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Chevrolet Onix RS 2026 é mais discreto por dentro e só empolga com álcool

Visual esportivo segue como o principal argumento do Onix RS, mas para ter aerofólio e a cabine mais discreta da linha é preciso abdicar de muitos equipamentos

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
27 set 2025, 17h42
Chevrolet Onix RS 2026
Versão RS elimina os cromados da carroceria (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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O Chevrolet Onix RS 2026 é a versão mais cara do hatch, mas não a mais completa. Custa R$ 130.190, mas não tem os sensores de estacionamento dianteiros e laterais e o assistente de estacionamento automático, que você encontra no Onix Premier, que custa R$ 1.000 mais barato. Então o cliente acaba pagando mais para ter rodas, capa dos retrovisores e o teto pintados de preto e eliminar os cromados das maçanetas e do para-choque.

O desenho deste novo para-choque, aliás, aumenta o ângulo de ataque do Onix e elimina o defletor de ar – que, frequentemente, pode ser visto aos pedaços ou pendurado na frente dos Onix vendidos nos últimos seis anos, que circulam por aí. A partir de agora, será mais difícil raspar a frente em rampas ou valetas, mas não impossível.

As versões LTZ, Premier e RS têm faróis full-led (com direito a luzes diurnas que piscam laranja para cumprir a função de seta) e faróis de neblina de led, que melhoram bastante a visibilidade noturna. É que os antigos faróis destas versões tinham projetores especiais, mas iluminavam pior que os faróis mais simples. No RS, os faróis ainda têm máscara negra.

Chevrolet Onix RS 2026
Só o Onix RS tem logotipos pretos e aerofólio maior (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Na lateral, a diferença fica por conta das novas rodas aro 16” diamantadas. Só não pode confundi-las com as calotas que parecem rodas diamantadas, presentes até as versões LT (R$ 107.990 o hatch e R$ 113.990 o sedã).

No caso do Onix hatch, a reestilização nem sequer muda as lanternas de led, que são as mesmas do modelo antigo. De diferente no hatch, só o nicho da placa e a borda inferior do para-choque, uma mudança discretíssima nas outras versões, mas que fica mais evidente no Onix RS porque a seção inferior do para-choque tem pintura preta. O porta-malas manteve a capacidade de 275 litros (VDA).

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Chevrolet Onix RS 2026
A grade ficou mais larga na linha 2026 e os sensores dianteiros ficaram de fora do RS (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O Onix RS tem cabine mais discreta, acabamento todo preto com costuras vermelhas e as saídas de ar-condicionado vermelhas. Nas versões Premier, o acabamento dos bancos, das portas e do painel tem apliques em um tom de azul opaco, mas ainda chamativo, e as saídas de ar-condicionado são na cor laranja – ou seja, o RS nem é o Onix mais ousado.

Algumas evoluções na cabine são visíveis, mas outras precisam ser sentidas. O quadro de instrumentos digital de 8 polegadas e a nova central de 11 polegadas, integrados em uma mesma moldura, também são novidades que só estão presentes a partir da versão LT. As versões mais baratas (o hatch parte dos R$ 99.990 e o sedã, dos R$ 106.790) seguem com os instrumentos analógicos e a antiga central de 8 polegadas.

Chevrolet Onix RS 2026
Onix RS tem apelo esportivo mas a cabine é mais discreta (Fernando Pires/Quatro Rodas)

As duas novas telas têm boas imagens, mas a usabilidade dos instrumentos é limitada. É possível escolher três grafismos segurando o botão de troca de música por dois segundos, mas as outras opções ignoram o conta-giros e se você quiser ver algum dado do computador de bordo, também ficará sem a rotação do motor. Além do mais, para mudar as informações exibidas, é necessário recorrer à central multimídia, onde o menu de acesso rápido tem sua visibilidade obstruída pelo aro do volante.

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A central ainda pode controlar o ar-condicionado automático e tem conectividade sem fio para Android Auto e Apple CarPlay. Mudaram uma das portas USB dianteiras para o tipo C. À frente delas está a base de carregamento sem fio para smartphones, que é um pouco pequena para os aparelhos atuais.

