BYD Dolphin 2027 roda em teste no Brasil com suspensão melhor e recarga mais rápida
Hatch elétrico fica maior e perde a central multimídia com tela giratória; lançamento é esperado para o primeiro semestre de 2026
O BYD Dolphin 2027 já é realidade nas ruas brasileiras. O hatch elétrico, que teve seu novo desenho industrial registrado no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), foi flagrado rodando em testes em Goiânia (GO). As imagens, enviadas pelo leitor Jomar Stabili de Farias, confirmam que a reestilização apresentada na China no primeiro semestre chegará ao país.
A atualização vai além da estética e padroniza o porte do modelo. Agora, todas as versões do Dolphin terão 4,29 m de comprimento. Na prática, a configuração de entrada (GS) ganha os para-choques mais proeminentes da versão Plus. Isso representa um ganho de 17 cm em relação aos 4,12 m do modelo atual, alteração feita para melhorar a absorção de impacto em colisões e a segurança de pedestres.
As fotos enviadas por Jomar confirmam ainda que o Dolphin receberá a suspensão multilink na traseira, atualmente utilizada somente na versão Plus – a configuração GS usa eixo de torção.
O visual ganha linhas mais orgânicas, com novos desenhos internos para faróis e lanternas, além de para-choques redesenhados. Mas é na cabine que o proprietário notará as maiores diferenças de convívio.
A BYD ouviu as críticas sobre ergonomia e refez o console central. O antigo porta-objetos aberto sob a central multimídia dá lugar a um compartimento fechado, e os botões físicos de atalho foram reposicionados. Para limpar o visual, o seletor de marchas saiu do painel e agora é uma haste na coluna de direção, localizada atrás do novo volante.
Essa mudança liberou espaço para uma adição curiosa no console entre os bancos: um carregador de celular por indução e uma pequena geladeira integrada, que também pode funcionar como um compartimento aquecido.
Em termos de conectividade, o quadro de instrumentos digital, antes pequeno demais, cresceu de 5 polegadas para 8,8 polegadas. A tela de 12,8 polegadas continua, mas o sistema agora suporta conexão 5G e deixa de ser giratória. Na China, o modelo estreou o sistema ADAS “God’s Eye” , com três câmeras no para-brisa, radares de ondas de 5 mm e doze sensores ultrassônicos, mas a vinda deste pacote completo ao Brasil ainda não está confirmada.
Nova opção de motor e recarga mais rápida
A renovação do BYD Dolphin na China trouxe uma terceira opção mecânica intermediária, herdada do SUV Yuan Pro. Com isso, a gama de motores do Dolphin 2027 fica escalonada da seguinte forma:
- Entrada: 95 cv e 18,4 kgfm.
- Intermediária (Inédita): 177 cv e 29,5 kgfm.
- Topo de linha: 204 cv e 31,6 kgfm.
O Brasil inicialmente deve seguir com os motores de 95 cv para a versão GS e 204 cv na configuração Plus. Hoje, o Dolphin Plus custa R$ 184.800, R$ 34.810 mais do que o Dolphin GS. Há um espaço para uma versão intermediária, porém vai depender da vontade da BYD de ampliar a linha do hatchback no país ou eliminar a versão de 95 cv para distanciar o modelo do Dolphin Mini (que tem 75 cv).
A gestão de energia também foi aprimorada. A bateria da versão de entrada teve um leve ganho de capacidade, passando de 44,9 kWh para 45,1 kWh, enquanto a opção maior mantém os 60,5 kWh. O destaque técnico, porém, é a potência de recarga em corrente contínua (DC).
O sistema elétrico foi atualizado para aceitar correntes maiores. A bateria menor agora carrega a até 80 kW (antes eram 65 kW), e a bateria maior aceita até 110 kW (antes 80 kW). Isso reduz o tempo de recarga de 30% a 80% para cerca de 25 minutos em qualquer versão.
Embora a BYD esteja acelerando a produção nacional em Camaçari (BA), o foco da planta brasileira no momento está em montar os modelos Dolphin Mini, King e Song Pro. O novo BYD Dolphin 2027 pode seguir importado da China, com a possibilidade de ser nacionalizado quando a fabricante iniciar a próxima fase do complexo na Bahia. A expectativa é que o lançamento ocorra em 2026, já como linha 2027.






