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Volkswagen do Brasil cooperou com a ditadura militar, diz jornal

Fabricante teria repassado informações de funcionários que acabaram presos e torturados por se oporem ao regime

Por Redação
Atualizado em 26 jul 2017, 18h08 - Publicado em 26 jul 2017, 17h37
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  • Paralisação na fábrica da Anchieta
    Segundo investigação da imprensa alemã, matriz da VW tinha ciência da cooperação de sua filial com a ditadura militar brasileira (Divulgação/Volkswagen)

    A cooperação da Volkswagen com a ditadura militar brasileira foi maior do que se imaginava, afirmou nesta segunda (24) o jornal alemão Süddeutsche Zeitung em reportagem feita junto com as emissoras NDR e SWR.

    Segundo os veículos, operários foram presos dentro das instalações da empresa e funcionários do departamento de segurança da montadora passavam informações aos funcionários do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social).

    A notícia vem quase três anos após um relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV) revelar que chegaram a ocorrer casos de tortura dos funcionários opositores ao regime militar dentro da fábrica de São Bernardo do Campo (SP). Na ocasião ainda não se sabia a extensão da colaboração da empresa com o regime.

    Após ter acesso a documentos confidenciais brasileiros e alemães, a imprensa alemã afirma que a matriz da Volkswagen também tinha conhecimento do repasse de informações de sua filial para os militares. “Operários eram presos na planta da fábrica e, em seguida, torturados: a colaboração da Volkswagen com a ditadura militar brasileira foi, aparentemente, mais ativa do que antes presumido”, afirmou o Süddeutsche Zeitung.

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    No ano passado a Volkswagen alemã contratou o historiador Christopher Kooper para uma investigação interna com o objetivo de apurar até onde a operação brasileira trabalhou junto à ditadura. Kooper afirmou à imprensa alemã que “o departamento de segurança atuou como um braço da polícia política dentro da fábrica” e teria permitido ou contribuído para as detenções ao compartilhar informações de seus funcionários com os militares.

    A investigação também obteve memorandos internos da Volkswagen do Brasil e sua matriz referentes à prisão de seus colaboradores. Pelos papeis, o conselho da empresa na Alemanha sabia da colaboração desde 1979, pelo menos. A ditadura militar brasileira durou de 1964 até 1985.

    A Volkswagen alemã não deu declarações à imprensa local e afirmou que irá aguardar o término de sua investigação interna. Já a Volkswagen do Brasil não deu um posicionamento a respeito do caso até a publicação desta matéria.

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    A região do ABC paulista, onde fica a principal planta da VW no país, é famosa por ter sido o berço de movimentos sindicais que geraram nomes importantes da política atual, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2014, foi divulgado que outras montadoras da região – como Ford, Toyota e Mercedes-Benz – também haviam colaborado com o regime militar.

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