Carro 1.0 sempre foi sinônimo de falta de força e pobreza de equipamentos. Mas isso mudou: eles conquistaram espaço no mercado e as versões topo de linha, graças a uma tecnologia que era até então utilizada apenas em categorias superiores: o turbo.
Foi o VW Up! TSI que iniciou a nova era dos 1.0 turbinados no Brasil, em agosto de 2015. Além de acelerar as vendas do modelo, a motorização com turbo e injeção direta já representa quase a metade dos Up! comercializados no país. Das 20.298 unidades emplacadas no primeiro semestre deste ano, 8.785 têm a tampa do porta-malas preta (característica dos TSI, os mais caros da linha).
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Na Hyundai, o HB20 1.0 turbo (105 cv/15 mkgf com etanol) é uma versão intermediária para tomar vendas do Onix 1.4 – ela tem o HB20 1.6 (128/16,5) no topo da linha. Talvez por isso a estimativa da marca é de que o turbinado represente só 6% do mix. Mais curioso é o New Fiesta. Mais eficiente que o 1.6 (125 cv/15,8 mkgf), o 1.0 EcoBoost (125/17,3) equipa a versão top Titanium, por altos R$ 71.990. O próximo será o Golf, neste ano, que terá o mesmo conjunto do Up!, porém com maior torque e potência.
Contudo, muitos se perguntam: qual o sentido de um 1.0 turbo? Há duas respostas. A primeira é a possibilidade de ter melhores números de desempenho e consumo do que um 1.6. Porém, há a questão tributária: enquanto o carro 1.5 ou 1.6 paga 13% de IPI, o 1.0 tem apenas 7%, mesmo com turbo. Ou seja, a marca pode escolher entre aumentar sua margem ou baixar seu preço de tabela.