Desde 2021 o Volkswagen Jetta chega ao Brasil apenas na versão GLI, topo de linha e única equipada com o motor 2.0 TSI de 231 cv e câmbio DSG de sete marchas. Mas isso não quer dizer que o interesse pelo sedã médio tenha diminuído. Pelo contrário: mesmo custando R$ 232.390, faltam carros para todos os interessados.
Recente publicação da Volkswagen sobre o Jetta GLi no Instagram se tornou um imã de reclamações de clientes sobre a disponibilidade do modelo. São comentários reclamando da indisponibilidade do carro nas lojas, das longas filas de espera e até de quem acabou optando por um usado após tanto esperar.
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Procurada, a Volkswagen disse estar ciente dos problemas e explicou que ocorrem devido a alta demanda pelo carro. A montadora acrescenta dizendo que nas próximas semanas a situação será regularizada.
A falta do sedã médio importado do México foi confirmada por três redes de concessionárias da cidade de São Paulo. Na Carrera, disseram que o Volkswagen Jetta nunca esteve disponível à pronta entrega e que o tempo de espera está ao redor dos três meses. A concessionária Zamora endossou, mas sem informar sobre fila de espera.
A situação parece ser pior na Amazon. Segundo a rede, também não há unidades à pronta entrega e existem clientes esperando pelo carro há pelo menos quatro meses. O lojista acrescentou dizendo que não estão recebendo novas encomendas, justamente pela falta do carro, e que o problema ocorre desde setembro, antes mesmo da versão 2023 ser lançada.
A falta de carros fica evidente pelo número de emplacamentos. Em setembro de 2022 apenas 5 unidades do VW Jetta foram emplacadas no Brasil, número que subiu para 37 em outubro, 65 em novembro e caindo a 31 carros em dezembro. Fechou 2022 com apenas 548 carros emplacados.
A linha 2023 do Volkswagen Jetta foi lançada no Brasil em dezembro, apenas seis meses depois de receber uma leve reestilização. O sedã ganhou uma série de equipamentos de segurança, como assistente ativo de mudança de faixa (com alerta e correção) e assistente de condução ativo (com centralizador de faixa e monitoramento da condução) e frenagem automática com detecção de pedestres, não mais apenas de veículos.
Mas, de fato, nem o seu lançamento foi capaz de aquecer os números de emplacamentos. Foram 15 emplacamentos em janeiro, 53 em fevereiro e 145 em março, recuando para 61 carros em abril. Mesmo assim, faltam carros para todos os interessados no sedã médio mais potente do Brasil.