Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Como anda a nova geração do Honda City, o substituto de Civic e Fit

O City ficou discreto no visual, mas cresceu em tamanho e ganhou equipamentos. Aqui, ele terá o desafio de substituir versões de entrada do Civic e o Fit

Por Gerardo García/Motorpasión, da cidade do México (México)
25 jun 2021, 14h49
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Novo honda city
    O vinco lateral plano deixou o sedã com estilo comportado (Motorpasión/Quatro Rodas)

    De todos os lançamentos importantes (novos modelos e reestilizações) esperados para este ano no Brasil, o Honda City será um dos poucos, se não for o único com carroceria diversa de SUV e picape.

    Clique aqui e assine Quatro Rodas por apenas R$ 8,90 

    Aguardado para o final do segundo semestre, o City 2022 terá o mérito de trazer ainda duas configurações cada vez mais raras: sedã, já conhecida de nosso mercado, e hatch, inédita. Aqui, apresentamos a sedã, avaliada no México, onde já é comercializada.

    O City chega à sétima geração (terceira, no Brasil) meticulosamente transformado para parecer que pouco mudou, quando na realidade quase tudo é novo. A Honda não arriscou um design radical ou totalmente novo.

    honda city
    As lanternas ganharam formas regulares (Motorpasión/Quatro Rodas)

    Pelo contrário, o novo City ficou ainda mais conservador, com a troca de elementos que exibiam alguma ousadia, como o vinco lateral ascendente por um friso plano, para não afastar seus clientes mais fiéis.

    Continua após a publicidade

    Assim, o novo sedã mantém suas linhas predominantemente horizontais, os faróis pontiagudos, para combinar com uma grande grade cromada, e, na traseira, lanternas de formas regulares e que invadem as laterais da carroceria. 

    Parece novo e discreto, pelo menos na versão Prime CVT, mostrada aqui. No México, existe ainda uma versão intermediária, Sport CVT, com um toque mais esportivo: com acabamento em preto brilhante para a grade e as capas dos espelhos, e uma básica Uniq manual, de visual mais simples. Lá, os preços partem de 306.900 pesos (R$ 86.530).

    No Brasil, atualmente, o City tem cinco versões: Personal, DX, LX, EX e EXL, da mais simples para a mais completa, custando a partir de R$ 68.190. Ainda não se sabe se a Honda manterá o mesmo número de versões, com esse posicionamento de preços, e nem se elas permanecerão sendo identificadas por siglas, ou se terão nomes como no México.

    Honda City
    Painel horizontal é simples, mas causa boa impressão (Motorpasión/Quatro Rodas)
    Continua após a publicidade

    Por dentro, assim como por fora, o visual se manteve discreto. O painel é totalmente novo. O conjunto ficou mais horizontal e com menos recortes, saídas de ar maiores e na posição vertical.

    Ainda assim, porém, seu design lembra muito o da geração anterior, embora com botões atualizados. A Honda ouviu os pedidos dos clientes e devolveu os botões de controle do ar-condicionado, no lugar do painel digital touch screen do antecessor (na versão mais cara), que parecia futurista, mas não era muito prático.

    O acabamento é básico, como de costume. Detalhes que imitam metal, no volante e nas saídas de ar, causam boa impressão, assim como o tratamento preto brilhante em uma faixa do painel no lado do passageiro e na base do câmbio.

    E há algum acolchoamento nas laterais do console central e em uma peça acima do porta-luvas. Mas, de resto, é tudo de plástico rígido, mesmo em áreas onde encontrar algum aplique de tecido é bem comum nos carros dessa categoria, como nas laterais das portas, por exemplo.

    Novo Honda City
    Versão Prime tem mostradores analógicos, partida por botão, seis airbags, bancos de tecido e volante revestido de couro (Motorpasión/Quatro Rodas)
    Continua após a publicidade

    A manufatura da Honda tem boa qualidade, embora não seja perfeita. Existem alguns parafusos e juntas de peças visíveis que demonstram o caráter de baixo custo do modelo, mesmo que o preço da versão Prime CVT, de 369.900 pesos mexicanos (R$ 104.290), sugira o contrário.

    No que diz respeito aos equipamentos, desde a versão de entrada Uniq manual, o City traz ar-condicionado automático, chave presencial, piloto automático, assistente de partida em rampa, DRL de led, controle eletrônico de tração e estabilidade, seis airbags e rodas de alumínio aro 15.

    E na Prime acrescenta rodas de alumínio aro 16, volante revestido de couro, central multimídia com tela de 8”, compatível com os sistemas Apple CarPlay e Android Auto, câmera de ré e dispositivos de segurança mais sofisticados como o detector de pontos cegos Honda LaneWatch, que projeta imagens na tela da central.

