O mundo está ficando chato. O mantra repetido à exaustão nas redes sociais também se aplica a alguns carros. Mas no mar automotivo em que todos se parecem iguais, o Citroën DS 3 se destaca. Lançado em 2010, o compacto nunca escondeu sua vocação para a diversão. Assim como o MINI Cooper, nasceu para ser leve, ágil e, principalmente, prazeroso de guiar. Foi ele o responsável por inaugurar a linha DS, formada por modelos mais refinados e de personalidade marcante em relação ao restante da gama Citroën – a ponto de ter dado origem a uma marca própria, a DS, lançada em 2014.
Embora o duplo chèvron ainda seja visto na grade frontal, a ausência do logotipo da Citroën na traseira é uma das novidades da linha 2015. O DS 3 passou por uma leve reestilização, na qual os faróis foram trocados por peças bi-xenon full led. As lanternas também ganharam leds e as rodas de liga leve de 17 polegadas são novas. Várias peças podem ser personalizadas, desde adesivos e calotas centrais até os adesivos da carroceria.
Outra novidade é a inclusão de uma central multimídia que pode exibir as imagens da c��mera de ré se o veículo possuir o item. Embora tenha uma interface objetiva, é difícil compreender por que os designers da Citroën colocaram o botão do menu principal quase à frente da alavanca de câmbio – longe demais da tela sensível ao toque, que não oferece esta função. Ao lado dele também estão os controles do volume do som.
O DS 3 é vendido em uma única versão de acabamento, a Sport Chic, oferecida a R$ 82.490. Se equipado com o Pack Conforto, composto por sensor de estacionamento traseiro, espelhos retrovisores rebatíveis com acabamento cromado, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, retrovisor interno fotocrômico e central multimídia com tela sensível ao toque de sete polegadas e GPS, o valor sobe para R$ 88.480. O modelo mais completo chega a R$ 92.870 acrescentando o Pack Tecnologia, formado por bancos revestidos em couro, rodas de liga leve aro 17 com acabamento diamantado, câmera de ré, faróis bi-xenon full-led e som de alta qualidade com subwoofer.
Nenhuma alteração foi realizada no motor 1.6 THP, que entrega 165 cv a 6.000 rpm e torque máximo de 24,5 mkgf a 1.500 rpm. Ainda bem, já que o propulsor continua empolgando pelas acelerações. A partir das 3.000 rpm é que a turbina mostra seu poder, fazendo o pequeno DS 3 embalar rapidamente. Se a embreagem pesada, a suspensão excessivamente dura e o câmbio manual de seis marchas com engates curtos (embora nem sempre precisos) fazem a alegria dos fãs de esportividade, quem o utiliza na maior parte do tempo na cidade pode se incomodar com estas características. Mas, convenhamos, não foi para encarar trânsito que o DS 3 foi feito, e sim para divertir quem está atrás do volante. E neste quesito ele é campeão.