Maserati, 100 anos
Marca foi fundada pelos irmãos Alfieri, Ettore e Ernesto Maserati em 1914
Foi em 1º de dezembro de 1914 que os irmãos Alfieri, Ettore e Ernesto Maserati fundaram a oficina familiar em sua cidade natal, Bologna. O objetivo era o de produzir os carros de corrida, para uso próprio e a renda da família vinha da produção de velas de ignição e baterias. Esse foi o embrião da futura equipe de corrida, que chegou a disputar provas de Fórmula 1, e à fabricante de esportivos requintados de rua que hoje conhecemos.
Em 1937 ela foi vendida e seu novo dono, Adolfo Orsi mudou as instalações para Modena em 1940, em plena Segunda Guerra Mundial. Durante o conflito, a empresa produziu só velas de ignição e baterias – e veículos elétricos que as usavam. Depois do conflito, começou a produção de carros de passeio, de forma artesanal. Em 1947 foi apresentado o A6, que já causou ótima impressão com sua carroceria Pinifarina. Ainda nos anos 50 a marca se dedicaria quase que exclusivamente aos carros de passeio – passeios sempre velozes, e importante frisar.
O primeiro modelo produzido em série pela Maserati foi o 3500GT, em 1957. Mas um calote do governo da Argentina, que havia comprado um grande lote de máquinas industriais, colocou a marca na berlinda. O sucesso de modelos como o Mistral e o Ghibli fizeram com que as dívidas pudessem ser roladas junto aos bancos e fornecedores, mas em 1968 a família Orsi não pensou duas vezes quando recebeu uma oferta da Citroën.
A gestão dos franceses durou pouco, mas gerou modelos interessantes como Bora, Merak e Khamsin. Mas a crise do petróleo virou a maré de vendas favorável e as dívidas que ainda estavam acumuladas, levaram a Maserati para o processo de liquidação em 1975. Depois de uma grande mobilização dos funcionários, o governo italiano interviu, criou uma holding pública e se associou a Alejandro De Tomaso, que passou a comandar a companhia.
A era De Tomaso começou com o Maserati Biturbo, que deveria competir com o BMW Série 3, mas as dificuldades financeiras se refletiam na qualidade dos carros. Com as vendas titubeando, a Maserati se afundou em dívidas novamente e De Tomaso vendeu seus 49% para a Fiat em 1988, que em 1993 comprou o restante do governo italiano e assumiu o controle de 100 da Maserati.
Sob o comando da Fiat, a Maserati relançou o Quattroporte em 1994, focando no mercado dos sedãs de luxo. Três anos depois, a Maserati foi colocada sob o comando da Ferrari (quer também pertence ao grupo Fiat) e então conseguiu renascer definitivamente, consolidando-se no mercado de esportivos luxuosos, criando modelos como o 3200GT, o superesportivo MC12 e o renascido Ghibli, fazendo jus ao legado da marca, tanto nas pistas quanto nas estradas.
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