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Audi S7 Sportback

O irmão acelerado do A7 é uma demonstração de tecnologia, luxo e desempenho disponíveis na marca

Por Paulo Campo Grande | Fotos: Marco de Bari
Atualizado em 20 mar 2024, 08h03 - Publicado em 25 abr 2013, 11h56
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Mostrado no Salão do Automóvel de 2012, o Audi S7 Sportback, versão esportiva do Audi A7 Sportback, chega agora ao mercado. À primeira vista, é difícil diferenciá-lo do irmão. Quer uma dica? Procure o “S7” estilizado na grade dianteira. Os retrovisores têm capas de alumínio, mas, para isso, você precisaria saber que no A7 eles são da cor da carroceria. Há também a inscrição “V8T”, na lateral dos para-lamas dianteiros. Uma indicação de algo novo sob o capô, mas… você sabia que o A7 vem com motor V6? O S7 manteve o estilo do A7 praticamete inalterado. Frisos cromados, na dianteira e em volta da área envidraçada, confundem quem esperava algo mais despojado e agressivo. Até as rodas têm a mesma medida, aro 19.

Por dentro, repare no volante, nos bancos e na soleira das portas (se você ainda não fechou a porta). Nesses lugares também há o emblema “S7” gravado. A cabine é tão luxuosa quanto a do A7, com acabamento de couro e alumínio escovado. A diferença surge em detalhes como as pedaleiras de alumínio. A esportividade do S7 só aparece com o carro em movimento. E como aparece…

Na pista, o S7 demorou apenas 4,3 segundos para embalar de 0 a 100 km/h, enquanto seu irmão fez o mesmo em 6,5 segundos – nada mau, diga-se. A velocidade máxima, segundo a fábrica, é limitada em 250 km/h, mas poderia chegar aos 300 km/h. O patrocinador de espetáculo é oV8 biturbo que gera 420 cv de potência e 56,1 mkgf de torque, contra os 300 cv e 44,9 mkgf do V6 do A7. Mas seria injustiça ignorar a transmissão, com câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas e a tração integral Quattro (iguais aos doA7).

Alimentação cortada

O motor 4.0 TFSI é novo na linha Audi. Além do S7, ele equipa o S6, sedã e perua, e traz como principal novidade o sistema de corte dos cilindros para economizar combustível. O COD (Cylinder On Demand) cruza diversas informações do funcionamento do carro, como velocidade e carga, e desativa metade dos cilindros do motor, caso o trabalho deles não seja necessário. Entre 900 e 3 500 rpm, o sistema fecha as válvulas de admissão e escape e corta a ignição e a injeção de quatro cilindros, para voltar a ativá-los a qualquer momento sem que o motorista perceba as mudanças. Nas medições de consumo, verificamos que o COD tem maior oportunidade de contribuir nas estradas que na cidade, quando há maior variação de condições que exigem mais do motor. Na média, o rendimento do S7 ficou no mesmo patamar de sedãs esportivos como o BMW M5. O Audi conseguiu as marcas de 6,6 km/l na cidade e 10 km/l na estrada, enquanto o BMW obteve 6,4 e 10,2 km/l nos mesmos ensaios, respectivamente.

O S7 tem quase 5 metros de comprimento e pesa 1945 kg. A Audi diz que ele é um cupê de cinco portas, para provocar a Mercedes, que anuncia o modelo CLS como “cupê de quatro portas”. Mas, em outros tempos, ele seria apenas um fastback, definição para essa variação de perfil, que serve tanto para cupês quanto para sedãs. O espaço interno é de sedã grande. Quem viaja atrás tem quase 1 metro na altura e 1,50 metro na largura para se acomodar (o banco traseiro tem apenas dois assentos).

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Ainda na comparação com o A7, ele se diferencia no comportamento graças a seus sistemas de direção (elétrico) e de suspensão (pneumático), que se adaptam às diferentes situações e apresentam respostas mais rápidas e adequadas para um modo de condução esportivo. A alteração de temperamento é sensível. Há mudança de peso do volante. que apresenta reações mais diretas da direção, e endurecimento da suspensão, quando o carro é pilotado em velocidades maiores. No limite, o S7 sai de frente. Nas ruas, o S7 é tão ou mais confortável que o A7. Nos pisos irregulares, sua suspensão consegue ser mais macia. Em baixas velocidades, sua direção fica leve e indireta. A rigidez elevada da carroceria ajuda nos papéis de mocinho e de vilão.

