O mês de setembro vai chegando ao fim e com ele a certeza de que o Fiat Pulse foi mais uma vítima da crise de abastecimento que assola a indústria global. Mesmo assim, o lançamento do SUV compacto da Fiat segue próximo e sua versão mais cara foi flagrada por QUATRO RODAS neste domingo (19).
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A captura do carro, quase inteiramente projetado em Betim (MG), ocorreu na Avenida do Contorno, a mais belorizontina das vias públicas. Além de mostrar novos detalhes do possível 1.0 mais potente do Brasil também serviu para confirmar outra informação adiantada por QUATRO RODAS no que diz respeito às versões do carro.
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Fiat Pulse 1.3R?
Ao contrário do que apostávamos o Pulse topo de linha será o modelo Impetus, sempre com câmbio automático e motor 1.0 turbo de 20,4 kgfm rigorosamente igual em torque ao grande rival, o Volkswagen Nivus.
A confirmação vem do emblema do carro, exibido pela primeira vez, assim como a completa ausência de camuflagem. Desse modo sabemos, consequentemente, que o Pulse intermediário será o modelo Audace, precedido pelo Pulse Drive e o Pulse MT.
O flagra em um pacato domingo mineiro torna ainda mais fácil imaginar o duelo entre SUVs compactos de Fiat e Volks, dado que a cor do Pulse flagrado por QUATRO RODAS tem esquema bicolor parecido com o cinza Moonstone com teto em preto Ninja do SUV cupê da VW.
E se os alemães abriram mão de equipar o seu utilitário com motor mais potente, apurações exclusivas garantem que, no ano que vem, chegará um Pulse para suprir a lacuna da concorrência, com motor 1.3 turboflex de 185 cv que equipa Jeep Compass, Fiat Toro e o inédito Fiat Fastback.
Visão de quem viu
Tratando-se da versão mais cara do SUV, o Fiat Pulse Audace T200 busca justificar o preço estimado em mais de R$ 110.000 com atenção e capricho aos detalhes estéticos, que incluem peças cromadas e conjunto luminoso cujas DRLs grossas serão identificadas facilmente nas ruas.
Os espelhos retrovisores em preto escondem discretas câmeras, que auxiliarão em mudanças de faixa e estacionamento, além dos repetidores de setas. O emblema da Fiat gravado no vértice superior esquerdo deverá ser iluminado para servir como indicador de pontos cegos.
Outros detalhes que chamam atenção estão atrás, onde um difusor em tons acinzentados (com equivalente na dianteira) dá mais estilo ao carro assim como os escapes duplo, que são parcialmente estéticos com apenas o lado esquerdo realmente emitindo gases.
O rack de teto também revelou estruturas que serão compatíveis com o catálogo de acessórios da Mopar e que, junto ao controle de tração avançado, permitirão explorar um lado mais aventureiro do SUV compacto.
Nem tudo são flores, e o entre-eixos de meros 2,53 m (apenas 1 cm maior que do compacto Fiat Argo e 3 cm menor que o do Nivus) tende a ameaçar o espaço interno do carro. À primeira vista parece mesmo pouco, e o ocupante da dianteira mostrava-se apertado no utilitário.
Longa gestação
Após meses de suspense e aparições discretas, o Fiat Pulse deu as caras no longínquo mês de maio, quando ocorreu a final do Big Brother Brasil 21. Lançado no último episódio do reality, o SUV vem sendo revelado a conta-gotas através de ações de marketing como a que decidiu seu nome em votação.
Com quase um semestre de publicidade parcial, entretanto, nota-se irritação dos mais apaixonados pelo carro, que já trocam juras de amor por críticas nos fã-clubes virtuais. A
inda que seja pouco transparente acerca de sua estratégias, a Fiat parece vítima, como todas as concorrentes, da falta de semicondutores, que vem tornando a fabricação de um carro esforço gigantesco.
Líder de vendas, a italiana é a única, ao lado da irmã Jeep, que não paralisou sua produção em algum momento de 2021, algo que mesmo fontes internas ouvidas por QUATRO RODAS classificaram como “inexplicável” e “espetacular”.
De fato vem sendo, mas o risco de que a conta chegue justo na hora H parece cada vez mais real. Estima-se que o novo Fiat Pulse possa sofrer do mesmo mal que acomete o Jeep Commander e o Hyundai Creta, recém-lançados mais ainda em pré-venda por falta de estoques.
No caso do Commander fez-se um lote inicial de 500 unidades, com esperanças de que logo a produção consiga suprir a demanda do elogiado carro. No caso do Creta houve ainda mais arrocho, com algumas dezenas fabricadas para o lançamento mas sem vendas abertas até o final do ano.
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