VW confirma sucessor do Gol e versões GTS de Polo e Virtus
Dos 18 lançamentos adiantados pela fabricante até 2020, apenas um não deverá chegar no Brasil
O presidente da Volkswagen para América do Sul e Brasil, Pablo di Si, já havia confirmado uma série de lançamentos para o mercado local até 2020 durante a prévia do novo Virtus.
Agora, uma apresentação para algum mercado latino-americano, divulgada pela página Ferd, revelou quais serão estas novidades.
A imagem foi divulgada na festa de fim de ano da Volkswagen Argentina. Chama atenção a sigla GTS ao lado de Polo e Virtus. Tanto o hatch como o sedã resgatariam a versão que fez sucesso com o Gol há exatamente 30 anos.
Historicamente, os GTS estão imediatamente abaixo dos GTI. Se na Europa o Polo GTI tem motor 2.0 de 200 cv e câmbio DSG de dupla embreagem, é plausível um Polo GTS com motor 1.4 TSI flex de 150 cv (que é fabricado no Brasil) com o mesmo câmbio automático de seis marchas das versões 1.0 TSI.
O Virtus receberia o mesmo conjunto mecânico, juntamente com algumas melhorias no acabamento e nos equipamentos de série.
Modelos que aparecem ao lado na apresentação já são conhecidos. As novas versões do Fox já estão à venda no Brasil e Saveiro e T-Cross são, respectivamente, a picape e o SUV compacto derivados da plataforma MQB A0, a mesma de Polo e Virtus.
Vale dizer que a sigla “NF” vem de Neue Familie, ou nova família em alemão. Ela indica nova geração dos modelos e volta a aparecer no novo Jetta, que será apresentado em meados de janeiro no Salão de Detroit, mas já teve imagens reveladas. Maior, ele será fabricado no México e deve chegar ao Brasil até o final de 2018.
Dois modelos que chegam ao Brasil no início do ano são o Golf PA (reestilizado) e o Tiguan de nova geração. A imagem confirma que o Golf permanecerá com produção nacional, na fábrica de São José dos Pinhais (PR), mas o Tiguan virá do México pela primeira vez – hoje ele é importado da Alemanha.
O Tiguan será vendido por aqui apenas com sete lugares e estreia a plataforma modular MQB e o motor 2.0 de 190 cv combinado ao câmbio automático de oito marchas. É o mesmo conjunto mecânico do novo Audi A4. Já o Golf terá alterações cosméticas no design e receberá equipamentos. Sua versão perua (Variant) será reestilizada e continuará vindo do México.
A lista também revela o “CUV A0”, que seria o SUV compacto que será posicionado abaixo do T-Cross. Este projeto tem origem no Taigun, o SUV que nasceria da plataforma do Up!. O SUV compacto deve chegar ao mercado em 2020 com os conjuntos motor/câmbio com o recém-apresentado Polo: 1.0 MPI com câmbio manual de cinco marchas e 1.0 TSI com caixa automática de seis velocidades. A tração seria dianteira nos dois casos.
Os Gol AQ e Voyage AQ não indicam mudanças no hatch e no sedã. A sigla indica apenas que os dois compactos receberão o câmbio automático AISIN AQ-250-6F, com seis marchas e função Tiptronic. É o mesmo câmbio automático dos demais Volkswagen, e que será opcional nas versões Comfortline. Contudo, manterá o velho motor 1.6 8V de 104 cv.
Mas a apresentação já sinaliza que a atual geração do Gol não irá muito longe. Seu sucessor é o chamado A00. A sigla indica que a base do novo compacto da Volkswagen será uma variante menor da plataforma MQB A0 do Polo.
Faz sentido: o Polo tem 4,05 m de comprimento quando o Gol tem 3,89 m. A nova geração do Gol poderá crescer sem encostar no Polo, mas ainda assim se valer de todos os avanços técnicos da já validada arquitetura MQB. Ao que tudo indica, o projeto A00 será o último dos lançamentos previstos nesta apresentação.
Completam a lista o Passat reestilizado, o SUV grande Atlas, fabricado nos Estados Unidos e que não deverá ser vendido no Brasil, a Amarok (possivelmente a versão V6, que será lançada este mês) e o Tarek. Este último será um SUV médio de cinco lugares derivado do Skoda Karoq e será posicionado abaixo do Tiguan. Seu lançamento está previsto para 2019.
Mas há faltas lamentáveis na lista. O belíssimo Arteon, sedã com trejeitos de cupê derivado do Passat, e a nova geração do Touareg (que será apresentada em março) não foram contemplados. Também é possível garantir que a Parati não terá uma nova geração. Não nos próximos dois anos.