Chevrolet Onix RS 2026
Usabilidade do quadro de instrumentos digital é limitada (Fernando Pires/Quatro Rodas)
Chevrolet Onix RS 2026
central também pode comandar o ar-condicionado automático (Fernando Pires/Quatro Rodas)

A lista de equipamentos de segurança segue a mesma. Fora os itens obrigatórios por lei, têm seis airbags e monitor de pontos cegos. Não há, por exemplo, frenagem autônoma de emergência, assistente de faixa ou farol alto automático (só o acendimento automático dos faróis), tampouco piloto automático adaptativo, itens disponíveis nos concorrentes diretos.

Pode até não parecer, mas os bancos dianteiros estão diferentes: ainda são estreitos e curtos, mas têm alterações internas para melhorar o suporte lombar do motorista e passageiro – o que foi bastante criticado quando o Onix Plus passou pelo Longa Duração. No Onix RS, a parte central dos assentos é de tecido, outra desvantagem frente às versões Premier, cujos bancos são forrados de vinil.

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Chevrolet Onix RS 2026
(Fernando Pires/Quatro Rodas)
Chevrolet Onix RS 2026
Espaço traseiro não mudou, mas os bancos dianteiros estão mais confortáveis (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Nos últimos tempos, mais precisamente nos seis meses recentes, a potência do motor três-cilindros 1.0 turbo do Chevrolet Onix passou dos 116/116 cv para 121/116 cv e agora foi reduzida a 115/115 cv.

Primeiro, o ganho de potência (com etanol) foi obtido com os ajustes para atender o Proconve L8, que entrou em vigor na virada do ano. Agora, outra legislação levou à redução: neste caso, o IPI Verde, que também utiliza a potência dos motores para estabelecer as alíquotas. O torque permaneceu nos mesmos 16,8/16,3 kgfm de sempre. O Onix continua com injeção indireta (ao contrário do Tracker, que tem injeção direta e torque maior, de 18,9 kgfm).

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A Chevrolet também mudou a correia dentada banhada a óleo que opera o duplo comando de válvulas variável do motor. A peça nova é reforçada com mais fibra de vidro, para evitar problemas caso seja utilizado um óleo lubrificante diferente daquele recomendado pela fabricante. O óleo sem os aditivos corretos pode ressecar a borracha das correias, que passam a soltar partículas que entopem os dutos de lubrificação do motor e da bomba elétrica de vácuo do freio – que assiste o servofreio para reduzir o esforço de frenagem. Nos casos extremos, a correia não se rompe, mas suas partículas deixam o motor sem lubrificação e ele funde, e o freio fica sem assistência. O jeito é retificar o motor e trocar a bomba de vácuo, que não tem reparo.

Chevrolet Onix RS 2026
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

A promessa da GM é que esta nova correia, ainda que venha a ressecar com o uso de óleo errado, não criará partículas grandes a ponto de obstruir a circulação de óleo no motor. A peça continua com vida útil de 240.000 km e com garantia ao longo de todo esse período.

Os Onix com motor turbo estão disponíveis tanto com câmbio manual de seis marchas quanto com o automático de seis marchas, como os carros testados desta vez.

Antes de recebermos o Onix, tivemos um primeiro contato com um Onix Premier hatch de locadora. Este carro estava abastecido com etanol e tinha mais disposição, com respostas rápidas nas arrancadas e retomadas. O pique desapareceu no Onix RS testado, pois nossos testes são feitos com gasolina. Virou outro carro.

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Chevrolet Onix RS 2026
A grade ficou mais larga na linha 2026 e os sensores dianteiros ficaram de fora do RS (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Quando com etanol, o Onix demonstrava ter a mesma leveza ao volante que antes. Com gasolina, ele fica pesado: as respostas ao acelerador são mais lentas tanto nas arrancadas quanto nas retomadas. Dá para sentir uma certa morosidade para o motor ganhar giro e, ao forçar o kickdown, o câmbio demora para reduzir marcha.

