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Veneno de fábrica: as principais divisões esportivas do planeta

Surgidas quase sempre como divisões de competição, elas aproveitaram o expertise das pistas para lançar os carros de rua mais desejados

Por Vitor Matsubara Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 jun 2017, 09h21 - Publicado em 12 dez 2016, 16h16
Hyundai RN30
Hyundai RN30 (Divulgação/Hyundai)

O grupo das preparadoras oficiais de fábrica ganhará a companhia da Hyundai em 2017. A divisão esportiva foi batizada de N, em referência à cidade de Namyang, que sedia o centro de pesquisa e desenvolvimento da marca. O primeiro carro de rua será um i30 apimentado, para encarar Focus RS e Golf GTI.

A Hyundai deu uma prévia do i30 com o conceito apresentado no último Salão de Paris, batizado de RN30. Apesar das formas exageradas comuns à todo protótipo, ele tem desenho inspirador para a futura versão hot hatch do i30. O motor é um 2.0 turbo preparado pela divisão N, capaz de gerar 380 cv e 46 mkgf de torque.

Aproveitando a pré-chegada da N, relembre conosco as divisões esportivas mais conhecidas do mundo automotivo.

 

AMG (Mercedes-Benz)

Mercedes-Benz SLS AMG Gullwing Black Series
Mercedes-Benz SLS AMG Gullwing Black Series (divulgação)

Fundada em 1967 para preparar os carros da Mercedes para competições, a divisão se especializou em kits de preparação e acessórios, incluindo versões lendárias de veículos como o sedã compacto 190E e o “The Hammer”, um W124 com carroceria alargada que foi o sedã mais rápido de sua época.

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A partir de 1993, começou a ser absorvida pela Daimler-Benz até se tornar uma marca à parte, com veículos próprios. O SLS foi o primeiro projeto desenvolvido exclusivamente pela AMG. Atualmente, o ápice da divisão esportiva é o AMG GT S. Os modelos AMG são classificados em dois níveis, a exemplo do C43 e C63.

O modelo com número menor após a classe correspondente (A, C, E ou S) é o intermediário, enquanto o carro com o número maior é o mais potente — e com motor produzido artesanalmente por um engenheiro da AMG.

 

Nismo (Nissan)

Nissan GT-R Nismo 3
Nissan GT-R Nismo ()

Nascida da fusão de duas áreas de automobilismo da Nissan, a Nismo vende kits e veículos prontos. Entre eles, o mais conhecido é o GT-R Nismo, que rende 600 cv. Mas a marca vai além, pois oferece até pacotes esportivos para modelos menos convencionais, como o peculiar Juke Nismo RS com seu motor 1.6 de 218 cv e câmbio manual de seis marchas.

Seu portfólio ainda inclui o compacto March Nismo, com motor 1.6 de 116 cv e 15,9 mkgf de torque (o March brasileiro tem 111 cv e 15,1 mkgf), visual modificado e suspensão preparada. Seu lançamento mais recente é o Sentra Nismo, com motor 1.6 turbo, oferecido no mercado norte-americano.

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M (BMW)

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BMW M3 ()

Criada em 1972, a divisão M Gmbh desenvolve kits e versões superesportivas de praticamente toda linha BMW – inclusive motos! Seu primeiro projeto foi o 3.0 CSL, um cupê de homolagação apelidado de “batmóvel” por causa da carroceria alargada com pacote aerodinâmico nem um pouco discreto.

Entres os modelos mais emblemáticos estão o raro M1, revelado em 1978, e os atuais M3 e M5, porém o irmão mais novo da turma vem chamando a atenção desde que foi lançado: o BMW M2, para muitos o sucessor natural do M3 por conta do tamanho e comportamento dinâmico mais próximos das versões anteriores.

A fabricante de Munique tem ainda modelos mais “mansos” equipados com componentes da linha Motorsport e que não são considerados 100% M, como o hatch M 140i e o cupê M 240i.

 

Sport (S e RS – Audi)

Veneno de fábrica: as principais divisões esportivas do planeta

Audi RS 3 Sedan (Divulgação/Audi)
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Durante décadas, a divisão esportiva da Audi foi a quattro GmbH. O nome surgiu do sistema de tração integral que batizou o primeiro Audi Quattro, uma lenda dos ralis no início da década de 1980. A divisão continuou existindo em paralelo à divisão de competição Sport, alinhando ícones como o Quattro S2 Coupé e a perua RS2.

Até bem recentemente, a quattro cuidava tanto dos modelos esportivos S e RS quanto da divisão Exclusive, voltada para projetos de luxo customizados. Mas isso mudou: as divisões de competições e a quattro foram unificadas em torno do nome Audi Sport.

