e dois elétricos, um em cada eixo (Divulgação/Quatro Rodas)

O mais novo representante da saga Outlander se beneficia dos vasos comunicantes com o Grupo Renault-Nissan (que tem parte do capital da Mitsubishi), o que nesse caso resultou no compartilhamento da plataforma (CMF-CD) e de elementos estruturais do Nissan X-Trail, com componentes de alumínio.

Isso permitiu aumentar a rigidez torcional em cerca de 20% e, claro, pular algumas etapas de desenvolvimento e reduzir custos. Mas o Outlander é apenas uma evolução moderada face à geração anterior, incluindo interior e motorização.

O sistema utiliza um motor a gasolina 2.4 de quatro cilindros e 131 cv, de ciclo Atkinson, que serve tanto para mover as rodas dianteiras como para recarregar a bateria. Há ainda dois motores elétricos: um dianteiro de 116 cv (ante apenas 82 cv no antecessor) e um traseiro de 136 cv (95 cv na terceira geração). O câmbio é do tipo CVT.

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Outlander tem diversos recursos off-road, mas o normal é que seus donos sejam bem menos radicais (Divulgação/Quatro Rodas)
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No total, o conjunto gera 306 cv (antes, eram 230 cv), o que representa incremento de 33% na potência. A autonomia elétrica de 85 km é praticamente o dobro do que permitia a geração anterior. A bateria tem capacidade (bruta) de 22,7 kWh (13,8 kWh anteriormente) e pode ser recarregada em corrente alternada (AC, a apenas 3,5 kW) ou contínua (DC, a 50 kW). A primeira, muito baixa; a segunda, uma das mais elevadas em veículos plug-in, mas com o importante senão de o Outlander usar um conector CHAdeMO (standard japonês que quase só a Nissan usa atualmente), bem menos comum do que o dominante padrão CCS.

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Seguindo para o interior do SUV, não encontramos um painel que transpire modernidade, mas isso o favorece mais do que o prejudica: é que não só as duas telas digitais (para a instrumentação e a central multimídia, ambas de 12,3”, configuráveis e com gráficos precisos) cumprem bem a sua função como existem vários comandos físicos.

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O estilo neutro do painel é compensado pela boa qualidade do acabamento (Divulgação/Quatro Rodas)

O sistema multimídia é conectado à internet para, por exemplo, ter acesso em tempo real aos serviços de trânsito, e há conectividade (sem fio) com Apple CarPlay e Android Auto. Outra fonte de informação é o head- -up display, com dados de navegação, velocidade e outros aspectos relacionados à segurança. O pequeno volante (agrada por isso) dispõe de borboletas atrás para gerir a intensidade da frenagem regenerativa.

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A unidade dirigida foi de topo de linha (chamada Top), que na Europa custa 59.490 euros (R$ 394.858) e estava equipada com o sistema de áudio opcional Yamaha com 12 alto-falantes e 650 watts, que permite seleção de vários tipos de acústica.

As portas traseiras têm bom ângulo de abertura, o que facilita entrada e saída. Os bancos da segunda fileira são alguns centímetros mais altos que os da frente (o que proporciona boa visibilidade), mas os assentos são fixos, até porque as baterias ficam sob eles. O espaço para os pés ao centro não é totalmente plano, pois há uma baixa (mas larga) saliência.

O espaço é bom tanto em altura como em comprimento, o que permite acomodação de passageiros com mais de 1,90 m, se bem que em largura o que estiver no centro terá menos conforto (não tanto pela obstrução no piso, mas mais pelo fato de seu banco ser mais estreito e duro).

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Capacidade de 495 l pode chegar a… (Divulgação/Quatro Rodas)

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… 1.404 l, com os bancos rebatidos

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(Divulgação/Quatro Rodas)

Há saídas de ventilação para trás, com regulagem de temperatura, e os assentos exteriores traseiros podem ser aquecidos (nessa configuração Top, que também trazia função de massagem nos bancos dianteiros).