O motorista comum, que não tem uma pista à disposição, também pode experimentar as várias facetas do carro selecionando o modo de atuação de cada sistema (como fizemos em nosso teste). A tela multimídia localizada no alto do console dá acesso ao Audi Drive Select e permite a escolha de quatro programas (Comfort, Automatic, Dynamic e Individual), que permitem ajustar as respostas do carro sob quatro aspectos (Motor/câmbio, Suspensão, Direção e Som do motor) – sendo que no mapa Individual é possível misturar os diferentes modos. Por exemplo: Motor/câmbio, Comfort; Suspensão, Dynamic; Direção, Comfort; Som do Motor, Dynamic.

Mais que ser simplesmente uma versão esportiva, o S7 é um carro mais completo. Além da suspensão, da direção e do sistema Audi Drive Select, o S7 conta com teto solar, porta-malas elétrico (com ajuste do grau de abertura) e sistema de som Bose (14 alto-falantes). Nos pacotes de equipamentos disponíveis existe ainda: piloto automático adaptativo, sistema preventivo em caso de colisão iminente (Audi Pre Sense) e auxílio para troca de faixa por meio de detecção de pontos cegos (Audi SideAssist),

entre outros. No fundo, o S7 é um A7 com ainda mais desempenho, luxo e equipamentos, que permite ao motorista dirigir com mais esportividade mas também com mais conforto. Um sinal de que o S7 não abriu mão de seu refinamento em um só detalhe é dado pelo funcionamento silencioso de seu vidro elétrico. Quando se abre o vidro do S7, o que se ouve é apenas o som do ambiente externo. Não há ruídos de motores, engrenagens ou do vidro em contato com a borracha. O tratamento acústico da cabine, aliás, é um dos pontos fortes do projeto. O isolamento de motor e transmissão é eficiente e o ruído aerodinâmico é baixo. Sobra para os pneus – uma vez que, nessas condições, o som da rodagem fica mais evidente – e para eventuais problemas de acabamento. Na unidade avaliada havia som de peças de acabamento soltas, na parte superior do painel.

O S7 tem preço básico de 500 000 reais e, completo, sai por 551500 reais. Eis aí outra forma de ver como o S7 é diferente do A7, que custa 372 485 reais na versão básica e 419 485 na completa.

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DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO

Com o Audi Drive Select, o motorista pode calibrar os sistemas de acordo com suas preferências.

★★★★★

MOTOR E CÂMBIO

O conjunto concilia desempenho e economia de combustível.

★★★★★

CARROCERIA

Faltou uma pegada mais esportiva no visual, mas o acabamento

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é de primeira.

★★★★

VIDA A BORDO

O S7 é bem equipado. Seu ar-condicionado é ajustável em todos os quadrantes da cabine. O tratamento acústico é exemplar.

★★★★★

SEGURANÇA

Airbags e ESP são de série (até aí, nada de novo, nessa categoria de carro). Piloto automático adaptativo e auxílio para mudança de faixa são opcionais.

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★★★★

SEU BOLSO

O S7 tem preço na média do segmento, mas ficará em desvantagem diante da BMW, beneficiada com isenção de imposto.

★★★

OS RIVAIS Mercedes CLS 63 AMG

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Lançado em 2010, é equipado com V8 biturbo de 557 cv e 81,6 mkgf de torque. Custa 491800 reais.

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BMW 650i Coupe

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Não é a versão preparada “M”, que não vem para o Brasil. Mas tem motor V8, oito marchas e sai por 389 950 reais.

VEREDICTO

O S7 Sportback é um autêntico representante da categoria de cupês grandes de luxo, cujos ícones mais tradicionais são BMW Série 6 e Mercedes CL. Ele entrega luxo, conforto, equipamentos e desempenho em doses industriais.

>> Confira da Ficha Técnica do carro

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