Anti-Dolphin? Citroën C3 elétrico desembarca no Brasil para testes

O Citroën e-C3, versão elétrica do compacto, foi apresentada na Índia em fevereiro. Mas há uma versão mais refinada, destinada ao mercado europeu, ainda em desenvolvimento para ser apresentada ainda em outubro. Uma unidade, porém, já está no Brasil.

Flagra publicado pelo jornalista João Anacleto (@janacletos) revela que um Citroën e-C3 desembarcando no aeroporto de Viracopos, aparentemente importado da Itália. A maçaneta do tipo alça indica que se trata do carro destinado ao mercado europeu e o papel no vidro já adianta que o carro é destinado a testes dinâmicos.

Isso é uma boa notícia. É sinal de que, caso venha ao Brasil, será na configuração europeia, que vem sendo desenvolvida com o objetivo de frear a ofensiva dos carros elétricos chineses na Europa. Estão na mira carros como o BYD Dolphin e o GWM Ora 03.

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A intenção da Citroën é fabricar o e-C3 na Europa como um carro elétrico de baixo custo para o mercado local, destinado a concorrer também com o o Dacia Spring (irmão do Renault Kwid e-Tech), que é fabricado na China. Seu projeto ainda servirá de base para a nova geração do Fiat Panda.

Uma das vantagens do Citroën e-C3 seria o tamanho e o espaço interno, além do preço: em entrevista à imprensa europeia em julho, o CEO da Citroën, Thierry Koskas, disse que o compacto elétrico terá preço abaixo dos 25.000 euros (R$ 136.200, no câmbio atual).

Na Índia, o Citroën e-C3 tem poucas diferenças na comparação com o modelo a combustão. É mais pela ausência de escape, pela bateria montada sob o assoalho e ainda um pouco aparente e pela ausência de alavanca de câmbio, trocada por botões no console.

Mas é possível que a versão europeia tenha outro motor e outras baterias, dadas as limitações do projeto. Também é muito mais barato: são duas versões, Feel e Live, que chegam por montantes entre 1,15 e 1,24 milhão de rúpias, equivalentes a R$ 72.200 e R$ 78.020.

Seu motor motor é um síncrono de ímãs permanentes, com 57 cv e 14,6 kgfm. São especificações voltadas para o uso urbano, tanto que o e-C3 indiano tem velocidade máxima de 107 km/h e a aceleração declarada é de 0 a 60 km/h, no qual o modelo marca 6,8 s.

Entre outros detalhes, o modelo tem suas baterias refrigeradas a ar (ao invés de algum líquido refrigerante). Isso, na prática, faz com que a previsão de autonomia do carro varie mais bruscamente; o alcance declarado, em ciclo MIDC, é de 320 km, provavelmente maior do que a vida real.

Em corrente contínua, é possível carregar as células de 10% a 80% em cerca de 57 minutos. Na tomada residencial, levá-las de 10% a 100% leva cerca de 10h30. As baterias têm garantia de 7 anos ou 140.000 km, o que vier primeiro. O motor elétrico tem 100.000 km ou 5 anos e o veículo em si tem 3 anos ou 125.000 km