Hoje, os veículos da linha S ocupam a lacuna intermediária entre os esportivos da marca de Ingolstadt, sendo que ainda eles estão disponível para toda a gama. Já os Audi RS são o topo da cadeia alimentar, e disponíveis apenas para alguns carros, como o hatch RS 3, o utilitário RS Q3, a perua RS6 e o cupê RS 7.

 

SRT (Chrysler/Dodge/Jeep)

Veneno de fábrica: as principais divisões esportivas do planeta

Dodge Challenger Hellcat ()

Anteriormente chamada de Performance Vehicle Operations (PVO), a hoje denominada Street & Racing Technology (SRT) surgiu para participar do desenvolvimento do Dodge Viper, mas logo se transformou numa preparadora oficial. A SRT é a divisão esportiva do grupo FCA (Fiat Chyrsler Automobiles), responsável por preparar os veículos da Dodge, como Challenger e Charger, além de Chyrsler e Jeep — que tem o Grand Cherokee SRT em seu line-up.

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Renault Sport (Renault)

Clio IV RS Trophy
Renault Clio R.S Trophy 220 ()

Com forte presença nas competições de rali e Fórmula 1, ela surgiu em 1976, herdando o legado da divisão de competições Alpine. Faz versões esportivas de modelos como Clio e Mégane que, infelizmente, não chegaram ao Brasil. O Mégane R.S até foi cotado, mas a Renault desistiu de trazê-lo.

Em 2015, a marca decidiu lançar o primeiro carro desenvolvido pela divisão Renault Sport no Brasil: o Sandero R.S, que conquistou os entusiastas com seu motor 2.0 de até 150 cv (de concepção antiga, mas adequado para o porte do carro) e suspensão bem acertada para track days.

 

SVO (Jaguar/Land Rover)

Land Rover Range Rover SVAutobiography Long Wheelbase

Land Rover Range Rover SVAutobiography Long Wheelbase ()

A Special Vehicles Operation nasceu em 2015. Com ela, veio três subdivisões: SV (especializada em luxo), SVX (veículos off-road) e a esportiva SVR. A SV aparece já no Land Rover Range Rover SVAutobiography Long Wheelbase, disponível para encomenda no Brasil por R$ 1,06 milhão.

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A configuração endiabrada SVR aparece no Jaguar F-Type SVR, recém-apresentado no Salão do Automóvel, bem como no Range Rover Sport SVR com seu propulsor V8 5.0 Supercharger de 550 cv — também usado no Jaguar.

 

Abarth (Fiat)

Fiat 500 Abarth
Fiat 500 Abarth (divulgação)

Batizada em 1949 com o nome do piloto italiano Carlo Abarth, virou a divisão de corrida da Fiat, que encerrou suas atividades em 1981. Ela acabou ressuscitada em 2007, quando acabou fazendo a releitura moderna do 500 Abarth, que na sua primeira versão contava com motor 1.4 turbo de 135 cv e 21 mkgf de torque.

No início da década passada, o Brasil chegou a receber o Stilo Abarth, com motor 2.4 de cinco cilindros, 20 válvulas e 167 cv. Atualmente, um dos modelos mais divertidos é o Abarth 124 Spider, um roadster equipado com propulsor 1.4 MiltiAir Turbo de 172 cv e 25,5 mkgf de torque.

 

STI (Subaru)

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Subaru WRX STI (divulgação)

A divisão STI (Subaru Techinca International) foi responsável pelo sucesso da marca japonesa nas pistas de rali. Ela foi fundada em 1988, mas já estava competindo em ralis desde 1972. Em 1980 a marca entrou no WRC (Campeonato Mundial de Rali) e conquistou na década seguinte dois títulos nos anos de 1995 e 1996 com o Subaru Impreza WRX.

Atualmente chamado de WRX STI na versão mais apimentada, o carro continua em produção. Tem o motor boxer 2.0 turbo de 310 cv e 40 mkgf de torque, sempre atrelado à conhecida tração integral da marca.

 

OPC (Opel)

Opel Insigma OPC
Opel Insignia OPC (Divulgação)

Sigla para Opel Performance Center, a OPC surgiu em 1997 para concentrar as versões esportivas de carros da Opel, até então reunidades sobre a sigla GSi.

Vários modelos conhecidos no Brasil tiveram direito a versões assim, como o Astra, Vectra, Corsa, Zafira e até Meriva! Hoje, uma das opções que continua a ser oferecida na Europa é o Insignia OPC, baseado no sucessor do Vectra, com 325 cv e tração integral – e com direito à uma versão perua!

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