O amplo teto panorâmico (e que abre na metade dianteira) é também de série na versão e torna o interior mais luminoso. O porta-malas com capacidade de 495 litros, com os cinco bancos levantados, é um pouco menor que o do Toyota RAV4 PHEV (520 l). Mas pode chegar a 1.404 l, com todos os bancos rebatidos.

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Tanto os revestimentos (de couro natural ou artificial no painel nas versões mais equipadas) como os acabamentos inspiram confiança, pela qualidade do toque das principais superfícies. Apenas o revestimento do retrovisor é mole e transmite sensação de baixa qualidade. As bolsas das portas não têm revestimento no fundo (tal como o porta-luvas).

Tradição 4×4

A experiência de condução pelos arredores de Lisboa, em Portugal – entre rodovias e trechos de terra, com alguma lama –, permitiu formar uma ideia das competências dinâmicas do Outlander. O SUV oferece várias opções de condução, selecionáveis por meio de um robusto comando rotativo entre os bancos dianteiros: Normal, Asfalto, Cascalho, Neve, Lama, Eco e Potência, que interferem no peso da direção (na verdade, diferenças quase imperceptíveis), na resposta do motor, da distribuição da tração, do ABS e do sistema de estabilidade.

Fomos alternando entre Lama e Cascalho na trilha off-road relativamente simples e não houve nenhum tipo de hesitação. Tal como na geração anterior, há um sistema de tração integral – know-how resultante dos quase 40 anos de experiência da marca nas principais competições mundiais de ralis – com um diferencial ativo (S-AWC) capaz de frear independentemente de qualquer uma das rodas dianteiras e traseiras, para que o veículo possa seguir o caminho com mais facilidade. Não há um sistema de transmissão unindo os dois eixos. Kentaro Honda, engenheiro-chefe do Outlander PHEV há 15 anos, explica que a entrega de torque entre a dianteira e a traseira pode ir até um máximo de 70% num dos eixos e 30% no outro.

A aceleração é rápida desde os mais baixos regimes de rotação, e o SUV vai de 0 a 100 km/h em 7,9 s. A máxima é de 170 km/h, ou 135 km/h apenas com propulsão elétrica.

Mitsubishi Outlander

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A direção é rápida e precisa, e a frenagem (a cargo de discos ventilados nas quatro rodas) é potente e linear, ainda que o pedal se revele um pouco hesitante na fase inicial do curso. A suspensão (independente nas quatro rodas, com multibraços nas traseiras) mostra bom compromisso entre conforto e estabilidade, pelo menos nesta versão com rodas de 20 polegadas (a redução do rolamento da carroceria em 18% em relação à geração passada, segundo a fábrica, colabora para isso).

O sistema híbrido tem quatro modos de funcionamento que o motorista pode controlar manualmente: Normal (em que as fontes de potência são geridas de forma automática), EV (dá prioridade à condução exclusivamente elétrica, possível até 130 km/h), Charge (usa o motor a gasolina como gerador para recarregar a bateria) e Save (preserva a carga da bateria em um determinado nível).

O fato de uma nova geração ser esperada dentro de pouco mais de dois anos pode afastar alguns potenciais compradores.

Veredicto Quatro Rodas

O Outlander agrada pelo conjunto da obra. Mas chega com ares de quem já está de saída.

Ficha Técnica – Mitsubishi Outlander PHEV

Preço: 59.490 euros  (R$ 394.858)
Motor: gas., diant., transv., 4 cil., 2.360 cm³, 131 cv/20,7 kgfm. Elétrico, 116 cv/26 kgfm (diant.); 136 cv/19,9 kgfm (tras.)
Bateria: íons de lítio, NMC, 22,7 kWh
Câmbio: autom. CVT, 4×4
Direção: elétrica
Suspensão: McPherson (diant.), multibraços (tras.)
Freios: disco ventilado
Pneus: 255/45 R20
Dimensões: compr., 471,9 cm; larg., 186,2 cm; alt., 175 cm; entre–eixos, 270,4 cm; peso, 2.070 kg; porta-malas, 495 l; tanque, 53 l
Desempenho*: 0 a 100 km/h, 7,9 s; veloc. máx., 170 km/h
*Dados de fábrica

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