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Vendas de automóveis caem 21,6% em 2020, mas frotistas amenizam tombo

Apesar da forte retração, fabricantes chegaram a prever um cenário pior — amenizado pelas vendas diretas

Por Eduardo Passos
Atualizado em 5 jan 2021, 14h00 - Publicado em 5 jan 2021, 13h19
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  • Sistema pode ser útil na gestão de frotas permitindo acompanhar o trajeto do veículo.
    Com lucro em alta, locadoras gastarão menos com o IPVA a partir do ano que vem em São Paulo (Localiza Hertz/Divulgação)
    Locadoras 'seguraram a barra' nas vendas automotivas em 2020
    Locadoras ‘seguraram a barra’ nas vendas automotivas em 2020 (Localiza Hertz/Divulgação)

    As vendas de automóveis no Brasil em 2020 caíram 21,63% em relação a 2019. Entretanto, não fossem as vendas diretas o resultado poderia ser pior, informou o relatório da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores.

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    Segundo a Fenabrave, em documento divulgado nesta terça-feira (5), foram emplacadas 3.162.851 unidades, entre automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros veículos, ao longo do ano passado. Em 2019, foram 4.036.046 unidades.

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    Essa queda, entretanto, ainda foi motivo de alívio para o setor, que chegou a projetar, no auge das medidas de distanciamento social, retração de 35,8% ao fim de dezembro.

    “Os principais fatores que influenciaram nessa melhora, principalmente, a partir do segundo semestre, foram a manutenção da taxa de juros em um patamar baixo e o auxílio emergencial oferecido pelo Governo Federal, que colaboraram para o aquecimento do comércio e para a baixa inadimplência”, opinou o presidente da federação, Alarico Assumpção Júnior.

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    Fábrica da GM em São Caetano do Sul (SP)
    Segundo presidente da Fenabrave, distanciamento social nas fábricas travou a retomada do setor automotivo (Divulgação/Chevrolet)

    Ainda segundo Assumpção Júnior, os resultados só não foram melhores por conta de problemas no fornecimento e estoque de peças das fabricantes e de medidas de distanciamento social adotadas nas plantas industriais, a fim de proteger a saúde dos trabalhadores.

    Vendas diretas ganham força

    Em tempos de desemprego alto e poder de compra reduzido por questões como a oscilação cambial, pessoas físicas deram ainda mais lugar às jurídicas na compra de automóveis.

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    Em 2020, a participação de frotistas, locadoras, PcDs e taxistas na aquisição de automóveis chegou a 39,42% do total. Somando à conta os veículos comerciais leves, a parcela bateu 44,01%.

    Grande parte dessas vendas foi realizada por frotistas e locadoras, que vêm ganhando espaço no aluguel a motoristas de aplicativos e, também, nos modelos de assinatura por longos períodos de tempo. 

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    Interface do Sign and Drive se sai bem em celulares e reforça sua intenção prática
    Sucesso das assinaturas veiculares fez com que as próprias montadoras entrassem na briga com seus clientes frotistas (Reprodução/Volkswagen)

    Não à toa, as ações de Localiza e Unidas apresentaram valorização de mais de 20% ao longo do ano passado, mesmo com o forte baque na Bolsa em março e abril. Com mais dinheiro em caixa, essas companhias estão mais suscetíveis às variações socioeconômicas, ganhando força em tempos de crise.

    Quem esperava, entretanto, o Chevrolet Onix como queridinho das empresas se enganou, já que o carro mais vendido nessa modalidade foi o Gol, com 50.494 unidades. Em seguida, dobradinha da Jeep com Compass (43.026) e Renegade (42.249). A Jeep estimula a venda de seus carros a empresas, como mostrou reportagem de QUATRO RODAS

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    O que esperar de 2021?

    Incertezas quanto a novas ondas de contaminação e vacinas não parecem desanimar a Fenabrave, que estipula crescimento de até 16,6% nas vendas automotivas neste ano sobre os números de 2020.

    A maior alta é esperada no setor de carga, que teve queda de 12,31% no ano mas, em dezembro de 2020, registrou alta de 15,74% em relação ao mesmo período de 2019. A previsão da Fenabrave é alta de 21,7% na venda dos caminhões e 22,5% nos implementos rodoviários em 2021.

    Caminhão em estrada brasileira de dia
    Exportações devem aquecer ainda mais o setor de fretes (Antonio Visalli/Unsplash)

    A razão para a fé nos pesados é a demanda reprimida no setor: o Brasil espera valorização de matérias-primas como minério e celulose. Desse modo, a busca por transportadoras desses produtos segue em alta, visando a exportação.

    Levando em conta só os automóveis leves, a expectativa é alta de 15,4% em relação a 2020. A federação, entretanto, reforçou que os cálculos se baseiam numa perspectiva de retomada econômica e crescimento de 3,5% no PIB. “A Fenabrave poderá revisar as projeções a qualquer momento, dependendo de novos fatos ocorridos no mercado e/ou no País”.

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