Se antes pairavam dúvidas quanto ao fim do Honda Fit, recentes flagras obtidos por QUATRO RODAS reforçam a informação de que o novo City Hatch se prepara para ser vendido no Brasil, substituindo o longevo monovolume. A poucos meses do seu lançamento, previsto para o começo de 2022, o modelo já começa a aparecer nas ruas brasileiras sem muito disfarce.
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Um dos primeiros “contatos imediatos” com o modelo ocorreu na cidade paulista de Americana, onde o leitor Thiago Gomes Rodrigues teve a sorte de cruzar com um zebrado despretensioso e foi ágil nas fotos.
Elas não deixam dúvida quanto à intimidade do mascarado, lançado no mercado tailandês ao final de 2020. Dando pistas do que haverá no Brasil vale olhar para a Ásia, onde o City Hatchback é vendido em duas versões — uma delas híbrida, equipada com motor 1.5 e dois elétricos, como o novo Accord brasileiro.
Esse é o City Hatchback e:HEV, que atinge 109 cv e 25,5 kgfm movido pela dupla elétrica, já que o 1.5 de quatro cilindros não impulsiona o modelo, mas apenas recarrega as baterias quando necessário. A eficiência do sistema não exige mais do que seus impressionantes 28 km/l como prova de economia.
O modelo que chegará ao Brasil num primeiro momento (se não em definitivo) é, na verdade, o City Hatch equipado apenas motor 1.5 aspirado; mas não o velho i-VTEC de 116 cv e 15,3 kgfm vendido no Brasil e usado para recarregar as bateria do híbrido.
Nessa nova unidade de 130 cv saem a injeção multiponto, o cabeçote com comando simples e variação na admissão e os tuchos mecânicos, dando lugar ao novo cabeçote com duplo comando de válvulas variável, tuchos hidráulicos e injeção direta flex usado no Fit europeu (Honda Jazz). O câmbio CVT com simulação de sete marchas seguirá o mesmo.
Na Tailândia, o Honda City Hatchback é vendido nas versões S+, SV e RS, que custam entre os equivalentes a R$ 94.430 e R$ 118.000, respectivamente. A grande mudança em relação ao City sedã é no porta-malas, já que o entre-eixos e grande parte da mecânica é idêntica.
Bem equipado e sonhando em ser um hot hatch, o City caçula também oferece pacote de estética esportiva opcional. Seus itens de série fazem jus à filosofia da Honda, sempre valorizando a ação humana sobre a máquina. Portanto a tecnologia é bem aproveitada em itens de segurança e automação veicular, mas sem que o modelo seja repleto de telas e conectividade.
Ainda que a escassez de matérias-primas torne qualquer previsão mais especulativa do que nunca, a Honda deverá lançar o City Hatch ainda no primeiro trimestre de 2022, poucos meses após a chegada da nova geração do sedã compacto.
No primeiro momento a dupla usará apenas o motor 1.5 aspirado — questão de tempo e confiança para que o 1.0 turbo usado na Tailândia, com 122 cv também seja usado no Brasil em versão flex.
A estratégia servirá para manter o Hatch na briga contra semelhantes e SUVs compactos, enquanto o sedã compete contra Fiat Cronos, Chevrolet Onix Plus, Hyundai HB20s e Volkswagen Virtus, entre outros.
Quase simultaneamente o novo Honda Civic será importado do Canadá com um 1.5 turbo de 182 cv — em versão única e bem posicionado entre City e Accord o icônico modelo buscará se reabilitar no derby contra o Toyota Corolla e outros sedãs médios, cada vez mais à frente.
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