Criado para ser o concorrente direto do Jeep Compass, o Volkswagen Tarek deverá chegar ao Brasil atrasado, apenas em 2021.
O SUV compacto-médio estava entre os 18 lançamentos da Volkswagen programados para chegar às lojas até o final de 2020. Mas a Volkswagen Argentina já avisou que o Tarek só entrará em produção no país vizinho em 2021.
A informação foi divulgada justamente durante um anúncio de investimento de US$ 650 milhões na fábrica de General Pacheco, província de Buenos Aires, onde o Tarek será fabricado.
O SUV ocupará a linha de montagem que até o início deste ano era ocupada pelo SpaceFox. Para isso, porém, todo o ferramental será substituído.
Haverá uma nova área de pintura (que será a base d´agua e sem primer) e nova esteira transportadora para as carrocerias deslizante, que substituirá as montadas no teto.
A automatização da linha passará de 30% para 65% e a capacidade, de 85.000 para 120.000 unidades/ano – ainda que a projeção para 2019 seja de 53.000 unidades, majoritariamente preenchidas pela picape Amarok.
A partir do primeiro quadrimestre de 2020, algumas unidades do SUV serão montadas ali, mas serão todas pré-série. Esse rearranjo tem motivo: o Tarek será o primeiro carro com plataforma MQB (no caso a MQB-A1) fabricado na Argentina.
De lá, abastecerá toda a América Latina, com exceção do México, que produzirá o Tarek também para abastecer os EUA e o Canadá quase que simultaneamente.
Procurada por QUATRO RODAS, a Volkswagen informou que não comentará o assunto.
Nome não está definido
Em entrevista ao Autoblog Argentina, o gerente executivo encarregado do lançamento do SUV, Leonardo Ezcurra, disse que sequer o nome “Tarek” está definido para o modelo.
“Nós nos referimos a ele como Projeto Tarek, mas ainda não está decidido se conservará esse nome para o lançamento comercial. Essa decisão será tomada mais perto do início da produção, prevista para 2021, alertou.
Ezcurra também confirmou que o Projeto Tarek será posicionado entre o T-Cross e o Tiguan, com duas ou três versões,, e que seu motor será o 1.4 TSI de 150 cv combinado com câmbio automático de seis marchas da Aisin.
A tração será dianteira, o que descarta em um primeiro momento a opção de tração integral disponível na China para o Tharu, gêmeo do Tarek. “[A tração integral] é uma alternativa que está em estudo”, disse o executivo ao mesmo site.
O gerente adiantou ainda algumas diferenças que o Tarek terá em relação ao Tharu, determinadas por clínicas com consumidores.
O carro terá menos cromados na carroceria, além de linhas de caráter reforçadas na frente e na traseira para ostentar um design mais agressivo. Um alento para quem acha o Tharu genérico.