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Volvo EX90 é um dos carros mais tecnológicos da história e vem ao Brasil

“Supercomputador” sobre rodas, SUV chega para acelerar transição elétrica da Volvo e desfilar performance com 517 cv e 92,8 kgfm

Por Eduardo Passos, de Estocolmo (Suécia)
Atualizado em 10 nov 2022, 13h16 - Publicado em 9 nov 2022, 11h46
Volvo EX90
Volvo EX90 (Divulgação/Volvo)
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Com pompa e presença de jornalistas de todos os continentes, a Volvo apresentou o novo EX90, SUV elétrico de sete lugares que substituirá o XC90. A proporção do evento faz jus ao modelo, que impressiona em vários aspectos mas, principalmente, na tecnologia.

O EX90 estreia o chip Drive Orin, da Nvidia. Com tamanho semelhante a um cartão de crédito, a peça substitui o que, em um carro convencional, seriam dezenas de sensores que monitoram parâmetros do motor, central multimídia, airbags, recursos de auxílio à direção, pressão dos pneus e por aí vai.

Volvo EX90
Volvo EX90 (Divulgação/Volvo)

Os 280 trilhões de cálculos que o EX90 faz por segundo, entretanto, não são os únicos números impressionantes do modelo: a bateria de 111 kWh pode alimentar uma casa por semanas e garante autonomia de 600 km em ciclo WLTP. A versão inicialmente disponível, com um motor em cada eixo, tem fartos 517 cv e 92,8 kgfm. 

Fabricado nos Estados Unidos e China, o EX90 chegará ao Brasil no primeiro trimestre de 2024, substituindo o atual carro-chefe da Volvo no país, o XC90.

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Volvo EX90
Volvo EX90 (Divulgação/Volvo)

Uma nova era

A mudança na nomenclatura da linha SUVs da Volvo não é mero marketing, mas sim algo mais simbólico. Começando com o EX90, a sueca revelará um modelo 100% elétrico por ano, de modo que, em 2030, não venda mais nenhum carro zero-km com motor a combustão.

Dessa forma, o novo modelo chega para marcar (e acelerar) essa transição. Pessoalmente, o EX90 é mais disruptivo no visual do que parece, aproveitando elementos dos Volvo elétricos e os explorando com mais intensidade. É o caso do painel que substitui a grade: no C40, por exemplo, ela é menor e separada do resto do capô; no EX90, ela faz parte do para-choque. Como a transição elétrica da Volvo já é intensa, é como se os suecos não precisassem mais “fingir” em seus BEVs, unindo forma a função de maneira mais atrevida.

Volvo EX90
Volvo EX90 substituirá o XC90 (Divulgação/Volvo)

Isso também vale para as peças de iluminação dianteiras, formadas por pequenos retângulos de leds que funcionam como DRLs e, quando o motorista aciona os faróis, se recolhem. Na traseira, tão ousada quanto, há lanternas em C que se opõem e são completadas por pontilhados luminosos onde ficariam, normalmente, luzes verticais da família XC.

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Ultimate Thor Hammer Headlight Animation
Quando o motorista aciona os faróis, as DRLs se recolhem para que o projetor apareça (Divulgação/Volvo)

Por dentro, a mudança é tão radical quanto minimalista, e a tela de 14,5’’ chega “turbinada” pelo Google, prometendo ser uma das melhores centrais multimídia do mundo. O quadro de instrumentos é flutuante e bem horizontalizado, enquanto o volante tem botões sensíveis ao toque que aparecem apenas quando o carro está ligado.

Volvo EX90
Volvo EX90 é o primeiro de uma família que ainda terá o EX60 e o EX40, entre outros (Divulgação/Volvo)
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Tecnologia inédita

Para compreender a revolução tecnológica promovida pelo EX90, é preciso lembrar que, para criar bons carros autônomos, as montadoras precisam criar, antes, “cérebros artificiais” que compreendem o trânsito tão bem quanto um motorista humano.

