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Nova Montana 2023: conhecemos a nova picape rival de Fiat Strada e Toro

Em um primeiro contato com a picape, podemos dizer três coisas principais: ela é mais bonita pessoalmente, tem bom espaço e acabamento caprichado

Por Guilherme Fontana Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 26 jan 2023, 21h52 - Publicado em 12 dez 2022, 08h00

A Chevrolet Montana chega à sua terceira geração, apresentando também a sua terceira identidade. Isso porque ela nasceu em 2003 como uma picape pequena, derivada do Corsa. Em 2010, o modelo trocou de família e passou a ser uma versão com caçamba do finado Agile, até 2021. Agora, em 2023, ela adota outra família e surge irreconhecível para buscar novos desafios – ou rivais.

Apesar de agora fazer parte da linha Onix, a Montana é como uma picape do Tracker. Ou seja, ela cresceu em relação às suas antecessoras e pusemos ver isso de perto.

A nova Montana tem o mesmo porte da Renault Oroch – tão próximo que apenas 2 centímetros diferem os modelos no comprimento, sendo 4,72 metros no modelo da GM e 4,70 m no da Renault. Isso faz dela maior do que a Fiat Strada (4,48 m) e menor que a Toro (4,95 m).

Chevrolet Montana
Chevrolet Montana (Divulgação/Chevrolet)

As medidas intermediárias, porém, não estão ali à toa, assim como os preços. A nova Montana quer roubar vendas das versões mais caras da Strada e das mais baratas da Toro. Em sua estreia, a Montana chega nas versões de topo LTZ (R$ 134.490) e Premier (R$ 140.490).

Certamente, as versões inferiores à LTZ ficarão abaixo dos R$ 130.000, faixa ocupada pelas Strada mais caras, Volcano e Ranch. No topo da caminhonete Chevrolet, está a faixa ocupada pela Toro de entrada, Endurance, e da Oroch mais cara, a Outsider. Ou seja, a Montana viu no crescimento uma oportunidade para brigar em dois segmentos distintos.

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nova Chevrolet Montana
nova Chevrolet Montana (Divulgação/Chevrolet)

Mesmo circulando por dois territórios diferentes, a picape terá apenas uma opção de motor, o 1.2 turbo de 133 cv e 21,4 kgfm que já é utilizado no Tracker, sempre com tração 4×2.

O que mudará será o câmbio, manual ou automático, mas sempre de seis marchas – e com relações encurtadas na picape. As versões já disponíveis têm apenas a opção automática, enquanto a manual virá depois, em configurações mais baratas.

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De acordo com a Chevrolet um dos destaques do conjunto da picape será o consumo, de prometidos 11,1 km/l na cidade e 13,3 kml na estrada, quando abastecida com gasolina.

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Os números de desempenho não foram divulgados. QUATRO RODAS só poderá obtê-los, assim como confrontar os números de consumo, entre fevereiro e março, quando a picape será oficialmente lançada no mercado e deverá estar disponível para testes.

Chevrolet Montana
Chevrolet Montana (Divulgação/Chevrolet)

Coincidência ou não, na aparência as soluções são as mesmas da Toro, especialmente na dianteira, com leds superiores e faróis logo abaixo, estes que variam entre halógenos e leds. Outros modelos da GM têm esta identidade, como a Silverado elétrica e o SUV Groove.

De lado, o visual da picape é limpo, sem vincos marcantes e sem o característico degrau para acesso à caçamba. As rodas são de 17 polegadas. Já a traseira transmite mais personalidade, com uma faixa preta interligando as pequenas lanternas, que têm lâmpadas comuns.

Chevrolet Montana
Chevrolet Montana (Divulgação/Chevrolet)
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O acesso à caçamba da Chevrolet Montana é fácil, já que o para-choque traseiro é pouco pronunciado e a tampa tem sistema de alívio de peso. São 874 litros no compartimento, que é consideravelmente alto. Para otimizar o espaço para a acomodação de objetos do dia-a-dia, como em um porta-malas, a GM oferece acessórios como divisórias, prateleiras e ganchos.

Além disso, a empresa garante que há um trabalho reforçado na vedação da caçamba para proteger a carga contra a entrada de água. A marca ainda não divulgou a capacidade de carga, mas já deixou claro que o foco não é carregar grandes pesos. Ou seja, podemos esperar por uma capacidade próxima à da Strada, por volta dos 600 kg.

Chevrolet Montana
Chevrolet Montana (Divulgação/Chevrolet)

Espaço também foi um dos focos na cabine, que promete (e cumpre) mais conforto para as pernas do que em uma Toro, mesmo que por uma margem milimétrica. Só não dá para dizer que há sobras. Além disso, só duas pessoas vão confortáveis no banco traseiro, já que o túnel central é alto e o console invade o espaço das pernas do passageiro que vai no meio.

Duas outras vantagens da picape da Chevrolet estão no assoalho mais baixo, que evita com que os joelhos fiquei muito acima da linha do quadril, e na inclinação do banco traseiro, ligeiramente mais inclinado que nas rivais. Os dois pontos resultam em mais conforto.

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Chevrolet Montana
Chevrolet Montana (Divulgação/Chevrolet)

Na dianteira, os bancos são os mesmos do Tracker e há comandos vindos do Onix, como os do ar-condicionado, embora todo o conjunto tenha acabamento superior em comparação com o hatch, com um material de toque emborrachado, embora rígido. No geral, o interior da picape demonstra cuidado e até um certo refinamento em materiais e construção.

O painel vem do Tracker RS chinês, assim como a tela da central multimídia destacada. A solução é interessante, mas a tela de 8 polegadas é pequena e deixa sobrar uma grande quantidade de plástico ao redor.

Além disso, espera-se que o conjunto continue com um quadro de instrumentos digital, mas ele não está lá. No lugar, destoando, está o conhecido quadro do Onix, com mostradores analógicos.

Chevrolet Montana
Chevrolet Montana (Divulgação/Chevrolet)
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A Montana pode ter ar digital (de uma zona), seis airbags, faróis full-led com regulagem de altura, ESP, alerta de frenagem de emergência, alerta de pontos cegos, sensores de estacionamento traseiros, câmera de ré, wi-fi, piloto automático e sistema de som com subwoofer JBL. É uma boa lista, mas que não surpreende.

Com uma estratégia acertada, a Montana promete fazer barulho entre as picapes. Mas aguardamos por um encontro mais íntimo, com números e impressões ao dirigir.

Fotos da nova Montana 2023

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