Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o novo presidente da Ford para o Brasil e a América do Sul, Daniel Justo, confirmou que a nova geração da Ford Ranger será fabricada na Argentina e, por consequência, lançada no Brasil. O executivo ainda confirmou para 2022 o lançamento da picape Maverick, com porte da Fiat Toro.
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Justo ainda acrescentou que o foco da Maverick será em um público mais interessado por tecnologia, e também pelas dimensões e pelo comportamento dinâmico da picape, que, por ter carroceria monobloco (como a Toro) promete sensações mais próximas dos carros de passeio.
QUATRO RODAS antecipou que a Ford Maverick tem duas versões escaladas para o Brasil: a XLT e a topo de linha Lariat, ambas com o motor 2.0 EcoBoost (253 cv/38,3 kgfm), câmbio automático de oito marchas e, claro, tração integral. É, basicamente, a mecânica do Bronco Sport.
Com 5,08 m de comprimento e 3,08 m de entre-eixos (9 cm a mais que uma Toro), seu porte é quase de picape média, fazendo do espaço interno um diferencial.
A Lariat brasileira terá o pacote off-road FX4, com rodas de aro 17 exclusivas, pneus de uso misto, suspensão elevada e recalibrada, radiador e ventoinha mais eficientes e protetor de cárter, enquanto a XLT ficará de olho em quem precisa de picapes para trabalhos mais pesados.
Por ser fabricada no México, a Maverick (que é o Ford mais barato dos EUA, onde já teve 100.000 encomendas) terá isenções fiscais, mas, como o Bronco Sport mostrou bem, isso não basta para que a caçula tenha preço competitivo por aqui.
A tendência é encontrá-la na faixa de preço imediatamente abaixo das novas Ranger diesel, onde anos atrás havia a Ranger 2.5 flex. O lançamento em 2022 no Brasil é uma certeza, mas o período do ano não. Tudo vai depender da disponibilidade de produção no México.
Nova geração da Ranger será revelada em 2022
Desta vez, a picape média da Ford dividirá a plataforma com a próxima encarnação da Volkswagen Amarok – que, segundo os próprios alemães, só continuará existindo por conta do acordo com os norte-americanos. Por outro lado, a Amarok será fabricada apenas na África do Sul para mercados de África, Europa e Oriente Médio.
A Ranger, sim, seguirá em produção na Argentina. A confirmação da nova geração foi feita como forma de reforçar a presença da Ford na América do Sul após o fechamento das fábricas da Ford no Brasil.
Há expectativa por uma evolução mecânica que faz sentido quando olhamos para uma linha de modelos com a Maverick no andar abaixo. Saem os motores turbodiesel 2.2 (160 cv) e 3.2 (200 cv) e chegam os mesmos conjuntos que já são utilizados pela F-150 nos EUA: quatro-cilindros 2.0 turbodiesel de 213 cv e 50,9 kgfm e o V6 3.0 turbodiesel de 253 cv e 61,1 kgfm nas mais caras.
Também será notável uma coesão entre o visual de Ranger e Maverick. Dá para reconhecer os grandes faróis interligados à grade do motor, os apliques de plástico nos para-lamas dianteiros e um pequeno entalhe nas janelas das portas traseiras. No caso particular da Ranger, também há caixas de rodas bem mais volumosas e salientes.
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