Honda WR-V 2025: como é o SUV que será maior e mais barato que o HR-V
Em testes no Brasil, a nova geração do WR-V será o SUV mais barato da Honda para concorrer com o Toyota Yaris Cross

A primeira geração do Honda WR-V era um Fit com visual mais robusto e foi vendida no Brasil até 2021, mas seguiu em produção na fábrica de Itirapina (SP) até este ano, apenas para exportação a países vizinhos. Mas a nova geração do WR-V marcará a volta do modelo às lojas brasileiras como um SUV compacto maior e mais barato que o Honda HR-V.
O lançamento do novo Honda WR-V no Brasil está confirmado para o segundo semestre de 2025. Será muito próximo do futuro arquirrival Toyota Yaris Cross, mas este já será lançado com versões híbridas.


O novo Honda WR-V roda em testes no Brasil desde setembro. O carro em si é conhecido desde 2023, quando surgiu no Japão como Honda Elevate. No Brasil, cumprirá o papel de SUV da linha City, inclusive compartilhando plataforma com hatch e sedã.
O seu motor também será o mesmo 1.5 com injeção direta que gera 126 cv, sempre casado com o câmbio automático CVT. A versão híbrida flex demorará pelo menos dois anos para ser lançada.

A estratégia será usar o Honda WR-V como uma alternativa mais barata ao HR-V, que hoje parte dos R$ 154.000 e chega aos R$ 201.500. Mas também será maior: tem 4,31 m de comprimento; 1,79 m de largura; 1,65 m de altura; e 2,65 m entre eixos – o mesmo que um Volkswagen T-Cross e 4 cm a mais que o HR-V. O WR-V ainda é 8 cm mais alto que um HR-V, que terá que assumir um posicionamento mais premium.

Como mostra o flagra feito em Campinas (SP) e enviado pelo leitor Gustavo H. Carnib, o novo WR-V nacional terá a mesma grade quadrada, os mesmos faróis afilados e o capô elevado do carro vendido na Ásia.

A traseira reforça como o WR-V será menos ousado que o HR-V. Tem portas mais verticais e, inclusive, com maçanetas em posição normal, coluna C mais larga e suas lanternas em forma de L invertido até são interligadas visualmente, mas por uma barra que não é interligada.
O painel é mais simples, também, sem qualquer relação com o usado por City ou HR-V, a não ser pelo volante e pelo quadro de instrumentos parcialmente digital com tela de 7 polegadas. O modelo asiático ainda em central multimídia com de 10, 25 polegadas e ar-condicionado automático.
O que se pode destacar dentro da cabine do novo WR-V é o espaço proporcionado pelo grande entre-eixos. Ainda tem saídas de ar-condicionado traseiras. Outros equipamentos disponíveis são carregamento de celular por indução, teto solar e sistemas de segurança como o assistente de visão lateral e traseira, assistente de frenagem e de partida em rampa e também o pacote Honda Sensing, com frenagem de emergência e piloto automático adaptativo.
WR-V com mecânica híbrida flex
O conjunto mecânico do City, com motor 1.5 aspirado de 126 cv e 15,8 kgfm e câmbio CVT, estará nas versões mais baratas. A mecânica híbrida e:HEV flex, por sua vez, estará disponível nas versões mais caras em 2027, se tudo der certo.

Hoje até existe um conjunto híbrido na Ásia que combina o um motor 1.5 a gasolina aspirado trabalhando com o ciclo Atkinson – que privilegia eficiência – de 98 cv e 12,9 kgfm. Mas sua função principal é gerar energia para alimentar dois motores elétricos, integrados aos motor e o câmbio, que geram 108 cv e 25,8 kgfm.

A energia gerada pelos dois motores elétricos com o freio regenerativo é armazenada em uma bateria montada na parte traseira e usada posteriormente para a propulsão. Este conjunto, porém, poderá ganhar uma nova geração antes que a produção do WR-V híbrido tenha início no Brasil.
Esse conjunto híbrido é um dos motivos da Honda ter investido R$ 4 bilhões no Brasil. Tudo indica que o HR-V também ganhará versão híbrida equivalente.