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Volvo EX90
Volvo EX90 (Divulgação/Volvo)

É aí que entra a Nvidia, cuja parceria com a Volvo já foi explicada antes por QUATRO RODAS. Na prática, os mais diversos chips e sistemas eletrônicos do carro serão concentrados no inédito chip Drive Orin. Como ele concentra absolutamente todas as funções do carro, é possível cruzar em tempo real os mais diferentes aspectos de modo inédito. Além dela, a Qualcomm se junto aos suecos para fornecer o Snapdragon Cockpit, que deve elevar a fluidez e capacidade das interfaces do modelo.

Versão Beta
Note: quando o infográfico acima foi feito, o EX90 ainda não tinha nome definitivo e a capacidade de cálculo do Drive estava limitada a 254 trilhões de operações por segundo, “apenas” (Arte/Quatro Rodas)

O potencial é tão grande que a própria marca assume não haver como extraí-lo ao máximo… Ainda, pois a inteligência artificial permitirá que o EX90 siga aprendendo. Assim, à medida que os engenheiros da Volvo desenvolvem melhores softwares e a inteligência artificial é alimentada por dados que vêm de motoristas ao redor do planeta, uma mesma unidade do carro seguirá evoluindo, eventualmente chegando à condução autônoma.

Volvo EX90
Volvo EX90 (Divulgação/Volvo)
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Enquanto isso não acontece, o SUV usará a inteligência artificial para prever a mente do motorista, exibindo informações antes que elas sejam solicitadas, por exemplo. Os algoritmos, claro, também servem à segurança, e a câmera instalada no painel conseguem, segundo a fabricante, medir o nível de concentração do motorista e até o seu estado de eventual embriaguez apenas pelo olhar.

Caso esteja distraído, o condutor sentirá cutucões através dos bancos e do volante; caso ele durma ou passe mal ao volante, por exemplo, o carro consegue parar em local apropriado e chamar serviços de emergência automaticamente.

Volvo EX90
Volvo EX90 tem cerca de 48 kg de materiais reciclados em seu interior (Divulgação/Volvo)

Por fim, há a preocupação de que toda essa imensidão de informações seja compreendida pelo motorista. Para tanto, os suecos fizeram a parceria com a Epic Games, a fim de utilizar o motor gráfico Unreal Engine. Em termos gerais, é a tecnologia dos videogames com gráficos mais fiéis do mundo sendo usada no head-up display e nas telas do carro.

Cidadão exemplar

Para que tamanha “empatia” com as causas ambientais e sociais fizessem sentido, a Volvo afirma ter calculado cada detalhe do EX90 pensando no coletivo. Além de materiais nos tapetes e estofamento, por exemplo, que totalizam 48 kg de plásticos reciclados, o SUV tem 15% do seu aço e 25% de seu alumínio reaproveitados de alguma fonte.

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Volvo EX90
Volvo EX90 (Divulgação/Volvo)

Outro aspecto importante é a capacidade que o EX90 tem de enviar energia ao sistema elétrico, e não apenas consumi-la — aspecto significativo quando as baterias de 111 kWh equivalem ao consumo de uma casa brasileira ao longo de quatro semanas, aproximadamente.

É algo que tende a ser regra no mundo do futuro, onde haverá maior variação na oferta de energia por conta do avanço de fontes renováveis. Assim, para equalizar oferta e demanda, os carros servirão como powerbanks gigantes: em momentos como a madrugada (menor demanda), será possível encher a bateria gastando menos.

Caso haja pico de consumo e o EX90 esteja ligado aos carregadores, o carro pode vender energia à rede, utilizando sua inteligência artificial para identificar o quanto pode ser descarregado sem comprometer os planos do dono no dia seguinte. São funções já inseridas no utilitário, mas que precisarão de leis locais para serem liberadas.

Volvo EX90
Volvo EX90 (Divulgação/Volvo)
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