Um incêndio causou na última semana um grande estrago no estacionamento do Festival Andanças em Portalegre, em Portugal. Sem qualquer registro de feridos, o incêndio teve como saldo negativo 422 carros destruídos, fora a dor de cabeça aos proprietários (e seguradoras).
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Segundo informações do jornal português Público, as causas do incêndio ainda estão sendo apuradas, mas há indícios que o fogo começou num veículo estacionado no parque onde ocorreu o festival. De acordo com relatos iniciais dos bombeiros que atenderam a ocorrência, o incêndio teria sido provocado por uma explosão nesse carro, com o fogo se alastrando rapidamente pela vegetação seca do local.
A investigação será crucial, pois definirá quem será responsável por pagar o (extenso!) prejuízo causado aos proprietários dos 422 carros incendiados. Segundo Rita Rodrigues, da Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores (Deco), a dimensão do acidente levará até as seguradoras a criarem regras próprias e excepcionais para este caso.
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Dos proprietários dos veículos afetados pelo incêndio, os que tiverem seguro com cobertura contra todos os riscos poderão ficar tranquilos. O curioso é que, segundo o presidente do Automóvel Clube de Portugal, os condutores que possuem esse tipo de apólice (cobrindo roubo, furto, colisão, incêndio, etc) representam apenas 10% da população habilitada no país. Os portugueses têm o hábito de contratarem apenas seguro contra terceiros. “Eles ficarão dependentes da apuração da causa do incêndio e dos seguros que existirem”, acredita Rita Rodrigues.
A solução mais provável para esse grande prejuízo é que os danos sejam pagos pelos dois seguros, o de responsabilidade civil (garantido pela organização do festival) e o do infeliz veículo que causou o incêndio. “Em situações de sinistro de grandes proporções acaba sempre por haver um entendimento entre as seguradoras e delas para com os segurados”, afirma José Gonçalves, especialista na área.