    Novo Honda CIty
    Na frente, há comandos por botão e entrada USB. Atrás, saídas de ar no console, tomadas 12 V e cintos de três pontos (Motorpasión/Quatro Rodas)

    Como se vê, o City é bem equipado, mas o motorista se surpreende por ausências como faróis de led (tipo de lâmpada presente nos faróis de neblina disponíveis nas versões Sport e Prime), destravamento automático das portas (quando o carro é desligado) e computador de bordo com funções além das mais elementares.

    Continua após a publicidade

    Sem dúvida, o aspecto em que o novo Honda City mais se destaca é o espaço interno. O sedã cresceu 10 cm no comprimento (totalizando 4,56 m) e 1,6 cm, na largura (chegando a 1,75 m), ao mesmo tempo que manteve a distância entre-eixos (2,60 m) e a altura ( 1,48 m).

    Na segunda fila de bancos, há muito espaço para as pernas. Mesmo com os bancos dianteiros recuados, os joelhos dos ocupantes (com a altura mediana de 1,70 m) não esbarram no encosto.

    Novo Honda City
    Sedã cresceu 10 cm no comprimento (4,56 m no total), mas manteve o entre-eixos (2,60 m) (Motorpasión/Quatro Rodas)

    Seguramente, o City é o sedã mais espaçoso do segmento e também o que oferece mais conforto para os viajantes traseiros. Quem viaja na segunda fila tem cintos de três pontos e recursos como saídas de ar-condicionado, duas tomadas de 12 V (que podem receber adaptadores para USB), apoio de braço central com porta-copos (na ausência do ocupante central) e nichos especialmente criados para acomodar aparelhos celulares. O porta-malas tem capacidade para 506 litros.

    Ao volante, o City é um carro confortável. Sua suspensão (McPherson, na dianteira, e eixo de torção, na traseira) é macia, mas sem deixar o carro vulnerável às forças laterais. E a direção, por sua vez (do tipo pinhão e cremalheira com assistência elétrica), é leve mas precisa.

    Continua após a publicidade

    Os freios (disco na frente e tambor atrás) se mostraram eficientes e equilibrados, sem desvios do carro nas paradas.

    Em relação ao motor, a versão feita na Tailândia conta com um novo 1.0 iVTEC (com turbo, injeção direta e duplo comando de válvulas variável), que entrega 122 cv, que deverá equipar o modelo produzido no Brasil (e que, na versão flex, deve superar os 130 cv com etanol).

    Novo Honda CIty
    Mudou o estilo da fonte do nome (antes era bold e itálico). Lanternas traseiras que invadem as laterais da carroceria e faróis usam lâmpadas de led apenas nas luzes de posição. As rodas de alumínio têm 16 polegadas e pneus na medida 185/55 R16 (Motorpásion/Quatro Rodas)

    Mas o carro que chega ao México é fabricado na Índia e vem com motor 1.5 aspirado, com duplo comando de válvulas e 121 cv (também oferecido no Brasil, flex mas com comando simples, com 116 cv).

    Nesta configuração 1.5, o City tem apenas a força suficiente para o uso diário, mas nada muito além disso. O bom desse motor é sua elasticidade. Ele não parece apagado em baixas rotações e nem sufocado nas altas.

    O câmbio automático CVT privilegia o consumo, mas para quem busca respostas um pouco mais rápidas existe o modo Sport e a opção das trocas no modo manual (com seis marchas simuladas), por meio de comandos atrás do volante.

    Novo Honda City
    A chegada do novo City produzido no Brasil está prevista para o final do ano (Motorpásion/Quatro Rodas)

    Com essa atualização nas formas e no conteúdo, o City terá uma missão desafiadora no Brasil, onde, com suas duas opções de carroceria (sedã e hatch), pretende ocupar o espaço das versões de entrada do irmão maior Civic, que deixará de ser produzido no Brasil e, se vier importado, será reposicionado, e também do pequeno Fit, que sai de linha. Assim como no México, a Honda goza de boa reputação no mercado brasileiro, mas só o tempo dirá se o City vai ter sucesso nessa tarefa.

    Veredicto

    É um carro apenas correto, para se comprar mais com a razão do que com a emoção. Falta saber quanto vai custar e qual conteúdo terá no Brasil.

    Ficha Técnica

    Não pode ir à banca comprar, mas não quer perder os conteúdos exclusivos da Quatro Rodas? Clique aqui e tenha o acesso digital.

    Capa de QUATRO RODAS 746

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.