Quando com etanol, o Onix esticava mais as marchas e com gasolina ele avança para a marcha mais alta rapidinho para deixar a rotação abaixo dos 2.000 rpm em busca do melhor consumo. É a injeção do motor que fica mais conservadora quando identifica que está queimando gasolina, para se garantir nas emissões.

Chevrolet Onix RS 2026
As luzes de assinatura dos novos faróis full–led também cumprem a função de seta (Fernando Pires/Quatro Rodas)

O fato é que depois que o carro reage ao acelerador, ele vai bem. O Onix RS manteve o desempenho da versão anterior. O tempo de 0 a 100 km/h foi tecnicamente o mesmo: baixou dos 10,7 s para 10,4 s. E as retomadas seguiram com variações numéricas mínimas de 0,1 e 0,2 s. Quanto ao consumo, uma melhora considerável no percurso urbano, de 11,8 para 13,8 km/l e uma piora discreta no percurso rodoviário, de 17,9 km/l para 17,1 km/l na comparação com o último teste.

Chevrolet Onix RS 2026
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

A segunda geração do Onix sempre esteve muito à vontade na estrada, graças à suspensão firme, mas que comprometia o conforto na cidade ou em vias com asfalto ruim. Isso mudou um pouco, pois molas e amortecedores têm nova calibração, que deixou o rodar mais agradável nas duas carrocerias. O compacto passou a lidar melhor com ondulações, pequenos buracos e lombadas.

O motor aparenta estar mais silencioso e mais bem isolado do que antes. Os engenheiros da GM só se esqueceram de melhorar o isolamento para o ruído do vento que passa sob o carro, um inconveniente na estrada.

Chevrolet Onix RS 2026
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

São muitos detalhes, mas, olhando no todo, as mudanças do Onix 2026 corrigem muita coisa, embora não representem uma grande evolução em nada a não ser nos faróis e nas telas – com ressalvas. Só é difícil entender o porquê de a Chevrolet ter demorado tanto para mudar seu carro mais importante no Brasil.

Teste de Desempenho – Chevrolet Onix RS 2026

Aceleração

  • 0 a 100 km/h: 10,4 s

  • 0 a 1.000 m: 32,20 s / 161,70 km/h

  • Velocidade máxima: 187 km/h

Retomadas

  • 40 a 80 km/h: 4,4 s

  • 60 a 100 km/h: 5,4 s

  • 80 a 120 km/h: 7,0 s

Frenagens

  • 60 km/h a 0: 14,0 m

  • 80 km/h a 0: 25,2 m

  • 120 km/h a 0: 57,3 m

Consumo

  • Urbano: 13,8 km/l

  • Rodoviário: 17,1 km/l

Ruído interno

  • Neutro / RPM máx.: 41,1 / 57,5 dBA

  • 80 km/h: 65,5 dBA

  • 120 km/h: 70,8 dBA

Velocidade real a 100 km/h: 96 km/h
Rotação do motor a 100 km/h: 2.250 rpm
Volante: 2,7 voltas

Chevrolet Onix RS 2026
Reconhece a lanterna? O hatch permaneceu com as peças de antes (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Ficha Técnica – Chevrolet Onix RS 2026

  • Motor: flex, dianteiro, transv., 3 cilindros, turbo, 12 válvulas, 999 cm³, 115 cv (etanol) / 115 cv (gasolina) a 5.500 rpm, 16,8 kgfm a 2.000 rpm
  • Câmbio: automático, 6 marchas, tração dianteira
  • Suspensão: McPherson (dianteira), eixo de torção (traseira)
  • Freios: discos ventilados (dianteira), tambor (traseira)
  • Direção: elétrica, [não informado] de diâmetro de giro
  • Rodas e pneus: rodas de liga leve, 195/55 R16
  • Dimensões: comprimento 4,16 m, largura 1,75 m, altura 1,47 m, entre-eixos 2,55 m, peso 1.107 kg, vão livre [não informado], porta-malas 275 litros, tanque 52 litros
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